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terça-feira, 31 de julho de 2012


AGOSTO
UM MÊS MARIANO POR EXCELÊNCIA

Festa da Gloriosa Dormição da Mãe de Deus
Icone da Dormição da Mãe de Deus, composto conforme a Sagrada Tradição extraida do Evangelho Apócrifo de São Tiago

No dia 15 de agosto tem lugar no nosso Calendário Litúrgico Bizantino a Festa da “Dormição” da Mãe de Deus. É uma das Doze Festas nas quais se recordam os principais fatos da vida e dos feitos de Nosso Senhor, sua Santíssima Mãe, dos Santos e Anjos...É a última Festa do Ano Litúrgico, que inicia em 1º de setembro, que também é marcado por outra Festa Mariana: Natividade da Mãe de Deus. A antiguidade desta Festa remonta aos primórdios do século IV e seu conteúdo de modo poético pode ser conhecido através do Proto Evangelho Apócrifo de São Tiago. A Festa da Dormição da Mãe de Deus une neste dia o Oriente e o Ocidente que sempre a teve em conta de ser Ela a mais excelsa de todas as criaturas; conforme proclamamos em nossa Divina Liturgia:
“È verdadeiramente justo glorificar-vos ó Mãe de Deus, que sois bem aventurada para sempre, isenta de todo pecado e Mãe de nosso Deus, sois mais venerável que os Querubins, incomparavelmente mais gloriosa que os Serafins. Vós que gerastes o Verbo de Deus, sem deixar de ser Virgem. A Vós que sois realmente a Mãe de Deus, nós Vos exaltamos”.
Interior da Igreja da Dormição em Jerusalém
 O Evangelho apócrifo acima citado nos revela que a Fé da Igreja na “assunção” da Mãe de Deus em “corpo e alma” é a recompensa pelas suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes; o que lhe valeu esta “glorificação” de modo a ocupar no céu este lugar que a distingue de todos os demais habitantes. Seu túmulo vazio em Jerusalém nos faz pensar e crer como Fé pacífica dos fiéis da Igreja de todos os tempos, desde seus primórdios que o corpo da Virgem Mãe de Deus, concebido sem pecado, imaculado sem a mancha do pecado das origens, corpo que se tornou “mais vasto que os céus” por conter o próprio Deus no mistério da Encarnação do Verbo, ao se fazer homem, não podia estar sujeito à corrupção, mas devia estar sujeito a mais excelsa glória como canta o tropário e kondáquion deste dia em nossa Liturgia:
        Em vossa maternidade, conservastes a virgindade
e em vossa morte não abandonastes o mundo, ó Mãe de Deus.
Passastes para a vida, Vós que sois a Mãe da Vida
e que, por vossas orações, livrais da morte as nossas almas.
O túmulo e a morte não subjugaram a Mãe de Deus,
a incansável Intercessora e a vigilante Protetora;
mas, sendo ela a Mãe da Vida fê-la passar para a vida,
Aquele que habitou em seu seio sempre virgem.
Igreja Ortodoxa Grega em Jerusalém em cujo interior está o "túmulo vazio" da Mãe de Deus.

Será que este maravilhoso evento exclui a humilhante “morte” natural da Mãe de Deus? Guiados pela emoção da fé desprovida da razão poderíamos pensar que sim. Porém: a morte natural como fim da existência terrena não tem nada de humilhante para Ela, ainda mais por querer ser semelhante a seu Divino Filho. No entanto pela força da sua isenção do pecado das origens e por sua singularidade na missão de Mãe do Filho de Deus, devia ser preservada das nefastas conseqüências dos pecado e da morte: a corrupção do corpo e sua total de decomposição. Este corpo foi imediatamente depois da “morte” transportado para a glória celestial, como primícia, depois de Cristo, de todos os justos que no fim do mundo irão ressurgir para a vida eterna.
 Esta operação tão tranqüila e normal para Deus sem as extravagâncias das conseqüências da morte que causam nos que morrem e nos que ficam a Igreja sempre considerou que a “morte” não habita a vida nem o vocabulário cristão; assim sendo não morremos mas “adormecemos” em Deus, conforme reza uma oração que compõe nossa pequena Exéquia:“A vida não é tirada, mas transformada”. Já anuncia o caráter alegre e festivo, um Hino das Matinas na Liturgia das Horas:
“A vossa gloriosa Dormição alegra os céus,
faz exultar a multidão dos anjos:
a terra toda exulta de alegria
elevando a Vós um canto de adeus,
ó Mãe do Senhor de todas as coisas,
Virgem santíssima desconhecedora de núpcias,
que libertastes o gênero humano da antiga condenação”

