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sábado, 28 de abril de 2012


3º DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA
Domingo da cura do paralítico

Kondaquion do Paralítico
Ó Senhor, como curastes outrora o paralítico,
fazei levantar, por vossa divina Providência,
minha alma paralisada
por toda a espécie de pecados e de obras más,
a fim de que, salvo, eu aclame:
Glória ao vosso Poder, ó Cristo Misericordioso!

sábado, 21 de abril de 2012

2º DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA

DOMINGO DAS SANTAS MIRÓFORAS
(Portadoras de Aromas)

Apolitiquion do Nobre José

O nobre José, tendo descido da Cruz vosso corpo imaculado,
envolveu-o num lençol, cobriu-o de aroma
e o depositou com cuidado num túmulo novo.
Mas, ao terceiro dia, ressuscitastes, ó Salvador,
dando ao mundo a grande misericórdia.

       Apolitiquion das Miróforas

O Anjo, sentado junto do túmulo,
disse às mulheres portadoras de aroma:
«Os aromas convêm aos mortos;
Cristo, porém, mostrou-se alheio à corrupção.
Aclamai, pois: O Senhor ressuscitou
dando ao mundo a grande misericórdia!»

quinta-feira, 12 de abril de 2012

NA ALEGRIA DA PÁSCOA, VEM AÍ A FESTA DE SÃO JORGE
DIA 23 DE ABRIL
DIVINA LITURGIA (Santa Missa)
07:00
15:00
19:00
Sob a presidência do nosso
 Arcebispo Dom Fáres Maakaroun

domingo, 8 de abril de 2012


DOMINGO DE SÃO TOMÉ
Domingo depois da Páscoa
Ó Cristo Deus, Tomé colocou sua mão incrédula no vosso lado que dá a vida,
pois, quando entrastes,  mesmo com as portas fechadas,
ele aclamou com os outros discípulos:
És meu senhor e meu Deus!
Tendo descido ao túmulo, ó Imortal,
Vós destruístes o poder dos infernos
e levantastes vitorioso, ó Cristo Deus,
Vós, que dissestes às mulheres portadoras de aromas: rejubilai!
E aos apóstolos, dás a paz,
Vós que ressuscitas aqueles que estão decaídos.
A TODOS OS LEITORES E SEGUIDORES DO NOSSO BLOG DESEJAMOS UMA SANTA E FELIZ PÁSCOA!
A QUEM PROCURAIS ENTRE OS MORTOS? JESUS DE NAZARÉ? ELE NÃO ESTÁ AQUI; RESSUSCITOU!
 

 O amor é mais forte que a morte
Quem ama não morre
  (Resumo por Philippe Gebara) 

Carta de Sua Beatitude Gregório III,
Patriarca de Antioquia e todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém,
para a Festa da Páscoa
(08 de abril de 2012)

 

“O amor é mais forte que a morte. Quem ama não morre!”– este é, para Gregorios III, o grito da gloriosa Ressurreição e o verdadeiro sentido do canto da Páscoa: Cristo ressuscitou! Quando o Pai, que “tanto amou o mundo” enviou para nós o seu Filho, não quis senão nos dar a vida. “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”; “de seu ventre jorrarão rios de água vida”. E essa vitória sobre a morte tem seu triunfo na Ressurreição.
Tal é nossa fé, segundo o Patriarca, apesar da “realidade dolorosa de nossa vida” e da “fraqueza de todos nós”. Fraqueza que nos torna ainda mais frágeis diante dos males, da frustrações, da violência e da ameaça da guerra e das armas – e Sua Beatitude segue com uma longa lista. Um pequeno resumo, na verdade, da terrível provação pela qual passa o mundo árabe, sobretudo a Síria, depois de mais de um ano.
E o Patriarca lembra que nem Cristo, nem os discípulos ficaram livres do sofrimento diante da grande angústia da Paixão e Morte. Mas, como era o amor que movia Jesus para se entregar por nós, ele mesmo, o Messias, prometeu que permaneceria conosco até a consumação dos séculos, que não nos deixaria órfãos. Ele ama-nos com o mesmo amor que amou seu amigo Lázaro, amor com que, entre suas lágrimas, ressuscitou Lázaro e o devolveu à vida.
“A Festa da Ressurreição”, portanto, ”chama-nos a fé, à esperança e caridade. Além disso, todos os domingos na tradição oriental, são o domingo da Ressurreição e são um apelo à fé, à esperança e caridade.
O encontro com Jesus, ressuscitado dos mortos, vivifica em nós esse amor que é mais forte que a morte. ”

Com esse “amor que é mais forte que a morte”, o Patriarca não quer oferecer “uma aspirina, nem um calmante” para que fujamos do real, particularmente no mundo árabe e na Síria, mas um meio concreto de tirar de nossa fraqueza “força, desejo e esperança”.
Para tanto, começa já citando o Papa Bento XVI, em discursos na África, nos quais este convidou a humanidade a ver que “não está sozinha diante dos desafios do mundo”. “Deus está presente” – e é essa a única, mas poderosa, esperança que a Igreja pode oferecer ao mundo: ‘Esperar não quer dizer abandonar, mas redobrar a atividade. O desespero é individualista. A esperança é comunhão. Não é uma via esplêndida esta que nos é proposta?’

O amor é mais forte que a morte
Essa esperança, que é realista, reconhece as fragilidades do homem e vê que o único caminho é a comunhão, “comunhão que quer dizer solidariedade sobretudo em tempos de provação e calamidade”. Quando o mundo parece tremer e se abalar, como no ano de 2011, com a crise econômica e os tumultos no Oriente Médio, a nossa única opção, segundo o Arcebispo Anglicano de Canterbury, Rowan Williams – que o Patriarca cita — é experimentar a “solidariedade dos abalados”, que surge quando cada um reconhece sua fraqueza íntima e todos, nesse sentimento, passam a estar unidos. Este é o único meio a poder vencer o medo e a dúvida.
Essa “solidariedade dos abalados” tem sua expressão profunda naquele amor que se solidariza e se compadece: “que retira nossas enfermidades” (Mt 8, 17) e “que cobre uma multidão de pecados” (I Pe 4, 8). O amor de Cristo, que é mais forte que a morte.
Diante desse terremoto que são as crises do mundo árabe é que podemos “descobrir o valor do ensinamento sobre o amor que o Evangelho, as Epístolas de S. Paulo e de outros apóstolos apresentam”. O amor “é a salvação do mundo”. A perda do amor é “a ruína de mundo”. Entre os medos, os ódios e revoluções, os cristãos, ainda que sejam expostos à fragilidade e à vulnerabilidade que, como Gregório III disse, afeta a todos, devem “descobrir o seu lugar, redescobrir sua vocação e discernir o plano de Deus por nós (economia da salvação)”.
Ser solidários ao mundo árabe especialmente porque foram os cristãos “os realizadores de tantas coisas nesse mundo, em sua história, literatura e civilização; os iniciadores e promotores do arabismo, do pensamento árabe”; “nós fomos os arquitetos, pensadores, pioneiros, teóricos e propagadores”. Ser filho da Ressurreição é também se solidarizar com os problemas de sua pátria, com seus concidadãos, para contribuir com a ressurreição de sua sociedade. É esta a grande e imortal missão que o Senhor confiou a este “pequeno rebanho”, vocação que permanece fechada e inalterável, de ser luz, sal e fermento em suas sociedades.
Para ajudar os cristãos a descobrir juntos aos seus concidadãos a força e esperança da ressurreição, Gregorios III propõe um extenso trecho de um manuscrito do século II, a Carta a Diogneto, que considera “magnífica”. Ela foi escrita em um contexto igualmente turbulento, de perseguições e se resume naquele lapidar adágio que imprimiu a todas as eras posteriores: “Os cristãos estão no mundo, mas não são do mundo”.
De tal forma, os cristãos devem se adaptar a onde vivem. Isso implica encontrar seu espaço para viver no meio da Sharia (lei islâmica) e do Fiqh (jurisprudência islâmica), com compreensão e criatividade. O Patriarca acredita que, dessa maneira, o cristão poderá mesmo contribuir com o desenvolvimento dessas leis e constituições.
Não temais: Cristo ressuscitou!
Não temais! Não tenhais medo! “É a palavra reconfortante, consoladora, vivificante e amorosa que Jesus repetiu aos seus discípulos durante sua vida com eles. Do Natal à Ressurreição, Deus quer que o homem, ao invés de ter medo, descubra sua vocação. “Santo Agostinho disse: ‘Ama e faça o que quiseres’. Eu diria sobretudo: Ama, e poderás fazer o que quiseres”.
O pequeno rebanho e a grande missão

O amor é mais forte que a morte. O amor é a Ressurreição. Não é à toa que os primeiros cristãos, na região de Antioquia, como destaca o Patriarca, eram chamados de ‘filhos da Ressurreição’ e eles, segundo testemunhas, viviam em pleno amor : ‘Vejam como se amam’ — descreveu Tertuliano. Hoje, os cristãos, chamados ainda na Síria de ‘filhos da Ressurreição’, devem descobrir em sua experiência o amor e a Ressurreição, pois são responsáveis “pelo amor e pela Ressurreição no mundo árabe” e ainda pela “participação do mundo na alegria da Ressurreição, na alegria do nascimento e da ressurreição de um mundo novo e melhor”. Essa é a grande eficácia desse “pequeno rebanho”. Um pequeno rebanho que é para o grande rebanho. Pequeno rebanho que deve ser protegido para que todos tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10, 10). “Está aí o sentido da Ressurreição. Está aí o sentido da expressão popular de que a Ressurreição é a ‘grande festa’ (‘Eid Al-Kbir’). É esta uma das razões para nosso pedido de celebrarmos juntos, todos os cristãos, a Páscoa”.
Feliz Páscoa!
E Gregório III finaliza sua carta com uma ampla e forte saudação:
“Nós estendemos nossos cordiais votos de Feliz Páscoa aos nossos irmãos hierarcas, membros de nosso Santo Sínodo, aos nossos amados irmãos, sacerdotes eparquiais e religiosos, aos nossos filhos consagrados de nossas congregações religiosas, masculinas e femininas, a todos nossos filhos e a todas nossas filhas de nossa Igreja Greco Melquita Católica, nos países árabes e nos países da imigração.
Rezamos para que todos vós, especialmente aqueles que sofrem, que têm dúvidas ou medo, que são vulneráveis, aqueles que morreram em conflitos, especialmente entre os nossos cristãos durante esses eventos trágicos e dolorosos em nossos países: Palestina, Iraque, Egito, e especialmente na Síria.
Apesar da dor que nos sufoca na garganta, cantamos do fundo do coração o canto da vitória de Cristo sobre a morte. Que ele seja sempre o canto de nossa fé, de nossa esperança e de nossa caridade!

Cristo ressuscitou! Ressuscitaremos com Ele. Nosso mundo participará na alegria da Ressurreição.
– Cristo ressuscitou!
– Verdadeiramente ressuscitou!
+ Gregório III
Patriarca de Antioquia e de todo Oriente,
de Alexandria e de Jerusalém