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sexta-feira, 5 de agosto de 2011


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TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

No dia 06 de agosto os calendários latino e bizantino, se encontram para celebrar uma das doze grandes festas do Oriente: a gloriosa Transfiguração do Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Na Divina Liturgia deste dia lemos o Santo Evangelho segundo o Santo Apóstolo e Evangelista São Mateus capítulo 17 dos versos de 1 a 9.
Este é o Kondaquion que todos nós proclamamos na Liturgia deste dia, no qual resume de modo poético o sentido desta festa:

Vós vos transfigurastes sobre o Monte, ó Cristo, nosso Deus,
revelando a vossa glória aos vossos discípulos,
tanto quanto lhes era possível contemplá-la,
a fim de que, quando vos vissem crucificado,
compreendessem que aceitastes livremente a vossa Paixão,
e anunciassem ao mundo que sois, em verdade, o Esplendor do Pai.


Na celebração de tão grande festa, a Liturgia nos convida entre tentos aspectos, a pensar em dois de grande relevância para a atualidade de nossa vida cristã: embora tenha assumido a nossa condição humana, Jesus é a manifestação plena da glória do Pai; por isso dele professamos nossa fé no grande credo: Deus de Deus, Luz da Luz, gerado não criado; consubstancial ao Pai. Ele é verdadeiramente Homem e Deus. Ele é tal como apareceu na montanha. Este episódio está intimamente ligado á sua dolorosa paixão. Para que os que o virem depois não desanimassem diante do seu corpo “transfigurado “em feridas na cruz, para que também pudéssemos aprender hoje: este nosso corpo manchado pelo pecado e suas conseqüências será um dia glorificado. Será o caso de pensar na Festa da Dormição da Mãe de Deus que vamos celebrar no dia 15. Ela é por assim dizer a primeira a participar da glória dos filhos de Deus. Nesta quarta-feira antes da Transfiguração a Liturgia nos apresentou o Santo Evangelho no qual Pedro protestava contra Jesus por Ele falar abertamente de sua dolorosa paixão, morte e ressurreição. Agora começa a ter uma resposta clara para suas dúvidas e temores. Tanto na Transfiguração como no Getsêmani Pedro e os outros irão “dormir”. Depois do sono da preguiça, ignorância e da noite escura deste mundo rodeado de trevas veremos o Senhor face a face. Deus assumiu um corpo para que o nosso corpo fosse portador desta Luz que recebemos no Santo Batismo conforme diz o Santo Apóstolo Paulo o que nós cantamos em cada celebração do batismo: “Vós todos que fostes batizados no Cristo, vos revestistes de Cristo” . Assim o nosso corpo torna-se um ícone da Luz Divina. E é este o segundo aspecto: ser manifestação visível da Luz de Deus conforme aconselhou Nosso Senhor: “Vós sois a luz do mundo”. Nosso corpo é o primeiro Evangelho onde Deus escreve como que a “ferro e brasa” suas feições. É através de nossas feições, sorrisos, palavras e gestos que deve passar a luz do testemunho da Luz Divina. Esta Festa nos proporciona a seguinte pergunta: Quem olha para mim está realmente vendo o que é próprio de um filho(a) de Deus? Se não, significa que até aqui a esta altura da minha vida de batizado não entendi nem vivi o que recebi no Santo Batismo. Fui iluminado e depois como disse São Pedro: “Como a porca lavada voltou a rolar na lama”. Por isso em nosso Rito Bizantino chamamos o Sacramento do Batismo de Sacramento da Iluminação. Como disse o Apóstolo: “Vós sois luz e não trevas, vós sois de Cristo; como Cristo é de Deus”.
Na língua grega chamamos esta festa de: “METAMORPHOSIS” mudança de forma, pois:         Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...Somos seres espirituais passando por uma experiência humana”.
 Teilhard de Chardin.

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