OS (TRES) HOMENS QUE FIZERAM O
CONCÍLIO VATICANO II
PAPA JOÃO XIII PAPA PAULO VI
E O PATRIARCA GRECO MELQUITA CATÓLICO
MÁXIMUS IV SAYEGH
Neste livro da Editora Loyola
encontramos os Discursos e Notas de Sua Beatitude Máximus IV e demais Prelados da Igreja Greco Melquita no Concílio Vaticano II.
Em linguagem e pensamentos atualíssimos ousamos dizer: a Igreja Greco Melquita salvou a parte "Católica" do Concílio.
DECRETO
ORIENTALIUM ECCLESIARUM
SOBRE AS IGREJAS ORIENTAIS CATÓLICAS
PROÉMIO
Estima das Igrejas Orientais
1. A Igreja católica aprecia as instituições, os ritos litúrgicos, as
tradições eclesiásticas e a disciplina cristã das Igrejas Orientais. Com
efeito, ilustres em razão da sua veneranda antiguidade, nelas brilha aquela
tradição que vem dos Apóstolos através dos Padres(1) e quê constitui parte do
património divinamente revelado e indiviso da Igreja universal. Por isso, no
exercício da sua solicitude pelas Igrejas Orientais, que são vivas testemunhas
desta tradição, este sagrado e ecuménico Concílio, desejando que elas floresçam
e realizem com novo vigor apostólico a missão que lhes foi confiada, decidiu
estabelecer alguns pontos, além daquilo que diz respeito à Igreja universal,
deixando o restante à providência dos Sínodos orientais e da Sé Apostólica.
AS IGREJAS PARTICULARES OU
RITOS
Diversidade de ritos na unidade da Igreja
2. A santa Igreja católica, Corpo místico de Cristo, consta de fiéis que
se unem orgânicamente no Espírito Santo pela mesma fé, pelos mesmos sacramentos
e pelo mesmo regime. Juntando-se em vários grupos unidos pela Hierarquia,
constituem as igrejas particulares ou os ritos. Entre elas vigora admirável
comunhão, de tal forma que a variedade na Igreja, longe de prejudicar-lhe a
unidade, antes a manifesta. Pois esta é a intenção da Igreja católica: que
permaneçam salvas e íntegras as tradições de cada igreja particular ou rito. E
ela mesma quer igualmente adaptar a sua forma de vida às várias necessidades
dos tempos e lugares (2).
Submissão ao Romano Pontífice
3. Tais igrejas particulares, tanto do Oriente como do Ocidente, embora
difiram parcialmente entre si em virtude dos ritos, isto é, pela liturgia,
disciplina eclesiástica e património espiritual, são, todavia, de igual modo
confiadas o governo pastoral do Pontífice Romano, que por instituição divina
sucede ao bem-aventurado Pedro no primado sobre a Igreja universal. Por isso,
elas gozam de dignidade igual, de modo que nenhuma delas precede as outras em
razão do rito; gozam dos mesmos direitos e têm as mesmas obrigações, mesmo no
que diz respeito à pregação do Evangelho em todo o mundo (cfr. Mc. 16,15), sob
a direcção do Pontífice Romano.
Proteção e desenvolvimento
4. Proveja-se, portanto, no mundo inteiro, à tutela e ao incremento de
todas as igrejas particulares. E onde for necessário para o bem espiritual dos
fiéis, constituam-se paróquias e hierarquia própria. Mas os hierarcas das
várias igrejas particulares com jurisdição no mesmo território procurem,
mediante encontros periódicos, favorecer a unidade de acção; e unindo as forças,
ajudem as obras comuns, a fim de promover mais desimpedidamente o bem da
religião e proteger mais eficazmente a disciplina do clero (3). Todos os
clérigos e os que vão ascendendo às Ordens sacras sejam bem instruídos acerca
dos ritos e principalmente das normas práticas nas matérias inter-rituais; e
até mesmo os leigos, na instrução catequética, sejam instruídos acerca dos
ritos e suas normas. Enfim, todos e cada um dos católicos, bem como os
baptizados de qualquer igreja ou comunidade acatólica que ingressarem na
plenitude da comunhão católica, conservem em toda a parte o próprio rito, e
observem-no na medida do possível (4). Fica, todavia, salvo o direito de
recorrer em casos peculiares de pessoas, comunidades ou regiões à Sé
Apostólica; esta, na qualidade de árbitro supremo das relações inter-eclesiais,
proverá às necessidades com espírito ecuménico, por si mesma ou através de
outras autoridades, dando as oportunas normas, decretos ou rescritos.
A CONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO
ESPIRITUAL DAS IGREJAS ORIENTAIS
A disciplina oriental,
património da Igreja de Cristo
5. A história, as tradições e muitas instituições eclesiásticas
claramente atestam quanto mereceram as Igrejas Orientais em relação à Igreja
universal (5). Por isso, o sagrado Concílio não só honra este património
eclesiástico e espiritual com a estimação devida e com o justo louvor, mas
também o considera firmemente como património da Igreja universal de Cristo.
Por esta razão, declara solenemente que tanto as Igrejas do Oriente como as do
Ocidente possuem o direito e têm o dever de se regerem segundo as próprias
disciplinas peculiares, enquanto se recomendam por veneranda antiguidade, são
mais conformes aos costumes de seus fiéis e resultam mais aptas a buscar o bem
das almas.
Conservação e restauração das antigas tradições
6. Saibam e tenham por certo todos os Orientais que sempre podem e devem
observar os seus legítimos ritos litúrgicos e a sua disciplina; e que não serão
introduzidas modificações a não ser em razão de um progresso próprio e orgânico.
Tudo isto, pois, deve ser observado pelos próprios Orientais com a maior
fidelidade. E de tudo isto devem eles adquirir um conhecimento cada vez maior e
uma prática cada vez mais perfeita. E se indevidamente os abandonaram em vista
das circunstâncias de tempos ou pessoas, procurem regressar às tradições
ancestrais. Aqueles, porém, que, por motivos do ofício ou do ministério
apostólico, têm contacto frequente com as Igrejas Orientais ou seus fiéis,
busquem um melhor conhecimento e prática dos ritos, da disciplina, da doutrina,
da história e da índole dos Orientais, de acordo com a importância do cargo que
exercem(6). Recomenda-se com empenho às Ordens e Associações de rito latino que
trabalham nos países do Oriente ou entre os fiéis orientais, que, para maior
eficácia do apostolado, estabeleçam, na medida do possível, casas ou mesmo
províncias de rito oriental (7).
OS PATRIARCAS ORIENTAIS
Natureza e jurisdição
7. Desde antiquíssimos tempos vigora na Igreja a instituição do
Patriarcado, já reconhecida pelos primeiros Concílios ecuménicos (8). Pelo nome
de Patriarca oriental entende-se o Bispo que no próprio território ou rito tem
a jurisdição sobre todos os Bispos, não exceptuados os Metropolitas, sobre o
clero e o povo, de acordo com a norma do direito e salvo o primado do Romano
Pontífice (9). Onde quer que se constitua, fora dos limites do território
patriarcal, um hierarca de algum rito, permanece ele agregado à hierarquia do
Patriarcado do mesmo rito, de acordo com as normas do direito.
Igualdade entre eles na
dignidade
8. Embora posteriores uns aos outros no tempo, os Patriarcas das Igrejas
Orientais são, no entanto, todos iguais em razão da dignidade patriarcal, salva
a precedência de honra legitimamente estatuída entre eles (10).
Restabelecimento de seus
direitos e privilégios
9. Segundo a antiquíssima tradição da Igreja, singulares honras devem
ser atribuídas aos Patriarcas das Igrejas Orientais, pois cada um deles
preside, como pai e cabeça, ao seu Patriarcado. Por isso, estabelece este sagrado
Concílio que se restaurem os seus direitos e privilégios, de acordo com as
antigas tradições de cada Igreja e os decretos dos Concílios Ecuménicos (11).
Estes direitos e privilégios são os que vigoravam ao tempo da união do Oriente
e Ocidente, embora devam ser um pouco adaptados às condições hodiernas. Os
Patriarcas com os seus sínodos constituem a instância suprema para todos os
assuntos do Patriarcado, não excluído o direito de constituir novas eparquias e
de nomear Bispos do seu rito dentro dos limites do território patriarcal, salvo
o direito inalienável do Romano Pontífice de intervir em cada caso.
