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sábado, 1 de janeiro de 2011


O ano é novo, mas... já as notícias são velhas e tornando rotineiros os atos de ódio contra os cristãos no Oriente.  
Ataque mata 21 em igreja no Egito e presidente acusa 'elemento estrangeiro'
Ferido após explosão é socorrido em Alexandria

Ataque mata 21 em igreja no Egito e presidente acusa 'elemento estrangeiro'

Sábado, 01 de Janeiro de 2011
CAIRO - O presidente do Egito Hosni Mubarak disse em entrevista na televisão neste sábado, 1º, que o ataque a bomba à Igreja Cristã Copta tinha como alvo tanto cristãos quanto muçulmanos e "tem marca de elementos estrangeiros". Horas antes, logo após o atentado, o papa Bento 16 falou sobre a violência contra fiéis à Igreja. Ao menos 21 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas com a explosão de um carro-bomba na cidade de Alexandria, região norte do país.
"Terroristas cruéis miraram a nação, coptas e muçulmanos", declarou Mubarak à TV estatal, acrescentando que os ataques falhariam nos planos de desestabilizar o Egito ou dividir católicos e muçulmanos. "Nos choca esse ato brutal. A mistura do sangue de muçulmanos e cristão é uma prova de que todo o Egito é o alvo deste terrorismo cego".
O governador de Alexandria, Adel Labib, "acusou a Al-Qaeda de planejar o ataque", segundo a TV estatal, sem dar outros detalhes. Conforme a emissora, as investigações sobre o atentado continuam.
Já o papa, no dia em que a Igreja Católica celebra o Dia Mundial da Paz, dedicou sua homilia de ano-novo à liberdade religiosa e à tolerância. "A humanidade não pode permitir se acostumar com a discriminação, injustiças e intolerância religiosa. Mais uma vez, faço um apelo (aos cristão em zona de conflito) que não se entreguem à resignação e ao desanimo", disse.
Segundo autoridades egípcias, a explosão ocorreu na área que tinha carros estacionados em frente à igreja e que possivelmente foi um atentado terrorista. Os fiéis haviam acabado de celebrar a missa de ano-novo na hora do ataque, logo depois da meia-noite.
Com o atentado, centenas de pessoas fizeram um protesto nas ruas próximas e, segundo testemunhas, arremessaram pedras contra muçulmanos. Durante a manifestação, veículos foram incendiado e a polícia usou gás lacrimogêneo para conter os cristãos. "Sacrificamos nossas almas e sangues pela cruz", gritavam os manifestantes. A explosão também danificou uma mesquita e feriu muçulmanos.
A população cristã representa 10% dos 79 milhões de pessoas que vivem no Egito, majoritariamente muçulmana, e as tensões entre as comunidades religiosas podem gerar ondas de violência.

O papa Bento XVI convidou neste sábado os chefes de Estados para lutarem contra as perseguições aos cristãos, depois que mais de 20 pessoas morreram num templo de Alexandria, no Egito, numa explosão de um carro-bomba.
A primeira missa do ano de 2011 na Basílica de São Pedro, que também marcou o 44º Dia Mundial da Paz, foi celebrada pelo papa junto ao secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone e o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz.
O tema deste ano é liberdade religiosa, sugerido por Bento XVI para alertar sobre a necessidade de acabar com as guerras e as perseguições.
"A intolerância religiosa atingiu especialmente os cristãos", ressaltou o Pontífice.
Perante os embaixadores do mundo todo no Vaticano, o papa garantiu que "com nossa oração queremos ajudar cada homem e cada povo, e em particular, aqueles que têm a responsabilidade de Governo, a traçar de modo mais decisivo o caminho da paz".
"A humanidade não pode estar resignada perante a força do egoísmo e da violência, não deve acostumar-se aos conflitos que causam vítimas e põem em perigo o futuro dos povos".
Além disso, ressaltou que para construir a paz no mundo "não bastam palavras, é necessário o compromisso concreto e constante dos chefes da nações, e sobretudo que cada pessoa seja encorajada pelo autêntico espírito da paz".
O papa reiterou que a liberdade religiosa é um elemento imprescindível de um Estado de Direito e "não se pode negar sem danar ao mesmo tempo todos os direitos e liberdades fundamentais".
Na mensagem do dia 16 de dezembro, o papa também tinha expressado seu desejo que no Ocidente, especialmente na Europa, "cessem a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos".
"Que a Europa saiba reconciliar-se com suas próprias raízes cristãs, que são fundamentais para compreender o papel que teve, que tem e que quer ter na história".
Bento XVI declarou que 2010 foi marcado "infelizmente" por perseguições, discriminações e terríveis atos de violência e de intolerância religiosa, especialmente no Iraque, onde dois sacerdotes e mais de 50 fiéis foram assassinados no dia 31 de outubro num atentado contra a catedral sírio-católica de Bagdá.
No entanto, o ataque de Alexandria à meia-noite contra uma igreja com o selo da Al Qaeda, representa um dos massacres mais graves de cristãos registrados na África.
CNN-Espanhol

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