Pessoas on line

terça-feira, 27 de setembro de 2011

 

Continua entre os membros da comunidade síria da nossa Paróquia Greco Melquita Católica São Jorge em Juiz de Fora-MG grande espectativa pelo desenrolar da situação política e social na Síria.


Em Mar Musa, oito dias de jejum e oração

Katholicon do Mosteiro de Mar Musa

Pelo milagre da reconciliação na Síria

Por Chiara Santomiero
ROMA, segunda-feira, 26 de setembro de 2011 – Oito dias de jejum, oração e sakina (a paz que Deus inspira na alma) para “suplicar a Deus Excelso, Pai de Misericórdia, que dê a reconciliação aos cidadãos, fundamentada na escolha comum pela não-violência como único método de garantir uma reforma duradoura, sem resvalar para a guerra civil e para o círculo vicioso da vingança”: este é o compromisso e o chamamento da Comunidade de Deir Mar Musa, na montanha síria de Nebek.
O mosteiro de Mar Musa, construído a quase 1.300 metros de altura em uma área semidesértica, oitenta quilômetros ao norte de Damasco, remonta ao século VI. Restaurado em 1984 por iniciativa do padre jesuíta Paolo Dall'Oglio, hoje ele acolhe uma comunidade monástica dedicada à oração e ao diálogo inter-religioso. A comunidade recebe centenas de visitantes e peregrinos todos os anos e se dedica a atividades pecuárias e artesanais em colaboração e apoio à comunidade local. Essa atividade e a paciente construção de relações entre as comunidades cristã e islâmica estão gravemente comprometidas por causa da situação atual do país, marcada pela repressão às manifestações que pedem reformas como a liberdade de expressão e o respeito aos direitos humanos.
A iniciativa de oração acontecerá de 23 a 30 de setembro, dando resposta a um convite de Bento XVI no Ângelus de 7 de agosto passado: “Convido os fiéis católicos a rezar até que o esforço pela reconciliação prevaleça sobre a divisão e o rancor. Renovo às autoridades e à população síria um chamamento urgente para que se restabeleça o quanto antes a convivência pacífica e se responda adequadamente às aspirações legítimas dos cidadãos, no respeito das suas dignidades e em benefício da estabilidade regional”.
“Convidamos a esses dias de jejum, oração e sakina”, afirma a Comunidade de Mar Musa, “porque a nossa postura não pode prescindir do ascetismo, do desprendimento de todo interesse particular em contradição com o bem comum. Serão dias de encontro e de intercâmbio de opinião na calma e no respeito pela dignidade de todo indivíduo e das suas opiniões”.
“Damos as boas-vindas a todos os irmãos e irmãs, aos cidadãos que pretendem participar neste tempo bendito nos limites das suas possibilidades. Sua simples visita já será muito cara ao nosso coração”.


O milagre da reconciliação para a Síria: é isto o que roga a Deus a Comunidade de Mar Musa, com a ajuda de todos. “Esperemos que todos os nossos irmãos, amigos e cidadãos da Síria, de qualquer orientação, nos acompanhem neste ato de devoção. Choramos todos os nossos mártires, nossos filhos, irmãos e pais... Esperamos tocar o coração de todos os que cederam ao uso da violência, justificando-o com o pretexto do medo, do interesse, do dever, da religião ou da ideologia”.
“Nosso país está ferido e as almas estão cheias de sentimentos de injustiça sofrida e de medo do outro. Cada pessoa vê a outra como um perigo para a comunidade, como um inimigo da pátria. Custam a reconhecer-se como seres humanos semelhantes, que têm os mesmos direitos e dignidades, mesmo quando tenham prejudicado a si mesmos. O extremismo nos esmaga, destrói o espaço do possível acordo nacional no âmbito da vida social comum e empurra as pessoas a se dividirem também no interior da própria casa, do próprio mosteiro. Isto conduz à justificação da violência em cada um de nós, de um modo ou de outro, conforme o grupo ao qual acreditamos pertencer”.
Preocupa a pergunta: “Como sair desta voragem assassina, que desnatura a nossa humanidade comum? Como podemos, por um lado, fazer as reformas que se esperam em prol de todos, se mantemos, por outro lado, os aspectos do passado a que as pessoas se aferram? Como poderemos dialogar se as duas partes consideram uma à outra mentirosa, inimiga da pátria e da humanidade?”.
Nenhuma situação carece de esperança, porém, quando nos confiamos ao “Deus Amigo dos Homens”.
“A reconciliação, segundo o nosso ponto de vista, tem várias portas, embora também elas sejam objeto de diálogo e de negócio”. A esperança é que se abra “a porta da liberdade de expressão e de imprensa, que cresça a ética dos meios de comunicação no exterior e no interior do país. Hoje é de fato impossível, para qualquer país, ilhar-se da sociedade global. Devemos, então, procurar um mínimo de objetividade, através da pluralidade midiática mundial, conscientes dos seus limites e agindo contra eles”.
A segunda porta é representada “pelo desejo de alcançar um nível de consciência que permita resolver os conflitos sem a violência na maior parte das ocasiões e das situações. Por isso rejeitamos qualquer proposta de intervenção estrangeira armada, como qualquer ataque terrorista no interior do país, e não podemos aceitar o uso da violência para reprimir o movimento pacífico de reivindicação democrática”.
O povo sírio precisa do apoio da comunidade internacional. Se nos princípios da Carta das Nações Unidas está o da proibição de interferência nos assuntos internos de um país soberano, “consideramos necessário acrescentar outro princípio, o da solidariedade global pelo bem de todos os povos e de todos os indivíduos”.
A nota conclui com um chamado a todas as partes da causa: “Rezemos a Deus que conceda ao presidente da República e ao Governo sírio a sabedoria e a lucidez necessárias para superar a crise”.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011