Os Arcebispos maiores
10. O que foi dito dos Patriarcas vale também, de acordo com as normas
do direito, para os Arcebispos maiores, que presidem a toda uma Igreja
particular ou rito (12).
Erecção de novos patriarcados
11. Sendo a instituição Patriarcal nas Igrejas Orientais a forma
tradicional do regime, o sagrado e ecuménico Concílio deseja que, onde for
necessário, se erijam novos Patriarcados, cuja constituição é reservada ao
Concílio Ecuménico ou ao Romano Pontífice (13).
A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS
Conservação e restauração da
disciplina oriental
12. O sagrado Concílio Ecuménico confirma, louva e, quando necessário,
deseja muito que seja restaurada a antiga disciplina sacramentária vigente nas
Igrejas Orientais, bem como a praxe da sua celebração e administração.
O ministro da Confirmação
13. Seja plenamente restaurada a
disciplina referente ao ministro da Confirmação vigente entre os Orientais
desde os tempos antigos. Por isso, os presbíteros podem conferir este sacramento com o crisma benzido pelo
Patriarca ou pelo Bispo (14).
14. Todos os presbíteros orientais podem administrar este sacramento a
todos os fiéis de qualquer rito, sem exceptuar o latino, quer juntamente com o
Baptismo, quer separadamente, observando, porém, o que para sua liceidade é
prescrito pelo direito comum ou particular (15). Também os presbíteros de rito
latino, segundo as faculdades que receberam para a administração deste
sacramento, podem administrá-lo aos fiéis das Igrejas Orientais sem prejuízo do
rito, observadas, porém, as prescrições de direito comum ou particular no que
toca à liceidade (16).
A Sagrada Eucaristia
15. Os fiéis estão obrigados nos domingos e dias de festa a participar
na divina liturgia, ou, segundo as prescrições ou costumes do próprio rito, na
celebração do Ofício divino (17). E para que mais fàcilmente possam cumprir
esta obrigação, estabelece-se que o tempo útil para o cumprimento deste
preceito decorre a partir da tarde da vigília até ao fim do domingo ou da festa
(18). Com empenho se recomenda aos fiéis que nestes dias, ou até mais
frequentemente, ou mesmo diàriamente, recebam a sagrada Eucaristia (19).
O Ministro da Penitência
16. Devido ao convívio diário dos fiéis das diversas igrejas
particulares numa mesma região ou território oriental, a faculdade dos
presbíteros de qualquer rito para ouvir confissões, concedida legitimamente e
sem nenhuma restrição pelos próprios hierarcas, estende-se a todo o território
daquele que concede e também aos lugares e fiéis de qualquer rito no mesmo
território, a não ser que isso seja negado pelo hierarca do lugar no que diz
respeito aos lugares de seu próprio rito (20).
O diaconato e as ordens
inferiores
17. Para que a antiga disciplina do Sacramento da Ordem vigore novamente
nas Igrejas Orientais, deseja este sagrado Concílio que a instituição do
diaconado permanente seja restaurada onde caiu em desuso (21). Quanto ao
subdiaconado e às ordens menores, providencie a autoridade legislativa de cada
igreja particular (22).
Os matrimônios mistos
18. Para evitar matrimónios inválidos quando católicos orientais casam
com acatólicos orientais baptizados, e para garantir a indissolubilidade e
santidade dos casamentos e a paz doméstica, o sagrado Concílio estabelece que a
forma canónica de celebração para estes matrimónios obriga tão sòmente para a
liceidade. Para a validade, é suficiente a presença de um ministro sagrado,
observando-se o que por direito deve ser observado (23).
O CULTO DIVINO
Os dias festivos
19. De futuro, competirá unicamente ao Concílio Ecuménico ou à Sé
Apostólica constituir, transferir ou suprimir dias de festas comuns a todas as
Igrejas Orientais. Além da Santa Sé, todavia, compete também aos Sínodos
patriarcais e arquiepiscopais constituir, transferir ou suprimir os dias de
festa para cada igreja particular, tendo-se, porém, na devida consideração,
toda a região e as outras igrejas particulares (24).
