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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SEMANA EUCARISTICA
DE 03 A 10 DE OUTUBRO

PARÓQUIA GRECO MELQUITA CATÓLICA SÃO JORGE
RUA SÃO SEBASTIÃO,1300-TEL. 0(**) 32-3212-7878- JUIZ DE FORA-MG

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO POR SETE DIAS E NOITES SEM INTERRUPÇÃO
INÍCIO COM A DIVINA LITURGIA DOMINGO DIA 03 ÁS 09:00 HORAS E ENCERRAMENTO DIA 10 NO MESMO HORÁRIO
DE SEGUNDA-FEIRA A SÁBADO A DIVINA LITURGIA SERÁ ÁS 19:00 HORAS

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Parte-5 Liturgia Eucarística
            Interrompido o diálogo com o povo pela Procissão dos Dons, o sacerdote o conclama agora: “Completemos nossa oração ao Senhor”. Em seguida, convida: “por estes dons oferecidos, oremos ao Senhor”. “Kyrie eleison” é a resposta.
            Concluindo esse “ofertório”, o sacerdote faz uma nova oração sacerdotal, com a novidade de fazer uma antecipação da Epíclese, pedindo a Deus que “recebe o sacrifício de louvor, dos que O invocam de todo o coração” que seja digno de lhe oferecer um sacrifício agradável, através da descida do Espírito Santo “sobre ele, sobre estes dons oferecidos e sobre todo o povo”. 
                  “Paz a todos” - o sacerdote dirige à assembléia a saudação de Cristo e convida: “Amemo-nos uns aos outros para confessarmos em unidade de espírito...”. O povo completa “...o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Trindade consubstancial e indivisível”. O sacerdote beija o altar e os santos dons, haurindo do sacrifício a força do amor de Cristo. A verdadeira paz vem daí e, por isso, é o sacerdote que transmite a paz a toda assembléia. Dessa forma, o sacerdote beija alguém próximo, que pode ser um acólito ou um membro da comunidade, dizendo “Cristo está entre nós”: a assembléia reunida é o fundamento do Reino de Deus! Este responderá “Ele está e estará”, e transmitirá a saudação para outro; este a outro, e assim por diante. Para confessarmos um Deus de amor no Credo, que, em sua Trindade, é uma “comunidade de amor”, precisamos estar reconciliados uns com os outros. Também precisamos estar unidos, além do mais, para oferecer um sacrifício agradável a Deus. Como diz São Mateus em seu Evangelho (5, 23-24): Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta”.
“Que realidade maravilhosa! Os cristãos não podem esconder ou esconder seu amor que tudo abraça. A Igreja, para ser Igreja de Cristo, precisa ser a primeira revelação deste amor divino que Deus derrama em nossos corações. Sem este amor, nada é válido na Igreja. O beijo de Cristo é um sinal dinâmico no qual os cristãos expressam seu amor pelo próximo antes de partilhar do mesmo pão. Cristo é nosso verdadeiro amor, verdadeira vida e nosso perdão. Nós o compartilhamos com os outros. Partir o pão de Cristo torna-se um ato vazio se não partirmos nós mesmos. É Cristo que nos une a cada um e, por cada um, a Deus”[1].
            Unidos na fé e na caridade, todos seguem, então, com a profissão do mesmo Credo.
Cristãos que proclamam no Credo sua aceitação da vida em Deus, Pai-Filho-Espírito Santo, entram no domínio da criação, no Reino dos céus, e se tornam prontos para responder à excelência e amor de Deus no cumprimento dos mistérios que em breve se fará no altar. Dentro da realidade expressa pelo Credo, nós nos encontramos vivendo e nos movendo em um Ser infinito e imensurável, que é Pai e ternura, que é Filho e amante, que é Espírito e doador da vida. É a glória do cristão declarar que tudo foi planejado e é executado por Deus, não para Seu bem, mas “por nós homens e para nossa salvação”. Nós fomos redimidos, não por causa de nosso sucesso ou anos de amadurecimento, mas por nossos problemas, perigos e também do grande amor de Deus por nós. Nisto, nós encontramos renascimento na morte, ressurreição e vida eterna. Estamos prontos a ir mais fundo nas realidades de Deus e nos tornarmos “eucarísticos”[2].
Enquanto o povo recita o Credo, o sacerdote agita o véu maior do altar sobre as oferendas até “e subiu ao céu”. A interpretação tradicional é a seguinte:
São Germano de Constantinopla diz queo sacerdote levanta o véu descobrindo assim as oblatas para simbolizar o Anjo que revolveu a pedra que vedava a entrada do sepulcro, quando Cristo ressuscitou; e o agita para figurar o tremor de terra que houve naquela hora". Este simbolismo é mais claro nas Missas pontificais: o bispo inclina a cabeça em cima do altar e dois sacerdotes agitam o véu em cima dela como se fosse Cristo no túmulo. E quando o povo diz: "E ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao céu", param de agitar o véu e o bispo levanta a cabeça figurando a ressurreição de Cristo”[3]
            Pessoalmente, eu proponho uma interpretação que me parece mais coerente com o momento da recitação do Credo: o véu sendo agitado representaria a ação de Deus pela humanidade, que professamos, do Deus que, embora invisível (atrás de um “véu), nunca deixou de agir, “balançar”, em favor do homem, até que se encarnou e, em sua grande manifestação, ressuscitou. Já com a presença do bispo, a atitude dele de se abaixar sob o véu que tremula poderia remeter ao homem novo que se esconde sob as águas, até que elas sejam santificadas pelo Batismo para ele ser revelado. O Batismo é o que nos inclui na comunidade dos crentes e nos permite rezar o Credo.

