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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Algumas características marcantes para quem freqüenta nossa Paróquia São Jorge
Greco Melquita Católica
De Rito Bizantino.
Como fazer o sinal da cruz
Deve-se juntar os três primeiros dedos da mão direita (polegar, indicador e médio) simbolizando a Indivisível Santíssima Trindade. Os outros dois dedos (anular e mínimo) devem ser firmemente apertados à palma da mão, significando as duas naturezas de Cristo: a humana e a divina. Os três dedos juntos tocam primeiro a fronte, para abençoar o raciocínio; depois sobre o estômago, para abençoar os sentimentos; em seguida, sobre o ombro direito e, imediatamente, sobre o esquerdo para abençoar a força física, corporal. Nosso Senhor subiu ao céu e sentou-se à direita do Pai de onde nos enviou o Espírito Santo.  Baixando então a mão, fazemos uma pequena inclinação em reverência aos sofrimentos de Cristo sobre o Gólgota na cruz, sinal que acabamos de traçar sobre nós.

O Sinal da Cruz nos acompanha em todo o tempo e lugar: nos persignamos ao deitar e ao levantar, saindo à rua e entrando na igreja, ao sentarmos à mesa damos graças ao Senhor pelo alimento, fazendo o Sinal da Cruz sobre nós mesmos e sobre os alimentos que estão sobre a mesa, bem como ao final das refeições em agradecimento.
Ao traçarmos sobre nosso próprio corpo o Sinal da Cruz de Cristo, afirmamos, simultaneamente, a nossa fé na Santíssima Trindade e na essência de Cristo.
Convém ainda salientar que até o século XI todos os cristãos, no Oriente e no Ocidente, se benziam como nós, católicos bizantinos, o fazemos.  
A iconostase  (Parede dos Ícones) é aberta em três locais com portas.
 A porta grande no centro — a Porta Real — quando aberta permite uma vista do altar. Este está sempre de modo que diante dele o fiel está sempre voltado para o Oriente; para a posição que o sol nasce todos os dias.  Essa porta geralmente é em duas metades, atrás das quais fica uma cortina. Fora do tempo de ofícios, com exceção da semana após a Páscoa (semana Jubilosa), as portas são mantidas fechadas e a cortina também. Durante os ofícios, em momentos particulares as portas são abertas, ou fechadas, enquanto que ocasionalmente as portas estão fechadas e a cortina aberta. Muitas paróquias Gregas, no entanto, não fecham mais as portas e as cortinas em qualquer momento da Liturgia; em certas Igrejas as portas foram removidas, enquanto outras Igrejas seguiram um caminho que é liturgicamente mais correto mantendo as Portas mas removendo as cortinas. Das duas outras portas, a da esquerda conduz ao altar da Prothesis ou Preparação (onde são mantidos os vasos sagrados, e onde o Padre prepara o pão e o vinho no começo da Liturgia); a da direita conduz ao Diakonikon (agora geralmente usado como local de paramentação, mas originalmente o local onde os livros sagrados, particularmente o evangeliário, eram guardados junto com as relíquias). Leigos não são permitidos a irem além da iconostase, exceto por razões especiais como prestar algum serviço na Liturgia ou como no caso da nossa paróquia um funcionário entra para a faxina mas sempre acompanhado por mim. O altar em uma Igreja Bizantina — A Mesa Sagrada ou Trono como é chamado — fica livre no centro do santuário; atrás do altar, contra a parede é colocado o trono do Bispo ou a cadeira do sacerdote. O trono do bispo pode ficar também do lado de fora da iconóstase à direita de quem entra na igreja e não há somente onde for a Catedral, pode ter numa simples paróquia para ser usado pelo mesmo por ocasião de uma visita pastoral, ou em qualquer celebração presidida por ele.
As Igrejas Bizantinas são cheias de ícones
Na iconostase, nas paredes,  onde eles podem ser venerados pelos fieis. Quando um fiel entra na Igreja, sua primeira ação é comprar velas, ir para a frente de um ícone, fazer o sinal da cruz, beijar o ícone e acender uma vela em frente a ele. "Eles são grandes oferecedores de velas," comentou o mercador inglês Richard Chancelor, visitando a Rússia no reinado de Elizabeth I. Na decoração da Igreja, as várias cenas iconográficas e figuras não são dispostas fortuitamente, mas sim de acordo com um esquema teológico definido, de maneira que o edifício todo forme um grande ícone ou imagem do Reino de Deus. Na arte religiosa Bizantina, como na arte Religiosa do ocidente medieval, há um elaborado sistema de símbolos, envolvendo cada parte do prédio da Igreja e de sua decoração. Ícones, frescos e mosaicos não são meros ornamentos, com a finalidade de fazer a Igreja "parecer bonita," mas tem uma função teológica e litúrgica a preencher. Nós nos referimos a eles durante as celebraçãoes.