A data da Páscoa
20. Enquanto não se chegar ao desejado acordo entre todos os cristãos
acerca de um único dia em que seja celebrada por todos a festa da Páscoa, para
favorecer a unidade entre os que vivem numa mesma região ou nação, confia-se aos
Patriarcas ou às supremas autoridades do lugar que, por consenso unânime e
depois de ouvidas as opiniões dos interessados, convenham sobre a celebração da
festa da Páscoa no mesmo domingo (25).
O ciclo litúrgico
21. Os fiéis que residem fora da região ou território do próprio rito,
podem, acerca da lei dos tempos sagrados, conformar-se inteiramente com a
disciplina vigente no lugar onde moram. Nas famílias de rito mixto, é lícito
observar essa lei segundo um mesmo e único rito (26).
O ofício litúrgico
22. Os clérigos e religiosos orientais celebrem segundo os preceitos e
as tradições da própria disciplina o Ofício divino, que desde antiga data era
tido em grande honra por todas as Igrejas Orientais (27). Seguindo o exemplo
dos antepassados, os fiéis, na medida do possível, participem devotamente no
Ofício divino.
O uso das línguas vernáculas
23. Ao Patriarca com o Sínodo, ou à suprema autoridade de cada igreja
com o conselho dos hierarcas compete o direito de regular o uso das línguas nas
cerimónias litúrgicas, bem como, depois de comunicar à Sé Apostólica, aprovar
as versões dos textos em língua vernácula (28).
A CONVIVÊNCIA COM OS IRMÃOS
DAS IGREJAS SEPARADAS
Importância das Igrejas orientais no movimento ecumênico
24. As Igrejas Orientais que vivem em comunhão com a Sé Apostólica de
Roma compete a peculiar obrigação de favorecer, sgundo os princípios do decreto
sobre o Ecumenismo deste sagrado Concílio, a unidade de todos os cristãos,
principalmente dos Orientais, sobretudo pela oração e pelo exemplo de vida,
pela fidelidade religiosa para com as antigas tradições orientais, pelo melhor conhecimento
mútuo, pela colaboração e estima fraterna das instituições e das mentalidades
(29).
A incorporação dos irmãos separados
25. Dos Orientais separados que, sob o influxo da graça do Espírito
Santo, se encaminham à unidade católica, não se exija mais que a simples
profissão de fé católica. E já que entre eles se conservou o sacerdócio válido,
aos clérigos orientais que entram para a unidade católica dê-se a faculdade de
exercerem a própria Ordem, segundo as normas estatuídas pela competente autoridade
(30).
A «communicatio in sacris»
26. A communicatio in sacris que ofende a unidade da Igreja ou
inclui adesão formal ao erro ou perigo de aberração na fé, de escândalo e de
indiferentismo, é proibida por lei divina (31). Mas a praxe pastoral demonstra,
com relação aos irmãos orientais, que se podem e devem considerar as várias
circunstâncias das pessoas nas quais nem é lesada a unidade da Igreja, nem há
perigos a evitar, mas urgem a necessidade de salvação e o bem espiritual das
almas. Por isso, a Igreja católica, consideradas as circunstâncias de tempos,
lugares e pessoas, muitas vezes tem usado e usa de modos de agir mais suaves, a
todos dando os meios de salvação e o testemunho de caridade entre os cristãos
através da participação nos sacramentos e em outras funções e coisas sagradas.
Considerado tudo isso, o sagrado Concílio, «para não sermos, devido à
severidade da sentença, impedimento para aqueles que se salvam» (32) e para
mais e mais favorecer a união com as Igrejas Orientais separadas de nós,
estabelece a seguinte norma:
27. De harmonia com estes princípios, podem ser conferidos aos Orientais
que de boa fé se acham separados da Igreja católica, quando espontâneamente
pedem a estão bem dispostos, os sacramentos da Penitência, Eucaristia e Unção
dos enfermos. Também aos católicos é permitido pedir os mesmos sacramentos aos
ministros acatólicos em cuja Igreja haja sacramentos válidos, sempre que a
necessidade ou a verdadeira utilidade espiritual o aconselhar e o acesso ao
sacerdote católico se torne física ou moralmente impossível (33).
28. Supostos estes mesmos princípios, permite-se, igualmente por justa
causa, a communicatio nas funções sagradas, coisas e lugares entre
católicos e irmãos separados orientais (34).
