Pessoas on line

sábado, 7 de maio de 2011

DOMINGO DAS "MIROFORES" OU PORTADORAS DE AROMAS
(08 de maio: DIA DAS MÃES)

Dentro de uma maravilhosa sequência, após o Domingo da Ressurreição do Senhor, neste domingo depois de São Tomé a liturgia bizantina põe em destaque, sem que haja algo correspondente no Ocidente, a atuação das mulheres fiéis ao Senhor que, ao amanhecer do dia da Páscoa, foram ao sepulcro levando aromas preciosos para completar o ritual do sepultamento. Foi primeiramente a elas que os anjos anunciaram a ressurreição, incumbindo-as de levar a boa notícia aos apóstolos, tornando-se assim, como diz a liturgia, "as apóstolas dos apóstolos." Os quatro evangelistas falam delas e nesse domingo se lêem trechos de Marcos e de Lucas. Eis o texto do tropário principal, cuja primeira parte já foi cantada no Sábado santo.
«Às piedosas miróforas junto ao túmulo o anjo disse:
Os aromas convêm aos mortos!
Cristo, porém, é incorruptível.
Cantai antes: O Senhor ressuscitou,
dando ao mundo a grande misericórdia!»
As miróforas, nesse dia, se associam outros dois personagens que testemunharam corajosamente o Crucificado: Nicodemos, o noturno interlocutor de Jesus, aquele que tinha pedido seu corpo a Pilatos:
«O nobre José (de Arimatéia)
que, depois de ter descido da Cruz o corpo imaculado,
envolveu-o num branco sudário
e, com cuidado, o pôs num sepulcro novo».
Já nas Vésperas do sábado encontramos este texto:
«Ao amanhecer as miróforas,
tomando consigo os aromas, foram ao sepulcro do Senhor e notando coisas que não esperavam,
pasmas ao ver a pedra removida,
diziam uma à outra:
Onde estão os lacres do túmulo?
Onde estão os guardas que Pilatos enviou por precaução? Mas seus temores cessaram
ao ver o anjo resplandecente dirigir-se a elas dizendo:
Por que buscais em pranto
Aquele que está vivo e vivifica o gênero humano?
Cristo, nosso Deus onipotente, ressurgiu dos mortos
e dá a todos nós a vida imortal,
a iluminação e a grande misericórdia».
Dia  das  Mães  2011
Amados meus,
Os homens precisam de uma imagem de Mãe, única, colorida e de claros contornos, uma imagem de Mãe a ser trazida, instantaneamente, à nossa imaginação. Dificilmente consigo lembrar uma ocasião, em que a Imagem de Nossa Senhora Mãe não se impusesse, à minha imaginação, de forma definitiva, à simples menção ou pensamento sobre o sentido de ser Mãe. Por isso, Maria a nossa Mãe é Símbolo da nossa Fé, da Fé de todas as Mães.
Por isso, neste dia das Mães, ressalto que é no doar-se aos outros, na vida de cada dia, que toda Mãe encontra a Profunda Vocação da Própria Vida, ela que talvez, mais que o próprio homem, vê o homem, porque o vê com o coração. Vê-o na sua Grandeza e nos seus limites, procurando ir ao seu encontro e ser o seu abrigo. Deste modo, realiza-se, na história da humanidade, o Fundamental Desígnio do Criador e aparece à luz incessantemente, a beleza de ser Mãe,  não só física, mas sobretudo espiritual, que Deus prodigalizou, desde o início, à criatura humana e especialmente à mulher.
Sendo assim:
Louvo a ti, Mãe, que te fazes ventre do ser humano, na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida.
Louvo a ti, Mãe, que unes, irrevogavelmente, o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco Dom, ao serviço da Comunhão e da Vida.
Louvo a ti, Mãe, que levas, às nossas vidas, as riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância.
Louvo a ti, Mãe, pelo indispensável  ensina-mento que dás, capaz de conjugar razão e sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao sentido do  Mistério.
Louvo a ti, Mãe, que, a exemplo da maior de todas as Mães, a Mãe de Cristo, Verbo Encarnado, te abres, com Docilidade e Fidelidade, ao Amor de Deus, ajudando os Vossos Filhos e Filhas a viver, para com Deus, uma resposta do “SIM INCONDICIONAL”, que exprime, maravilhosa-mente, a Comunhão que Deus quer estabelecer com cada um de nós.
Louvo a ti, Mãe, pelo simples fato de seres Mãe! Com a percepção, que é própria da tua feminilidade, que enriqueces a minha compreensão do mundo e contribuis para a Verdade Plena das relações humanas.
Amados meus, em Maria a Mãe de Deus e nossa Mãe, percebemos a máxima expressão do que é ser Mãe e encontramos em Maria uma Fonte Incessante de inspiração maternal. Maria definiu-Se «SERVA DO SENHOR». É por obediência, à Palavra de Deus, que Ela acolheu a Sua Vocação Privilegiada, mas nada fácil, de Mãe da Família de Nazaré. Pondo-Se ao serviço de Deus, Ela colocou-Se também ao serviço dos homens: um serviço de amor. Este serviço de Amor permitiu-Lhe realizar, na sua vida, a experiência de um misterioso, mas autêntico Reinado de Mãe. Não é por acaso que é invocada como Rainha do Céu e da terra. Assim invocamos Maria como Rainha. ONDE SEU REINAR É SERVIR! O SEU SERVIR É REINAR!
Assim é a autoridade, de todas as Mães. O seu    «REINAR» é revelação da Vocação Fundamental do ser humano, enquanto criado à «IMAGEM» d'Aquele que é Senhor do Céu e da terra, e chamado a ser, em Cristo, Seu Filho Adotivo. O homem é a única criatura, sobre a terra, a ser querida por Deus por si mesma, o Qual, não se pode encontrar plenamente a não ser no sincero Dom de Si mesmo.
Nisto consiste ser Mãe: no Reinar de Maria. Tendo-Se feito, com todo o Seu Ser, Dom para o Seu Filho, Ela veio a tornar-Se, também, Dom para os filhos e filhas de todo o gênero humano, gerando uma profundíssima confiança em quem a Ela recorre para ser guiado pelos caminhos difíceis da vida, até ao próprio destino definitivo e transcendente.
Abençoado dia das Mães!
Amém! Aleluia!
Dom Farès Maakaroun
Arcebispo da Igreja Católica Apostólica Greco-Melquita no Brasil

Agradeço nosso querido pai, nosso arcebispo por esta mensagem e especialmente pelos votos de feliz e abençoado dia das Mães enviados a minha mãe Srª Lúcia.

Aqui, não poderíamos deixar de lembrar por ocasião do Dia das Mães (Vivas e as que já no Senhor adormeceram); foram elas para nós as primeiras portadoras de aromas. Deu-nos o perfume da vida, conservou este perfume pelo precioso aroma da fé que recebemos no Santo Batismo, pela presença constante na história de vida de cada uma delas com seus filhos. Através das orações, dos conselhos, pela força que nestes dezessete anos de vida sacerdotal, de modo muito particular minha mãe tem me dado especialmente por seu exemplo de oração e paciência.  
A todas as mães, dentre elas as muitas "mães espirituais", que esperam por mim em nossa Paróquia, depois destes dias de conforto e alegria os quais estou passando com minha querida mãe. Na pessoa dela quero abraçar todas as mães. Ademais; são em nossa Paróquia muitas as "Portadoras de Aromas"; que oferecem o precioso perfume do seu tempo, seus dons, seus dízimos, seus trabalhos, suas orações, suas presenças, de modo a manter sempre vivo e conservado o "corpo místico de Cristo"; que é a Igreja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentar