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domingo, 17 de fevereiro de 2013

19 DE MARÇO

SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ (RITO ROMANO) NO RITO BIZANTINO É NO DOMINGO IMEDIATO AO NATAL DO SENHOR
INÍCIO DO MINISTÉRIO PETRINO DO SANTO PADRE O PAPA FRANCISCO
Pouco antes da celebração,09:30 horário de Roma (05:30 hora de Brasília) o Santo Padre descerá à tumba de São Pedro, localizada embaixo do altar central (também chamado de Altar da Confissão), da Basílica Vaticana, acompanhado por 10 patriarcas e arcebispos das Igrejas Orientais Católicas, dentre os quais Sua Beatitude nosso Patriarca Greco Melquita Católico Gregório III  . Ainda no local, os diáconos que servirão durante a celebração tomam o evangeliário, além do pálio e do anel de pescador que serão impostos no Sumo Pontífice.
Brasão do Sumo Pontífice Francisco
 O Anel do Pescador e o Pálio que serão usados pelo Santo Padre
Com paramentos dourados o nosso Patriarca Gregório III


DIVINA LITURGIA PARA O INÍCIO DAS ATIVIDADES CATEQUÉTICAS 

 














Arquimandrita João com as catequistas: Sônia,Norma e Helena 

Quinto Domingo da Grande Quaresma

SANTA MARIA DO EGITO
Queimamos os pecados confessados




Neste quinto Domingo da Grande Quaresma nosso calendário litúrgico bizantino nos apresenta uma personagem muito peculiar como modelo de ascese e conversão: Santa Maria do Egito. Uma prostituta de Alexandria nascida por volta do ano 345 e que passou 17 anos “fazendo morte”; pra não dizer conforme o costume: “fazendo vida”. Porém, aquela chama divina que cada filho de Deus traz consigo não foi de toda apagada. Sentia profundamente perturbada pela vida que levava. Ao ver partir um navio para Jerusalém ele pensou que ao embarcar iria fazer a alegria dos marinheiros; mal sabia ela que Jesus o grande timoneiro iria conduzi-la à verdadeira alegria; aquela que é fruto do Espírito Santo.
 Ao chegar a Terra Santa ela quis entrar no fluxo da multidão na Basílica da Ressurreição para beijar a preciosa relíquia do lenho da Cruz, ela se viu impedida por uma misteriosa força que na a deixava entrar. Depois de muitas súplicas à Mãe de Deus ela pode entrar. Tal episódio marcou sua conversão. Tão logo saiu dali foi para deserto do Jordão se derretendo em lágrimas de arrependimento. Sua biografia é obra do grande hieromonge Zózimo que uma vez por ano levava até ela a Sagrada Comunhão. Em sua visita por volta do ano 421 a encontruo morta.
Igreja Bizantina, querendo sustentar os fiéis a perseverar arena das virtudes, apresenta a figura de Maria do Egito, para que eles possam continuar e terminar em paz Quaresma, contemplamos o amor vivificante do Senhor e no dia da ressurreição, a ascensão através do dom do Espírito Santo que brotou do seu lado trespassado. A figura de Maria do Egito é a imagem da cura do coração da escuridão em que se encontra, graças ao encontro com Jesus Bento XVI em sua mensagem para a Quaresma de 2011, escreve: "Cristo quer abrir nossa visão interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n'Ele o nosso único Salvador. "

 TERCEIRO DOMINGO DA GRANDE QUARESMA

Segundo a tradição litúrgica bizantina o Terceiro Domingo da Grande Quaresma é dedicado a veneração da Santa Cruz. Aqui convém lembrar que este não é o único momento de tal dedicação; há aquela maior quando em 14 de setembro celebramos com toda a Igreja a Festa da Exaltação da Santa e Vivificante Cruz.

 Há também outras recordações litúrgicas da Santa Cruz como em 01 de maio, quando da sua aparição misteriosa sobre Jerusalém em 351, também em 01 de agosto quando a relíquia da Santa Cruz foi levada pelas ruas de Constantinopla para suplicar pela saúde da população. Por fim, em todas as quartas feiras durante todo o ano recordamos a Santa Cruz. Porém o que torna este 3° domingo da Quaresma diferente? Estamos exatamente no meio de tal tempo litúrgico.

 No meio deste tempo que se apresenta como deserto espiritual somos convidados a olhar para Cruz com aquela mesma esperança e fé com que os filhos de Israel olharam para serpente de bronze levantada por Moisés, da qual Jesus irá recordar como alusão a sua morte pela cruz. Fazendo assim daquele vergonhoso instrumento de tortura e de morte meio de vitória e vida, sinal de fé para os cristãos. 

Aquela mesma madeira da cruz aparece como chave da porta da ressurreição. Na cruz Jesus foi colocado sobre ela, na ressurreição é ela que esta sob Ele. O tempo da Quaresma é um tempo propício para nos crucificarmos com Cristo, permitindo morrer o antigo Adão e antiga Eva que resiste em cada um de nós quando desprezamos os Divinos Mandamentos. O nosso sacrifício é nossa união com Cristo na sua obra fazedora do sagrado; onde por Ele, com Ele e nele tudo ressuscita para uma vida nova.

 Neste dia proclamamos na Divina Liturgia:

Pela vossa Cruz, destruístes a morte,
abristes as portas do paraíso ao ladrão,
convertestes em alegria o pranto das Miróforas
e lhes dissestes que aos apóstolos anunciassem
que ressuscitastes dos mortos, ó Cristo Deus, revelando ao mundo vossa grande misericórdia.

Já o Kondáquion deste dia exprime a natureza da Cruz:

Doravante, a espada de fogo não guardará mais a porta do Éden, porque o madeiro da Cruz apagou-a de modo maravilhoso;
a morte foi vencida e a vitória dos infernos anulada.
E Vós, ó meu Salvador, vos dirigistes aos que nele estavam,
dizendo: "entrai de novo no paraíso!"

No final da Divina Liturgia o padre faz uma procissão com a cruz e com os fiéis proclamam:

Vinde fiéis! Adoremos o madeiro que dá a vida, no qual, Cristo, o Rei da glória, estendeu voluntariamente seus braços, restaurando em nós a felicidade primitiva; que nós dominados pelo mal e pelas paixões estávamos afastados de Deus. Vinde, povos da terra, honremos com hinos a Cruz do Senhor, cantando: Salve ó Cruz, libertação de Adão decaído, porque em vós toda a Igreja se alegra! Nós, fiéis, a venerar-vos com respeito e devoção, glorificamos o Deus que em vós foi fixado, dizendo: Senhor que fostes crucificado, tende piedade de nós, porque Vós sois bom e amigo de toda a humanidade! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Em seguida o padre conclui dizendo:      

    Cumprida, Senhor foi a palavra de vosso profeta Moisés: 

«Vereis vossa Vida suspensa a vossos olhos».
Hoje, a Cruz é exaltada e o mundo se liberta do erro.
Hoje, renova-se a ressurreição de Cristo;
regozijam-se os confins da terra,
e, com hinos e salmos, como outrora Davi, exclamam:
«Realizastes hoje, a salvação do mundo,
passando pela Cruz e a Ressurreição,
pelas quais nos libertastes, Senhor Nosso Deus!»
Ó Vós, que amas a humanidade, glória a Vós!


2° DOMINGO DA GRANDE QUARESMA

Veneração das Santas Relíquias



Neste Segundo Domingo da Grande Quaresma a Liturgia Bizantina nos põe diante das santas relíquias. Tal costume remete-nos aos primórdios da Igreja, quando os restos dos corpos dos mártires e objetos que lhes pertenciam eram venerados com respeito e devoção pelos cristãos da Igreja perseguida, pois, não negando a fé no Ressuscitado, derramaram seu sangue por Ele, O testemunhavam com sua vida.

 Após o Edito de Milão, quando a Igreja deixou de ser perseguida, essas relíquias dos primeiros santos mártires eram colocadas em altares para veneração. Tempos depois as relíquias eram incrustadas no Altar principal, onde se celebrava a Sagrada Liturgia. 

O Altar é o símbolo do Cristo, Pedra Vida e Pedra Fundamental da Igreja. Da mesma forma que as relíquias estavam unidas ao Altar, o mártir estava unido ao Corpo Místico de Cristo de modo inseparável, pelo martírio e pela santidade de vida.