29. Esta norma mais suave da communicatio in sacris com os irmãos
das Igrejas Orientais separadas, é confiada à vigilância e à moderação dos
hierarcas locais, de forma que, ouvindo-se mutuamente, e, quando for o caso,
ouvindo também os hierarcas das Igrejas separadas, regulem com oportunos e
eficazes preceitos e normas a convivência entre cristãos.
CONCLUSÃO
Colaboração na consecução da
unidade
30. Muito se alegra este sagrado Concílio pela frutuosa e activa
colaboração entre as Igrejas católicas Orientais e Ocidentais, e ao mesmo tempo
declara: todas estas disposições do direito se estabelecem em função das
presentes condições até quando a Igreja católica e as Igrejas Orientais
separadas se encontrarem na plenitude da comunhão.
Por ora, contudo, todos os cristãos, orientais e ocidentais, são
vivamente exortados a que façam fervorosas, frequentes e mesmo quotidianas
orações a Deus para que, com o auxílio da Santíssima Mãe de Deus, todos sejam
um. Peçam ainda que aflua a plenitude do conforto e da consolação do Espírito
Paráclito a tantos cristãos de toda a Igreja que, confessando corajosamente o
nome de Cristo, sofrem è se angustiam.
Que nos amemos todos uns aos outros com caridade fraterna, porfiando em
honrar-nos mutuamente (35).
Roma, 21 de Novembro de 1964.
PAPA PAULO VI
Notas
1. Cfr. Leão XIII, Carta Apost. Orientalium
dignitas, 30 nov. 1894: Acta Leonis XIII, vol. XIV, p. 201-202.
2. Cfr. S. Leão IX, Carta In terra pax, ano
1053: «ut enim»; Inocêncio III, V Concilio Lateranense, ano 1215, cap. V:
«Licet graecos»; Carta Inter quatuor, 2 ago. 1206: «Postulasti
postmodum»; Inocéncio IV, Carta Cum de cetero, 27 ago. 1247; Carta Sub
Catholicae, 6 março 1254, proémio; Nicolau III, Instrução Istud est
memoriale, 9 out. 1278; Leão X, Carta Apost. Accepimus nuper, 18
maio 1521; Paulo III, Carta Apost. Dudum, 23 dez. 1534; Pio IV, Const. Romanus
Pontifex, 16 fev. 1564, § 5; Clemente VIII, Const. Magnus Dominus,
23 dez. 1595, § 10; Paulo V, Const. Solet circunspecta, 10 dez. 1615, §
3; Bento XIV, Carta Encicl. Demandatam, 24 dez. 1743, § 3; Carta Encícl.
Allatae sunt, 26 jun. 1755 §§ 3, 6-19, 32; Pio VI, Encicl. Catholicae
Communionis, 24 maio 1787; Pio IX, Carta In suprema, 6 jan. 1848, §
3; Carta Apost. Ecclesiam Christi, 26 nov. 1853; Const. Romani
Pontificis, 6 jan. 1862; Leão XIII, Carta Apost. Praeclara, 20 jun.
1894, n" 7; Carta Apost. Orientalium dignitas, 30 nov. 1894,
proémio; etc.
3. Cfr. Pio XII, Motu proprio Cleri sanctitati,
2 jun. 1957, cân. 4.
4. Pio XII, Motu proprio Cleri sanctitati, 2 jun.
1957, cân. 8; «sine licentia Sedis Apostolicae», seguindo a praxe dos séculos
precedentes; igualmente, quanto aos baptizados acatólicos, lê-se no cân. 11:
«ritum quem maluerint amplecti possunt»; no texto aduzido dispõe-se de modo
positivo a observãncia do rito para toda a gente e em toda a parte.
5. Cfr. Leão XIII, Carta Apost. Orientalium
dignitas, 30 nov. 1894; Carta Apost. Praeclara, 20 jun. 1894, e os
documentos referidos na nota n° 2.
6. Cfr. Bento XV, Motu proprio Orientis
catholici, 15 out. 1917; Pio XI, Encicl. Rerum orientalium, 8 set.
1928, etc.
7. A praxe da Igreja católica nos tempos de Pio XI,
Pio XII e João XXIII demonstra abundantemente este movimento.