Os ícones que enchem a Igreja servem como ponto de encontro entre o céu e a terra.
Como cada congregação ora Domingo após Domingo, cercada pelas figuras de Cristo, dos Anjos e dos Santos, essas imagens visíveis relembram os fiéis incessantemente da presença invisível de toda companhia do céu na Liturgia. Os fiéis podem sentir que as paredes da Igreja, se abrem para a eternidade, e eles são ajudados a constatar que sua liturgia é uma e a mesma com a Grande Liturgia do Céu. Os múltiplos ícones expressam visivelmente o sentido de "céu na terra."
(Sempre clic sobre as imagens para aumentá-las, se desejar) 
O nome: Igreja Greco Melquita Católica
 (em árabe كنيسة الروم الكاثوليك, Kanīsät ar-Rūm al-Kāṯūlīk) é uma igreja oriental católica particular sui juris. Esta Igreja utiliza o rito litúrgico bizantino e utiliza o grego e o árabe como línguas litúrgicas. Actualmente, o líder da Igreja Melquita é o Patriarca Gregório III, (veja a postagem de sua visita á Juiz de Fora-MG em agosto de 2010) que foi eleito pelo Santo Sínodo no dia 29 de Novembro de 2000.
História
Criada em Antioquia, é a mais antiga Igreja enquanto instituição do mundo e é a única entre as orientais que não é uma Igreja nacional, apesar de estar intimamente ligada à Síria. Seu Patriarcado envolve três sés apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria, chamando-se Patriarcado Greco-Melquita de Antioquia e de todo Oriente, Alexandria e Jerusalém.
O nome Melquita vem de mèlek que é a raiz siríaca para palavras como "rei", "real" e "reino". Todos aqueles que ficaram ao lado do Imperador Marciano de Bizâncio no Concílio de Calcedônia em 451, defendendo a realidade das duas naturezas de Cristo, foram pejorativamente apelidados de "reais" pelos monofisistas.
Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos bizantinos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que passaram a humildemente aceitar a alcunha jocosa que lhes conferiram.
Já a adjetivação de sua catolicidade - "greco" - vem do fato de os então futuros melquitas, assim como os outros cristãos que habitavam o Império Bizantino, antigo Império Romano, serem chamados pelos muçulmanos de rumi, "romanos", uma identidade que veio a ficar estreitamente ligada à lingua que falavam: o grego, tanto que ambos nomes se tornaram sinônimos. Tal ligação com o Império Bizantino veio acrescentar alguns elementos bizantinos ao seu rito antioqueno de origem, tornando-o conhecido como rito bizantino. Assim, Igreja Melkita passou a ter, assim, a Divina Liturgia escrita por São João Crisóstomo e São Basílio.
Ainda como elemento de identidade, a Igreja Melquita é árabe. Seu processo de arabização começou desde segunda metade do século VIII. Foi a primeira igreja a usar o árabe como língua litúrgica, e teve como um dos seus filhos o primeiro escritor cristão que escreveu regularmente em árabe, Teodoro Abuqurra (ca. 755 - ca.830).
Depois do Grande Cisma que ocorreu em 1054, a Igreja Melquita não manifestou nenhuma posição unilateral entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa Grega, tentando preservar sua comunhão com ambas as igrejas. Mas, em 1724, dado às circunstâncias históricas, como a atuação de missionários europeus, grande parte dos melquitas declaram comunhão visível com a Igreja Católica (Papa), criando assim duas vertentes dos melquitas: os católicos (também chamados de uniatas, unidos a Roma) e os ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos.
No entanto, os melquitas continuaram a se considerar ortodoxos, por sua fidelidade aos sete primeiros Concílios Ecumênicos e à tradição oriental, tendo apenas algo a mais que é a comunhão com Roma. E, com o tempo, adquiriram uma nova missão: testemunhar a fidelidade à tradição oriental junto ao resto da Igreja Católica, para prepará-lo a aceitar plenamente a Igreja Ortodoxa.

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