 Exterior da nossa Catedral Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo-SP

A sua presença agora junto a seu Divino Filho continua seu poder mediador que antes era exercido junto a Ele nesta terra. Sem duvidar canta por três vezes nossa Liturgia:
Pela intercessão da Mãe de Deus, ó Salvador, salvai-nos! “Medianeira dos cristãos, nunca esquecida, Vós que intercedeis junto ao Criador, não desprezeis a voz suplicante dos pecadores; mas Vós que sois bondosa, vinde em nosso socorro, a nós que vos clamamos com fé. Apressai-vos em interceder por nós; instai as nossas súplicas, ó Mãe de Deus, que velais sempre pelos que Vos honram”.

Interior da nossa Catedral Greco Melquita Católica Nossa Senhora do Paraíso

E ainda esta Festa é sua entrada no Paraíso Celeste, Ela no dizer dos Santos Padres: a “Nova Eva”, disto decorre o fato de ser assim chamada: Nossa Senhora do Paraíso, nome que dá o título como padroeira da nossa Eparquia(arquidiocese) Greco Melquita Católica para todo o Brasil com sede em São Paulo-SP.


(Rua do Paraíso, 21,Bairro Paraíso, telefone: 0(xx) 3141-0639)

A Ordem Militar e Hospitalar São Lázaro de Jerusalém realizará no dia 30 de agosto a Cerimônia de Investidura do Arquimandrita João como Cavaleiro da Ordem. O ato ocorrerá durante a Santa e Divina Liturgia na Catedral Greco Melquita Católica Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo-SP, ás 18:30.
 Na ocasião receberá a Cruz da Terra Santa na categoria "Mérito".
Momentos da Cerimônia de Investidura












Já ouvi a expressão: " Na Igreja tem bispos e bispos". Eu tenho simplesmente um PAI.


Visita a Dom Damaskinos Mansour, Arcebispo Ortodoxo Antioqueno do Brasil
São Paulo-SP
Recpção por Dom Damaskinos e Arquimandrita Dimitrius 

Arquimandrita Dimitrius, Dom Farés( Greco Melquita Católico), Dom Damaskinos (Ortodoxo Antioqueno), Arquimandrita João 





Agosto é o último mês do Calendário Liturgico Bizantino. Ele encerra o Ano Liturgico com uma Festa Mariana (Dormição da Mãe de Deus-15) e começa em Setembro com outra Festa Mariana (Natividade da Mãe de Deus-08)
Desde o dia 1º ao dia 15 realizamos o JEJUM DA MÃE DE DEUS. Neste período nos preparemos para tão grande Festa. Dentro destes dias festivos tem a Festa da Gloriosa Transfiguração do Senhor no dia 06.

No contexto da Festa da Dormição da Mãe de Deus anunciamos dois eventos:
SANTA E DIVINA LITURGIA NO RITO BIZANTINO PRESIDIDA PELO ARQUIMANDRITA JOÃO, A CONVITE DO BISPO DOM JAMES MAANING,  DIA 10 DE AGOSTO ÁS 19:00 HORAS NA CATEDRAL NOSSA SENHORA DA GLÓRIA EM VALENÇA-RJ
Alguns momentos da Divina Liturgia

Imagem de Nossa Senhora da Glória, padroeira de Valença-RJ, venerada na Catedral


Interior da Catedral

 Procissão de entrada dos celebrantes
Ao canto do Salmo 50 o Arquimandrita João entrou abençoando os Fiéis
Paramentação diante do Altar








O Arquimandrita saúda o Cura da Catedral Pe. Edilson pela maravilhosa acolhida; e seu auxiliar o Vigário paroquial Pe Welder.























A Divina Liturgia encerrou com a Benção do Santíssimo Sacramento

 
 
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

I Vésperas (Liturgia das Horas) 

Nova estrela do céu, gáudio da terra,
ó Mãe do Sol, geraste o Criador:
estende a tua mão ao que ainda era,
levanta o pecador.


Deus fez de ti escada luminosa:
por ela o abismo galga o próprio céu;
dá subirmos contigo, ó gloriosa,
envolva-nos teu véu!

Os anjos apregoam-te Rainha,
e apóstolos, profetas, todos nós:
no mais alto da Igreja estás sozinha,
da Divindade após.

Louvor rendamos à Trindade eterna,
que a ti como Rainha hoje coroa.
Toma o teu cetro, pois, reina e governa,
Mãe que acolhe e perdoa!