[1] RAYA, Arcebispo Joseph Passage to Heaven
[2] Idem
[3] ARBEX, Monsenhor Pedro A Divina Liturgia – Explicada e Meditada

terça-feira, 7 de setembro de 2010




O Espírito Santo em minha vida


Arquimandrita Nicolas Antiba
Exarca Patriarcal em Paris

O Espírito Santo está presente na Igreja e trabalha em nós e por nós, a fim de nos ensinar, guiar, e nos transformar em uma nação santa. Ele não habita em uma Igreja “abstrata”, que seria distinta de nós, seus membros. Mas entre nós e em nós uma vez que nós temos o “selo”, aquele do mistério da Crisma ou do sacramento da confirmação. Isto que possibilita São Paulo a dizer que toda a comunidade, em seu conjunto e em cada um de seus membros, forma o templo do Espírito Santo (I Cor 3,16 e 6,19)
O Espírito confere dons a cada crente, dos quais o mais importante é a fé. Todo o processo pelo qual nós confiamos nós mesmos e toda nossa vida a Cristo nosso Deus é realizado por sua força. São Paulo nos garante: “Ninguém pode dizer ‘Jesus é Senhor’ se não estiver sob a ação do Espírito Santo” (1 Cor 12,3). É somente por sua luz que trabalha em nós que nós podemos aprender a ver Jesus como Senhor, seja do universo, seja de nós mesmos.
Nós chegamos a reconhecer, assim, que somos pecadores. Percebemos que, embora Deus seja todo santo, nós não o somos, por causa de nossas tendências, de nossos desejos ou de nossas ações. Mas, uma vez que temos o Espírito em nós, conscientizamo-nos realmente do que é o pecado em nossa sociedade e em nós. Começamos a sentir a necessidade de continuar o resto de nossa vida em penitência, e de re-orientar nossa atenção sobre o fato de que somos templos do Espírito Santo. Crer na fé, por conseguinte, implica crer na compreensão de nossa natureza decaída.
Tomar consciência do pecado é já começar a perceber que Cristo nos oferece seu perdão. Essa percepção é um dom entre os dons do Espírito que nos faz conscientes do significado de nossa união ao Cristo. Assim, unidos a Ele, somos perdoados e no mesmo tempo exaltados ao patamar de crianças do Pai Celeste: “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus” (Rm 8,14-16).
Esse primeiro dom do Espírito a cada crente é então a tomada de consciência de nossa vocação no Cristo e a prontidão e nele responder na fé. Isso se explica pelo conhecimento interior que Deus nos amou no Cristo, que Ele nos perdoa e que Ele nos recebe em sua intimidade apesar de nosso estado de pecadores.
O conhecimento na fé é devido todo à oração que é também um dom do Espírito. Na medida em que desenvolvemos uma vida de oração descobrimos que somos inaptos a exprimir nossos agradecimentos e nossas necessidades a Deus. Aqui reconhecemos também o trabalho do Espírito: “O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segu0ndo Deus” (Rm 8,26-27).
Não rezamos sozinhos. O Espírito concilia o que nós queremos em nossa oração. Não há melhor e reconfortante dom que aquele que Ele nos oferece. Percebemos que Ele está em nossa oração da mesma maneira que está em cada um de nós e permanece na comunidade. Talvez nossa oração não seja atendida, mas o Espírito se ocupa de reconduzi-la segundo a vontade divina.
