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quarta-feira, 10 de novembro de 2010



Carta aos leitores do bolg
 A Luz do Oriente
Não recebi nenhuma reprovação oficial pelos meus comentários, mas soube que virou "Samba Enredo", por isso não darei mais motivos para certos leitores que trabalham deitados e descansam em pé.





Antes de ler os artigos seguintes, quero fazer algumas considerações em torno da seguinte idéia para não usar de imediato a palavra “Profecia”, o que seria correto, em virtude de tudo o que já vi e ouvi tanto de membros da Igreja nas esferas Orientais e Ocidental:
O futuro das tradições cristãs orientais na variedade de seus ritos, espiritualidade e teologia; só terão futuro garantido no seio das Igrejas Ortodoxas separadas de Roma. No Oriente não está tendo lugar para os cristãos dado o crescimento numérico e de poder do Islamismo e não só no Oriente mas como é do conhecimento de todos na Europa. Para onde irão? Virão para o Ocidente. De maioria de tradição latina ligada à Igreja Romana. Até aí tudo bem. Afinal o Ocidente salvou o cristianismo. A Igreja Ocidental vai acolhe-lhos e colocará toda máquina da Congregação das Igrejas Orientas para funcionar de “mentirinha”. Ainda estamos respirando o recente Sínodo para as Igrejas do Oriente realizado em Roma de 10 a 23 de outubro passado sob os as bênçãos do Papa Bento XVI. O mesmo Papa que no início do seu ministério petrino como Bispo de Roma se fez cercar dos Patriarcas Orientais Católicos e em visita á Congregação das Igrejas Orientais, recordando o seu predecessor Bento XV, que fundou tal organismo da Cúria Romana; disse: “As Igrejas Orientais católicas e ortodoxas conservam os ecos das pregações do Senhor, a memória viva dos seus milagres, os primeiros lampejos da luz do Ressuscitado e os raios inestiguíveis de Pentecóstes. O futuro da Igreja depende de um contato permanente com suas fontes e as Igreja Orientais Católicas e Ortodoxas guardam fielmente este patrimônio que é de toda Igreja” Dizia o Servo de Deus João Paulo II na Carta Orientale Lumen: “Uma Igreja que não sabe de onde veio, não sabe para onde caminhar...numa localidade onde houver uma Igreja de tradição oriental, os fiéis de tradição latina tem por obrigação participar e conhecer seu rico e variado patrimônio bíblico, patrístico, liturgico e espiritual para poder sentir com o Papa a unidade da Igreja que não se manifesta por uma só tradição, a latina; mas por aquelas que estão ligadas ás tradições dos Apóstolos e transmitida pelos Santos Padres. A Igreja nasceu no Oriente...”.  O Concílio Vaticano II diz: “È sabido de todos com que amor e beleza os cristãos Orientais celebram os Mistérios Divinos”. Pois bem, deixemos de lado a poesia temperada pela utopia e voltemos ao Ocidente, ou melhor, ao nosso país onde o acolhimento a tais perseguidos seria possível. Quem cuidaria pela manutenção das tradições litúrgicas, canônicas e espirituais dos que viriam oriundos dos mais diversos ritos??? A Igreja latina no Brasil já deu claros sinais do tipo: (Pelo menos aqui em Juiz de Fora- MG)--Para que frequentar uma Igreja Oriental se tem a Ocidental? Quando os orientais vão casar ou batizar e procuram uma paróquia latina, esta não tem o menor recurso para diagnosticar quem é oriental ou não. Mas...se um fiel de rito latino,for a uma paróquia oriental (pelo menos aqui) e for acolhido sem as tais “transferências”, o padre é degolado e a igreja é destruída. (Aliás, eu resisto porque tenho uma natureza teimosa e a glória de bizâncio me fez ser mais bonitinho).Entre os Ortodoxos isso jamais ocorreria. Aproveito o momento para fazer uma observação e lançar uma humilde pergunta, dada minha enorme ignorância e despreparo em questões orientais (sou sacerdote de rito bizantino), desculpe a “brincadeirinha”: A Santa Sé (há outras) Romana nomeou o Arcebispo de Belo Horizonte- MG, D. Walmor de Azevedo, para a função de Ordinário para os fiéis orientais desprovidos de ordinários próprios: me mandem um comentário para este blog dizendo quantas vezes ele já assistiu e celebrou por exemplo, no Rito Bizantino para os Ítalos Albaneses ou no Rito Siríaco, que a propósito tem a Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Belo Horizonte- MG;(?) cujo antigo pároco Pe. Luiz Alwad era meu amigo e foi nomeado bispo para a Eparquia Siríaca da Venezuela, para sua nomeação episcopal pude participar da consulta canônica da Santa Sé .  Resultado: Ao deixarem a brasa do oriente, os cristão com certeza cairão no espeto do ocidente (latino). E perecerão do mesmo modo. Se não na carne; pelo menos na alma. Pois já adiantou Jesus: “Enquanto o Espírito (Tradição) dá a vida;  a lei (canônica) mata.
Pelo menos 52 morrem em operação de resgate de reféns em igreja iraquiana
Operação matou agressores, fieis, padres e policiais
Pelo menos 52 pessoas morreram durante uma operação para libertar reféns detidos em uma igreja em Bagdá no domingo.
O vice-ministro do Interior do Iraque, Hussein Kamal, indicou que seis dos sequestradores também morreram nos combates, embora outras fontes tenham indicado um número menor.
Cerca de 100 pessoas assistiam à missa na Igreja da Nossa Senhora da Salvação, a maior igreja cristã da capital iraquiana, quando um grupo de homens armados invadiu o local e fez dezenas de pessoas reféns.
Os militantes diziam ser do Estado Islâmico do Iraque, grupo sunita supostamente ligado à Al-Qaeda. Eles exigiam a libertação de militantes da Al-Qaeda presos no Iraque e no Egito, de acordo com a imprensa iraquiana.
Segundo as reportagens, eles seriam árabes, mas não iraquianos.
Antes, o grupo tentou entrar na Bolsa de Valores de Bagdá, localizada em frente à igreja católica.
A polícia informou que seis pessoas foram mortas ali, incluindo dois policiais.
Os agressores se dirigiram então para a igreja. Segundo uma testemunha, eles "entraram na nave central e imediatamente mataram o padre".
A testemunha afirmou que os fieis foram colocados em uma sala dentro da igreja e que alguns foram agredidos.
O correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir, disse que houve um longo impasse entre os sequestradores e as forças de segurança que cercaram o edifício e monitoravam a área de helicóptero.
Ao fim do impasse, as forças de segurança iraquianas, ajudadas por oficiais americanos, entraram na igreja.
Moradores da região disseram ter ouvido explosões e trocas de tiros. Os militantes teriam lançado granadas e detonado coletes-bomba.