FESTA DA GLORIOSA  Metamorphósis  TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
06 de agosto
No dia 06 de agosto tem lugar no Rito Bizantino a celebração de uma das Dozes Festas segundo o calendário litúrgico: a gloriosa Transfiguração do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Dede o século IV a Igreja do Oriente celebra este evento conforme o testemunhos de eminentes Santos Padres dentre os quais o nosso santo pai João Crisóstomo. A Teologia Oriental coloca esta Festa em estreita conexão com a Festa da Teofania(Batismo do Senhor-06 de janeiro). Naquela as margens do Rio Jordão se faz ouvir as mesmas palavras na Festa de agora: Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o! Assim sendo, na sua gloriosa Transfiguração Jesus mostrou o que dele professamos no Grande Credo: “...Deus de Deus, Luz da Luz...” O fulgor de sua luz aos olhos dos discípulos fez com eles não O vissem como um simples homem, mas também conforme Ele é: “...gerado não criado; consubstancial ao Pai...”Assim proclama o Apolitikion do dia que proclamamos na Liturgia, salientando a natureza divina e luminosa do Filho de Deus, que pelo mistério da Encarnação veio manifestar entre nós a Luz própria de Deus que “brilha nas trevas”:
“Ó Cristo, nosso Deus,que vos  transfigurastes sobre o Monte Tabor,
mostrando aos vossos discípulos a vossa glória
tanto quanto lhes era possível contemplá-la,
fazei brilhar também sobre nós a vossa luz eterna,
pelas orações da Mãe de Deus.
Ó Doador da Luz, glória a Vós!
Trazendo para o hoje da nossa vida cristã o fulgor da Gloriosa Transfiguração basta que vivemos segundo disse Jesus: “Deixem a vossa luz brilhar diante dos homens”.  A Teologia Bizantina chama o Santo Sacramento do Batismo de: Sacramento da Iluminação. Por ele fomos configurados pela luz de Cristo. Aqui convenhamos pensar no nome desta Festa da Transfiguração como aparece no ícone que veneramos neste dia, segundo o vocábulo grego: Metamorphósis ou seja; ser, estar, viver se manifestar para além da “forma” usual, costumeira.  A nossa vida cristã deve ser vivida de tal modo que todos os que nos vêem, ou que conosco vivem, possam ver algo em nós que esteja para além da nossa pessoa puramente humana; mas “filhos de Deus”. Como nós estamos irradiando esta Luz que é própria de Deus e que habita em nós? Tenho sido mais treva ou luz? O quondáquion deste dia nos introduz no mistério da vida de Jesus para conformar, “trans-formar” nossa vida a d´Ele em toda a sua dimensão: humana e divina, na provação, sofrimento e ressurreição:
Vós vos transfigurastes sobre o Monte, ó Cristo, nosso Deus,
revelando a vossa glória aos vossos discípulos,
tanto quanto lhes era possível contemplá-la,
a fim de que, quando vos vissem crucificado,
compreendessem que aceitastes livremente a vossa Paixão,
e anunciassem ao mundo que sois, em verdade, o Esplendor do Pai.
Ainda aqui trazemos uma palavra própria da Liturgia das Vésperas deste dia solene, pois o nosso seguimento a Jesus deve comportar uma contínua subida com Ele para a “montanha do alto”, sempre olhando para Moisés e Elias por quem em Cristo tudo se realiza. Moisés o antigo legislador (as Tábuas da Lei) e Elias que representa a ordem dos Profetas; em Jesus nós temos o novo e eterno legislador: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” e conforme o povo exclamou depois da multiplicação dos pães: “Este é o profeta que devia vir ao mundo”
«Antes da vossa crucificação, Senhor,
o monte tornou-se parecido com o céu
e uma nuvem encobriu-o como uma tenda;
enquanto vos transfiguravas, o Pai te testemunhou qual Filho.
Estavam ali presentes Pedro, Tiago e João,
os mesmos que estariam presentes convosco na hora da traição,
para que, tendo contemplado as vossas maravilhas,
não se perturbassem ao contemplar vossos sofrimentos.
Concedei também a nós, por vossa misericórdia,
contemplá-los na paz.»

Santa e Divina Liturgia da Transfiguração do Senhor em nossa Paróquia:

Sábado ás 19:00 horas.

Domingo ás 09:00 horas(português, árabe e grego) e 19:00 horas

Momentos da Divina Liturgia do domingo dia 05
Icone da Transfiguração do Senhor posto para a veneração dos fiéis.


Santo Evangelho e Ortoforion(sacrário) com o Santíssimo Sacramento.
Preparação dos Dons "Prótese"
Procissão com o Santo Evangelho e leitura
Procissão dos Dons



Benção Final