A “oração de Jesus” que é talvez a oração mais pessoal de nossa tradição bizantina funda-se especialmente sobre a presença vivificante do Espírito. Não exprimimos nenhuma criatividade individual, nem uma sensibilidade pessoal nessa oração. Continuamos simplesmente a repetir: “Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende piedade de mim pecador”. O Espírito vive em nós para nos dar a paz. Reconhecemos então que é o Senhor e que estamos diante dele.
Um outro dom do Espírito conferido a todos os crentes é a caridade, chamado por São Paulo “a maior dentre elas” (I Cor 13, 1-13). As profecias cessarão, as línguas calar-se-ão, o conhecimento passará. Esses dons de tempos em tempos doados à Igreja não têm necessidade de durar. A caridade, pelo contrário, dom conferido ao crente por sua crença, é dado para durar eternamente. É o símbolo principal da presença do Espírito em nós, sem o qual toda outra manifestação espiritual é vã e dúbia. A caridade autentifica todo ato incompleto.
Aqueles que aprendem a se confiar ao Senhor, a viver segundo o Espírito e a amar Seu nome, refletem essas qualidades em sua maneira de vida. Eles desenvolvem, pelo Espírito que está neles, qualidades que surgem muito mais na Sua presença, do que com a influência da cultura em que vivemos: “Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei... Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito” (Ga 5,19-23, 25).
O Espírito porta frutos naqueles que respondem a seus dons. Como na parábola do semeador, Ele se dirige a todos os membros da comunidade e lhes confere dons. Assim, onde Sua semente encontra corações prontos, ela se enraíza e transforma a vida do crente ao manifestar nele os dons sobre os quais fala S. Paulo.
Os Padres Gregos da Igreja chamam este trabalho entre o Espírito e o crente de “sinergia” ou cooperação. Os dons vem de Deus, mas a resposta deve vir da pessoa à qual são dados. Deus não força ninguém a aceitá-los ou a usá-los. Santo Atanásio dizia: “Não perdemos nossa natureza própria recebendo o Espírito”. Mas a força do dom se exerce sem freio naqueles que aceitam completamente o Doador em sua vida. São Gregório de Nissa descreve de uma maneira excelente essa interação mística: “A graça de Deus é incapaz de visitar aqueles que fogem da salvação. Não há virtude humana forte que se adeque a elevar a uma vida autêntica as almas que não são tocadas pela graça... Mas desde que a justiça das obras e a graça do Espírito tenham ido junto à mesma alma, elas são capazes de restabelecer a vida consagrada”.
Uma vez que Deus e os crentes cooperam, os dons do Espírito portam muitos frutos. Quando esses dons não estão presentes, mas se observam bem os preceitos religiosos, a vida do cristão não permanece vazia deles. O que conta é a qualidade da cooperação pessoal do crente com o Espírito Santo. Isso é o que se chama uma via autenticadamente repleta do Espírito.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Visita de Sua Beatitude o Patriarca Greco Melquita Católico Gregório III em Juiz de Fora-MG