Cristãos iraquianos têm deixado o país desde a invasão de 2003
Na operação, morreram fieis, sequestradores e policiais. Segundo o ministro do Interior, 56 pessoas ficaram feridas.
"Decidimos lançar a ofensiva porque era impossível esperar. Os terroristas planejavam matar um grande número de nossos irmãos, os cristãos que estavam na missa", disse o ministro da Defesa do Iraque, Abdul-Qadr al-Obeidi.
"A operação foi um sucesso. Todos os terroristas foram mortos e agora temos outros suspeitos em detenção."
Bolsa
Segundo o correspondente da BBC, os número de cristãos vivendo no Iraque é em torno de 500 mil, principalmente seguidores das ramificações mais antigas.
No passado, esse número já chegou a 1,5 milhão, mas a maior parte deixou o país desde a ação militar liderada pelos Estados Unidos, em 2003.
Nos últimos anos igrejas católicas foram bombardeadas, incluindo a da Nossa Senhora da Salvação, em 2004.
Padres foram sequestrados e mortos em outras ocasiões, mas nunca feitos refém como neste episódio.
A segurança iraquiana é prejudicada pelo impasse político que domina o país desde as eleições gerais de março, que não tiveram um vencedor claro.
No domingo, a imprensa iraquiana noticiou que o bloco político Dawa, que representa parte da comunidade xiita do país, planeja recusar um convite do rei saudita Abdullah para conversas cujo objetivo seria ajudar na formação de um novo governo.
O partido, do atual premiê iraquiano Nuri al-Maliki, agradeceu a oferta de Abdullah, mas disse que o Iraque é capaz de resolver sozinho suas diferenças.
Comentário semelhante foi feito por Mahmoud Osman, representante dos curdos. Mas o bloco de maioria sunita, liderado pelo político secular Ayad Allawi, teria se interessado pela oferta saudita.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, a quem a oferta de Abdullah foi oficialmente dirigida, ainda não deu uma resposta formal.
 