DIVINA LITURGIA EM BICAS-MG
DOMINGO 18 DE SETEMBRO
PARÓQUIA SÃO JOSÉ
NA OCASIÃO CELEBRAMOS O DOMINGO APÓS A FESTA DA SANTA CRUZ


















Nossos agradecimentos e orações ao nosso querido irmão Pe Cássio Barbosa e todos os paroquianos que nos receberam com muita alegria.


FESTA DA EXALTAÇÃO UNIVERSAL DA SANTA E VIVIFICANTE CRUZ
No dia 14 de setembro na Liturgia da Igreja tem lugar uma festa muito especial que figura em nosso calendário bizantino católico como sendo uma das Doze Grandes Festas: Exaltação Universal da Santa e Vivificante Cruz. Tal festa difundiu-se rapidamente por todo o Oriente a partir do dia 13 de setembro do ano 335, quando foi inaugurada a Basílica Constantiniana construída sobre o local da Paixão e gloriosa Ressurreição do Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Nesta ocasião foi descoberta a Preciosa Cruz na qual Nosso Senhor foi crucificado, mediante o grande esforço da piedosa mãe de Constantino a grande Santa Helena. Em Roma esta festa começou em pleno sáculo VI quando começou a apresentar a Preciosa Cruz para a veneração dos fiéis no dia 14 de setembro. Nós iniciamos tão grande comemoração com o período chamado pré-festa, uma vigília (preortia), o dia próprio da Festa e sete dias de pós-festa (apodosis), mais um outro dia, quando o término se da no dia 21 do mesmo mês. No dia da Festa, faz se um pequena procissão, o sacerdote para no centro da igreja e abençoa os quatro lados com a relíquia da Santa Cruz, depois coloca a cruz numa bandeja ornada com flores e coloca sobre uma mesa de modo que o sacerdote e os fiéis prostrados de joelhos adoram a Santa e Vivificante Cruz e a sagrada relíquia da Santa Cruz, termina com todos recebendo as flores que ornavam a Cruz.
Kondáquion da Festa no Domingo antes da Santa Cruz
Ó Cristo Deus, que, voluntariamente, fostes suspenso na Cruz,
tende compaixão do povo que traz o vosso nome.
Alegrai, pois pelo vosso poder, a vossa santa Igreja
e concedei-lhe a vitória sobre o mal.
Que vossa aliança seja para nós
uma arma de paz e um troféu de vitória!
 
No Concílio Quinissesto no ano de 692 o Santos Padres ordenaram que se rendessem a Santa Cruz a “adoração em espírito e nos lábios”. Exatamente durante o 2º Concílio de Nicéia que ocorreu no ano 787 os Santos Padres manifestam a verdadeira natureza desta adoração: “ a Santa Cruz como aos Ícones deve-se tributar “Adoração Honorífica”, não culto propriamente dito reservado somente a Deus. Em nossa Paróquia a Festa da Santa Cruz será comemorada da seguinte forma:

Trisagion da Festa

Diante da vossa santa Cruz, ó Mestre, nos prostramos
e glorificamos a vossa santa Ressurreição. (3 vezes)
Glória ao Pai...
E glorificamos a vossa santa Ressurreição.
Diante da vossa santa Cruz, ó Mestre, nos prostramos
e glorificamos a vossa santa Ressurreição.