Conforme o prometido na postagem "Abraço Paternal", compartilho algumas imagens da visita de Sua Beatitude o Patriarca Gregório III dos Grecos Melquitas Católicos de Antioquia, Jerusalém, Alexandria e todo o Oriente em sua passagem por Juiz de Fora-MG no dia 11 de agosto último, em sua primeira Visita Pastoral ao Brasil desde sua eleição ao Trono Patriarcal em Novembro do ano 2000, como sucessor do Santo Apóstolo Pedro na Sé Apostólica de Antioquia. 

Basta clicar sobre as fotos para amplia-las
 Grande foi a expectativa dos fiéis no Aeroporto de Juiz de Fora-MG, pelo desembarque de Sua Beatitude.

O Arquimandrita João e o Prefeito Municipal Sr.
 Custódio de Mattos, faziam parte desta expectativa.

Um maravilhoso Ford Landau foi preparado para o traslado de Sua Beatitude, com as bandeiras do Brasil e seu brasão. 

Autoridades Civis e Religiosas aguardavam S. Beatitude que chegou num pequeno avião, vindo de São Paulo-SP


Na pista aguardavam membros da Associação "Arautos do Evangelho", com as bandeiras do Brasil, Santa Sé, Líbano e Síria.


Membros da Comunidade Greco Melquita Católica de Juiz de Fora-MG aproximam para desejar as boas vindas a S. Beatitude.

Sua Beatitude recebe os cumprimentos do Secretario de Administração Pública Sr. Victor Valverde e do Sr. Prefeito Municipal Custódio de Mattos

S. Beatitude recebe os cumprimentos do Delegado Chefe da Polícia Civil Dr. Celso Ávila e da Capitã Kátia
Moraes, Relações Pública da Polícia Militar.

Pe.Luiz Carlos e Mons. Miguel Falabella, representando o Arcebispo D. Gil.
Execussão dos Hinos: Brasil, Minas Gerais e Juiz de Fora pela Banda da Policia Militar. 

                                  S. Beatitude saúda os fiéis que aguardavam seu desembarque




No adro da Catedral Santo
Antônio, o Arcebispo D.Gil Antônio Moreira e o Pároco da Catedral Mons. Antônio Cornélio Viana aguardavam a chegada da Comitiva para um momento de oração na Capela do Santíssimo e depois uma pequena liturgia em seguida foi servido um maravilhoso café
                                                                
    Sentados: S. Beatitude, D. Gil Antônio, D. Fáres, nosso arcebispo melquita para todo o Brasil, e os membros da Polícia Civil, que cuidaram da segurança e traslado do Patriarca.

Chegada de S. Beatitude na Paróquia São Jorge e no hall do Hotel Constantino.
 A seguir: momentos da Divina Liturgia presidida por S. Beatitude.







No final da Divina Liturgia S. Beatitude benzeu um ícone da Dormição da Virgem Maria e com ele deu uma benção a todos visto que estávamos nos dias da Festa da Dormição da Mãe de Deus, padroeira da nossa Eparquia Greco Melquita Católica N. Srª do Paraíso com sede em São Paulo-SP para todo o Brasil.

Agora, alguns aspectos da recepção no clube da nossa comunidade melquita: Clube Sirio e Libanês.


Não podia deixar de mencionar uma palavra de agradecimento
ao Arcebispo dos Latinos D. Gil Antônio Moreira, que mesmo com a fragilidade de sua saúde neste momento, esteve presente em todos os eventos que marcaram a passagem do nosso Patriarca por Juiz de Fora-MG, a ele as nossas orações pelo seu rápido restabelecimento e que o Senhor o conserve à frente de seu rebanho com seu testemunho de fé e alegria.
A todos os presentes neste evento e os que de alguma maneira colaboraram de modo espiritual e material; que o Senhor os retribua com muita paz, saúde e fé. 
Com minha benção.
Arquimandrita João