INÍCIO
DO ANO NOVO (CÍVIL)
CIRCUNCISÃO DO SENHOR
Narra o Evangelho que após 8 dias do nascimento de Jesus, Maria e
José levaram o Menino até o Templo para oferecê-lo ao Senhor e cumprir o
preceito da Circuncisão, conforme prescrevia as leis religiosas do povo
judeu.”Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino,
deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo, antes de ser concebido
no ventre da mãe. O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a
graça de Deus estava com ele.” Após a primeira parte da narrativa, observa-se
um corte cronológico na harmonia dos acontecimentos, para destacar o encontro
de Jesus com os Doutores da Lei, no Templo de Jerusalém.
Essas duas narrativas unidas, a princípio tão distantes
temporalmente, e tão próximas quanto ao objetivo de sublinhar a dupla natureza
do Messias, se fundem numa leitura única. O menino foi levado para circuncisão
pois era plenamente humano e estava sujeito às leis sócio- religiosas; no
entanto, com 12 anos revelava sua sabedoria extraordinária que tinha uma fonte
não humana. Ele era o VERBO de Deus que inicia suas reflexões com aqueles mais
ilustres e doutos. «O mundo foi feito por Ele, mas o mundo não O conheceu» (Jo
1,10-11).
Primeiramente, Jesus tinha sido reconhecido como Senhor pelos
pastores que vieram prestar-lhe adoração. Eles representavam os marginalizados,
pobres, os esquecidos: os verdadeiros destinatários da Boa Nova. Depois foi
reconhecido pelo profeta Simeão no templo, onde a profecia de Malaquias se
cupria: «De repente, vai chegar ao Templo o Senhor que vós procurais, o
mensageiro da Aliança que vós desejais» (Mq 3,1). Simeão revelou com a sua
profecia que a Salvação não seria só para Israel, mas para todos os povos.
Israel foi o lugar da espera e da realização das profecias, mas a Salvação
trazida pelo Messias não se restringiria somente à sua área geográfica. O
messias é a luz que iluminaria a todos os povos. Abre-se o horizonte universal do
anúncio e da prática do Evangelho.
Apolitikion
da Festa proclamado na Divina Liturgia
Ó
Senhor misericordioso,
Vós que sois Deus por natureza,
tomastes sem alteração uma forma humana
e cumpristes a lei recebendo voluntariamente a circuncisão da carne,
a fim de abolir as figuras e eliminar as trevas de nossas paixões.
Glória pois, à vossa bondade,
glória à vossa misericórdia;
glória, ó Verbo, à vossa indizível condescendência!
Vós que sois Deus por natureza,
tomastes sem alteração uma forma humana
e cumpristes a lei recebendo voluntariamente a circuncisão da carne,
a fim de abolir as figuras e eliminar as trevas de nossas paixões.
Glória pois, à vossa bondade,
glória à vossa misericórdia;
glória, ó Verbo, à vossa indizível condescendência!
Kondakion
da Festa
O Senhor de todos
recebe a circuncisão
e, em sua bondade, corta as faltas dos mortais
e concede hoje a salvação ao mundo
e, em sua bondade, corta as faltas dos mortais
e concede hoje a salvação ao mundo
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Feliz 2014