 Na cerimônia Litúrgica de Consagração de uma nova Igreja ou de um novo Altar, as relíquias de um santo são colocadas naquela Igreja para veneração dos fiéis, lembrando também o primitivo costume da celebração eucarística nas catacumbas, na época da Igreja perseguida. 




No Domingo passado, o Primeiro da Quaresma, venerarmos os santos Ícones. A Igreja do Oriente dá às santas relíquias, a mesma dignidade, honra, devoção e respeito. Os santos ícones unidos às santas relíquias são venerados pela Igreja, pois são vistos pelos cristãos como testemunhas vivas da sua fé. 


1° DOMINGO DA GRANDE QUARESMA

FESTA DA ORTODOXIA

Benção dos santos ICONES


 


 


 


 

No Primeiro Domingo da Grande Quaresma o Rito Bizantino recorda a “vitória da ortodoxia”, a vitória da verdadeira palavra, definição da doutrina a cerca da confecção e veneração dos santos ícones (imagens).  A chamada “heresia iconoclasta” perturbou a Igreja apenas na sua porção oriental. Desde o reinado do imperador Leão, o Isaurio (717-741) até Teófilo que reinou de 829 a 842.  A confusão como sempre, põe os cristãos como bodes expiatórios da História, para dizer que Judeus e Muçulmanos são sempre os bons, foram eles que iniciaram a tragédia. Acusados de idolatria, tendo como pano de fundo a citação do Livro do Êxodo 20,4-5 e Deuteronômio 4,15-19. Texto ainda hoje explorado exaustivamente pelos nossos incautos irmãos protestante filhos do encapetado Martinho Lutero; para dizer que nós Católicos adoramos imagens. Até onde conheço a Sagrada Tradição e as Escrituras existe uma diferença astronômica entre adorar e venerar. Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja:  


 

    §1159 AS SANTAS IMAGENS A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova "economia" das imagens:

Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (...) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor.

§1160 A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente:

Para proferir sucintamente nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não-escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco.

§1161 Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam "a nuvem de testemunhas" (Hb 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado "à imagem de Deus" e transfigurado "à sua semelhança", assim como os anjos, também recapitulados em Cristo:

Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.

§1162 "A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus." A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis.

§2132 O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. De fato, "a hora prestada a uma imagem se dirige ao modelo Original, e "quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada. A honra prestada às santas imagens é uma "veneração respeitosa", e não uma adoração, que só compete a Deus:

Oculto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem.


 

Essa dolorosa pendenga que durou cerca de 120 anos pode ser dividida em dois momentos. O primeiro começa em 726 quando Leão III começou seus ataques aos ícones, e terminou em 780 quando a Imperatriz Irene entrou em cena e acabou com esta fase. A posição dos defensores foi mantida pelo sétimo e último Concílio Ecumênico (787), que se reuniu (como o primeiro) em Nicéia; onde foi definida a humanidade e a divindade de Nosso Senhor. O Concílio proclamou que os ícones podiam permanecer nas Igrejas e honrados com a mesma relativa veneração como outros símbolos materiais, como "a cruz preciosa e vivificante" e o Livro dos Evangelhos. Um novo ataque aos ícones, começou, com Leão V, o Armênio, em 815, e continuou até 843 quando os ícones foram novamente reintegrados, desta vez permanentemente por outra Imperatriz, Teodora. A vitória final das Santas Imagens em 843 é conhecida como "Triunfo da Ortodoxia”, e é celebrado no "Domingo da Ortodoxia," o primeiro domingo da Grande Quaresma. Sendo a Grande Quaresma um tempo de restauração vamos nos entregar ao Divino Escultor, todo nosso ser, para ser por sua graça restaurados, sendo nós “ícones vivos do Deus vivo”. Quantos de nós trazemos, em nós mesmos uma imagem desbotada, rachada, trincada, esfigurada pelo pecado... É tempo de renovação. Esse é o propósito deste tempo “favorável para a nossa conversão.

Todas as quartas feiras estaremos celebrando a LITURGIA DOS DONS PRÉ SANTIFICADOS ÁS 19:00 HORAS.

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