(Ìcone da Exaltação da Santa e Vivificante Cruz)

(Momentos da Divina Liturgia)













Domingo antes da Santa Cruz dia 11 durante a Divina Liturgia será exposta a Relíquia da Santa Cruz e conforme o nosso calendário litúrgico celebraremos o Domingo antes da Santa Cruz com tropários, condáquios, epístola e Evangelho próprios. Na quarta-feira dia 14 serão feitos os próprios da Festa e no Domingo dia 18 o encerramento com as bênçãos com a Relíquia da Santa Cruz no Domingo após a Festa da Santa Cruz.PERPÉTUO SOCORRO


 Theotóquion da Festa
Vós, que pela nossa salvação nascestes da Virgem,
sofrestes a crucifixão, ó Misericordioso,
e com a morte vencestes a morte,
como Deus, revelando a Ressurreição;
não abandoneis a nós, criaturas de vossas mãos!
Mostrai-nos a vosssa bondade pela humanidade,
atendei as preces da vosssa Mãe, que roga por nós, ó Misericordioso,
e salvai, ó Salvador, nosso povo desolado!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para assistir a TV acima e não misturar com o som do MP3,(Hinos Bizantinos), primeiro desligue-o, clicando na sua extremidade inferior: >II


Eis a primeira grande festa do recém inaugurado ano litúrgico bizantino: 08 e setembro

A santa natividade da mãe de deus
Santa Ana e a Viregem Maria
Kondakios para a Divina Liturgia deste dia

Vossa natividade, ó Mãe de Deus,
anunciou a alegria ao mundo inteiro;
Pois de Vós nasceu o sol da justiça, o Cristo nosso Deus,
o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção,
e destruindo a morte, deu-nos a vida eterna.

Nossa Senhora Menina

Pela vossa santa natividade, ó Pura,
Joaquim e Ana foram libertos do opróbrio da esterilidade
e Adão e Eva, da corrupção da morte.
Vosso povo, salvo da escravidão de pecado
vos festeja, exclamando: "a estéril dá a luz,
a mãe de Deus que alimenta nossa vida!


O que era antigo passou, eis que tudo se fez novo
O fim da lei é Cristo (Rm 10,4), que ao mesmo tempo separa da lei e eleva para o espírito. Nele está a consumação, pois o próprio legislador – tendo cumprido e terminado tudo – transfere a letra para o espírito. Assim tudo recapitula em si mesmo, vivendo a graça depois da lei. A lei, porém, submetida; a graça, harmoniosamente adaptada e unida. Não misturadas e confundidas as características de uma com as da outra, mas mudado de modo divino o que era pesado, servil e escravo, em leve e liberto, para que não mais estejamos reduzidos à servidão dos elementos do mundo (Gl 4,3), como diz o Apóstolo, nem sujeitos ao jugo da escravidão da letra da lei. É este o resumo dos benefícios de Cristo para nós; é esta a manifestação do mistério; é o aniquilamento da natureza; é Deus e homem; é a deificação do homem assumido. Todavia era absolutamente necessário ao esplendor e à evidência da vinda de Deus aos homens uma introdução jubilosa, antecipando para nós o grande dom da salvação. Este é o sentido da solenidade de hoje que tem início na natividade da Mãe de Deus, cuja conclusão perfeita é a predestinada união do Verbo com a carne. Agora a Virgem nasce, é alimentada com leite, plasmada e preparada como mãe para o Deus e rei de todos os séculos. Neste momento, foi-nos dado duplo proveito: um, a elevação à verdade; outro, a rejeição da servidão e da vida sob a letra da lei. De que modo, com que fim? Pelo desaparecimento da sombra com a chegada da luz; em lugar da letra, a graça que dá a liberdade. Nossa solenidade está na fronteira entre a letra e a graça, unindo a realidade que chega aos símbolos que a figuravam, substituindo o antigo pelo novo. Portanto cante e exulte toda a criação e contribua com algo digno para a alegria deste dia. É um só o júbilo dos céus e da terra; juntos festejem tudo quanto está unido no mundo e acima do mundo. Pois hoje se construiu o templo criado do Criador de tudo, e pela criatura, de forma nova e bela, preparou-se nova morada para o seu Autor. Santo André de Creta.