 Após massacre em igreja, cristãos consideram deixar Iraque
Jim Muir
Da BBC News em Beirute
Bispo Metti Metok diz não ter como pedir a seus fiéis que fiquem na igreja
Uma semana após um dos piores ataques contra cristãos iraquianos ocorridos em tempos modernos, muitos na comunidade consideram a possibilidade de deixar o Iraque.
O incidente ocorreu num domingo, quando um grupo de homens armados invadiu a Igreja da Nossa Senhora da Salvação, a maior igreja cristã de Bagdá, e tomou dezenas de fiéis que assistiam à missa como reféns.
Após horas de impasse, a polícia iraquiana, auxiliada por forças americanas, invadiu a igreja. Pelo menos 52 pessoas foram mortas e outras 56 ficaram feridas.
Com janelas destruídas e paredes danificadas por explosões e balas, a igreja já reabriu suas portas e alguns fiéis retornaram para assistir a mais um serviço religioso.
Mas enquanto a missa era celebrada em Bagdá, um importante clérigo iraquiano em visita a Londres, o arcebispo Athanasios Dawood, convocava cristãos iraquianos a abandonar o Iraque por causa dos perigos que ameaçam a comunidade.
"Se ficarmos, eles nos matarão", disse ele à BBC, após falar a uma congregação de cristãos ortodoxos iraquianos durante uma missa na capital britânica.
"O que é melhor, fugir ou ficar? Ser morto ou ficar vivo? Mas quando eu digo a eles que saiam, meu coração está machucado", disse Dawood.
Líderes da Igreja e políticos cristãos em Bagdá, no entanto, são unânimes em pedir à comunidade que fique.
'Testemunhas'
O bispo católico siríaco de Bagdá, Ignatius Metti Metok, disse que perdeu metade de sua congregação habitual no ataque da semana passada contra a sua catedral.
Ele disse que os fiéis lhe perguntam, "você quer que fiquemos após o que aconteceu? Pode acontecer de novo, e quem vai nos proteger?"
"Dizemos a eles, a Igreja é contra a emigração. Temos de ficar aqui, quaisquer que sejam os sacrifícios, para sermos testemunhas da nossa fé. Mas as pessoas são humanas e não podemos impedi-las de partir".
Políticos cristãos ficaram furiosos com sugestões de que sua comunidade deveria ir embora, e de que países ocidentais deveriam abrir suas portas para cristãos em êxodo do Iraque.
"Esta é nossa casa, vivemos com os muçulmanos há séculos, este é nosso destino e vamos permanecer juntos", disse o político cristão Yonadam Kanna, um influente membro do parlamento iraquiano.
"Isto é quase um paralelo com o que a Al-Qaeda está fazendo contra nós. A Al-Qaeda está tentando nos expulsar e vocês estão querendo me expulsar. Isto é contra meu interesse, contra o meu povo, contra o meu país", disse Kanna.
Ele ficou particularmente indignado com o que acredita ser um plano do governo francês de convidar mil cristãos iraquianos para viver na França.
"Isto é contra os interesses dos cristãos, joga os muçulmanos contra nós e é um abandono dos valores europeus, que consideram pessoas enquanto seres humanos e não enquanto cristãos ou muçulmanos".
Oferta de refúgio
Na segunda-feira, a embaixada francesa em Bagdá organizou voos de emergência para levar à França cerca de 40 feridos no ataque contra a igreja e alguns acompanhantes.
Mas o embaixador francês em Bagdá, Boris Boillon, ressaltou que a evacuação é motivada por razões médicas e humanitárias, e que a oferta de mil vistos a iraquianos em geral - e não apenas a cristãos - é parte de um programa europeu iniciado em 2008.
"A França tem uma longa tradição de oferecer refúgio a pessoas em perigo", ele disse à BBC.
"Mas queremos que o Iraque mantenha sua identidade plural, e que a presença dos cristãos seja parte dessa identidade".
Ainda assim, há temores de que o massacre na igreja resulte em outras ondas de emigração.
Fadya Issa está prestes a sair do país com o marido, os dois filhos jovens e a cunhada Samira. A família vai emigrar para os Estados Unidos.
Ela explicou que não se trata de uma decisão impulsiva motivada pelo ataque contra a igreja, mas admite que o incidente reforça sua decisão.
A família esperou dois anos por um visto americano.
Eles não conhecem os Estados Unidos e nunca viajaram de avião. Estão indo para a Califórnia, onde vive o irmão de Samira, mas não sabem exatamente onde. A família fala cerca de quatro palavras em inglês.
"Claro, é triste deixar sua terra natal, o lugar onde você nasceu e cresceu, e tudo o que você conhece", disse Fadya.
"Mas o que podemos fazer? Aqui, você sente medo o tempo todo. Você sente medo em casa, quando leva as crianças para a escola, quando vai ao mercado. Onde quer que você vá, você está com medo".
Não apenas cristãos
Os cristãos vivem no Iraque há cerca de dois mil anos, mas desde 2003 a comunidade vem se reduzindo dramaticamente. Não há dados oficiais, mas segundo estimativas, o número caiu de 900 mil para a metade.
"Antes da mudança no regime, há sete anos, não tínhamos massacres como este", disse o bispo Metti Metok.
"Claro que estamos preocupados com o futuro da nossa comunidade. Embora nós os encorajemos a ficar, eles nos perguntam: você garante as nossas vidas?"
Metok e outros líderes da igreja enfatizam que não são somente os cristãos que estão sofrendo.
Dois dias após o ataque contra a igreja, cerca de 90 pessoas foram mortas em uma série de explosões de bombas em áreas xiitas.
Mesquitas xiitas, peregrinações e funerais, assim como mercados cheios e ruas movimentadas tem sido atacadas com frequência.

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