8. Cfr. I Conc. Niceno, cân. 6; I Conc.
Constantinopolitano, cân. 2 e 3; Conc. Calcedonense, cân. 28; cân. 9; IV Conc.
Constantinopolitano, cân. 17; cân. 21; IV Conc. Lateranense, cân. 5; cân. 30;
Conc. Florentino, Decretum pro graecis; etc.
9. Cfr. I Conc. Niceno, cân. 6; I Conc.
Constantinopolitano, cân. 3; IV Conc. Constantinopolitano, cân. 17; Pio XII,
Motu proprio Cleri sanctitati, cân. 216, § 2, 11.
10. Nos Concílios Ecumênicos: I Conc. Niceno, cân.
6; I Conc. Constantinopolitano, cân. 3; IV Conc. Constantinopolitano, cân. 21;
IV Conc. Lateranense, cân. 5; Conc. Florentino, Decretam pro graecis, 6
jul. 1439, § 9. Cfr. Pio XII, Motu proprio Cleri sanctitati, 2 jun.
1957, cân. 219, etc..
11. Cfr. nota 8.
12. Cfr. Conc. Efesino, cân. 8; Clemente VIII, Decet
Romanum Pontificem, 23 fev. 1596: Pio VII, Carta Apost. In universalis
Ecclesiae, 22 fev. 1807; Pio XII, Motu proprio Cleri sanctitati, 2
jun. 1957, cân. 324-327; Conc. Cartaginense, ano 419, cân. 17.
13. Conc. Cartaginense, ano 419, cân. 17 e 57; Conc.
Calcedonense, ano 451, cân. 12; S. Inocêncio I, Carta Et onus et honor,
a. c. 415: «Nam quid sciscitaris»; S. Nicolau I, Carta Ad consulta vestra,
13 nov. 866: «a quo sutem»; Inocêncio III, Carta Rex regam, 25 fev.
1204; Leão XII, Const. Apost. Petrus Apostolorum Princeps, 15 ago. 1824;
Leão XIII, Carta Apost. Christi Domini, ano 1895; Pio XII, Motu proprio Cleri
sanctitati, 2 jun. 1957, cân. 159.
14. Cfr. Inocêncio IV, Carta Sub catholicae,
6 março 1254, § 3, n. 4; II Conc. Lugdunense, ano 1274 (profissão de fé de
Miguel Paleólogo oferecida a Gregório X) ; Eugênio IV, no Conc. Florentino,
Const. Exsultate Deo, 22 nov. 1439, § 11; Clemente VIII, Instrução Sanctissimus,
31 ago. 1595; Bento XIV, Const. Etsi pastoralis, 26 maio 1742, § 2, n.o
1, § 3, n.° 1, etc.; Conc. Laodicense, ano 347-381, cân. 48; Sínodo Sisen. dos
Arménios, ano 1342; Sínodo Libanense dos Maronitas, ano 1736, P. II, cap. III,
n.° 2, e outros Sínodos particulares.
15. Cfr. Instrução do Santo Oficio (ao Bispo de
Scepusien.), ano 1783; Propaganda Fide (para os Coptas), 15 março 1790, n°
XIII: Decr. 6 out. 1863, C, a; Igreja Oriental, 1 maio 1948: Santo Oficio,
resp. 22 abril 1896 com a carta de 19 maio 1896.
16. C.I.C., cân. 782, § 4. Decreto para a Igreja
Oriental «De sacramento Confirmationis administrando etiam fidelibus
orientalibus a presbyteris latini ritus qui hoc indulto gaudeant pro fidelibus
sai ritus», 1 maio 1948.
17. Cfr. Conc. Laodicense, ano 347-381, cân. 29; S.
Nicéforo C. P„ cap. 14, Sín. Duinen. dos Armênios, ano 719, cân. 31; S. Teodoro
Estudita, serm. 21; S. Nicolau I, carta Ad consulta vestra, 13 nov. 866: «In
quorum Apostolorum»; «Nosse cupitis»; «Quod interrogatis»; «Praeterea
consulitis»; «Si die Dominico»; e os Sínodos particulares.
18. Há algo de novo, ao menos onde vigora a
obrigação de ouvir a sagrada liturgia; de resto, concorda com o dia litúrgico
entre os orientais.
19 Cfr. Canones Apostolorum, 8 e 9; Sín.
Antioqueno, ano 341, cân. 2; Timóteo Alexandrino, interrog. 3; Inocêncio
III, Const. Quia divinae, 4 jan. 1215; e muitos Sinodos particulares
mais recentes das Igrejas orientais.
20. Salva a territorialidade da jurisdição, o cân.
pretende providenciar, para bem das almas, à pluralidade de jurisdição no mesmo
território.
21. Cfr. I Conc. Niceno, cân. 18; Sín.
Neocesarense, ano 314-325, cân. 12; Sin. Sardicense, ano 343, cân. 8; S. Leão
M., Carta Omnium quidem, 13 jan. 444; Conc. Calcedonense, cân. 6; IV
Cone. Constantin., cân. 23, 26; etc.
22. Em várias Igrejas orientais, o subdiaconado é
considerado ordem menor; mas pelo Motu proprio Cleri sanctitati de Pio
XII, prescreveram-se aos subdiáconos as obrigações das Ordens maiores. O cân.
propõe para que se volte à disciplina antiga de cada uma das Igrejas, no que
toca às obrigações dos subdiáconos, revogando o direito comum.
23. Cfr. Pio XII, Motu proprio Crebrae allatae,
22 fev. 1949, cân. 32, § 2, n.° 5.° (faculdade dos Patriarcas de dispensarem da
forma); Pio XII, Motu próprio Cleri sanctitati, 2 jun. 1957, cân. 267
(faculdade dos Patriarcas de sanarem in radice); as Congregações do
Santo Ofício e da Igreja oriental concedem por cinco anos fora dos Patriarcados
aos metropolitas e restantes Ordinários de lugar... que não têm nenhum Superior
abaixo da Santa Sé, a faculdade de dispensarem da forma e de sanarem o defeito
de forma.
24. Cfr. S. Leão M., Carta Quod saepissime,
15 abril 454; «Petitionem autem»; S. Nicéforo. CP., cap. 13; Sín. do Patriarca
Sérgio, 18 set. 1596, cân. 17; Pio VI, Carta Apost. Assueto paterne, 8
abril 1775, etc.
25. Cfr. Conc. Vat. II, Const. De sacra Liturgia,
4 dez. 1963.
26. Cfr. Clemente VIII, Instr. Sanctissimus,
31 ago. 1595, § 6: «Si ipsi graeci»; Santo Oficio, 7 jun. 1673, ad 1 e 3; 13
março 1727, ad 1; Propaganda Fide, Dec. 18 ago. 1913, art. 33, Decr. 14 ago.
1914, art. 27; Decr. 27 março 1916 art. 14; Congregação da Igreja oriental,
Decr. 1 março 1929, art. 36; Decr. 4 maio 1930, art. 41.
27. Cfr. Conc. Laodicense, 347-381, cân. 18; Sín.
Mar. de Isaac dos Caldeus, ano 410, cân. 15; S. Nerses Glaien. dos Arménios,
ano 1166; Inocêncio IV, Carta Sub catholicae, 6 março 1254, § 8; Bento
XIV, Const. Etsi pastoralis, 26 maio 1742, § 7, n. 5; Instr. Eo
quamvis tempore, 4 maio 1745, § 42 ss. E os Sínodos particulares mais
recentes: dos Armênios (1911), dos Coptas (1898), dos Maronitas (1736), dos
Rumenos (1872), dos Rutenos (1891) e dos Sírios (1888).
28. E a tradição oriental.
29. Do teor das Bulas de união de cada Igreja
oriental católica.
30. Obrigação sinodal quanto aos irmãos orientais
separados e quanto a todas as ordens de qualquer grau quer de direito divino
quer de direito eclesiástico.
31. Esta doutrina vale também para as Igrejas
separadas.
32. S. Basilio M., Epístula canonica ad
Amphilochium, PG 32, 669 B.
33. Considera-se fundamento de mitigação: a) a
validade dos sacramentos; b) a boa fé e disposição; c) a necessidade de
salvação eterna; d) a ausência do sacerdote próprio; e) a exclusão de perigos a
evitar e de adesão formal ao erro.
34. Trata-se da chamada «communicatio in sacris»
extra-sacramental. E o Concilio que concede a mitigação, servatis servandis.
35. Cfr. Rom. 12, 10.
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