Pessoas on line

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

 

Sinodo para o Oriente: Os esforços do Papa cairão no oriente como chuva em terra seca; aqui no ocidente como folhas levadas ao vento, enfim...

Roma de 10 a 23 de outubro

Papa a Igrejas Orientais Católicas: conservar própria identidade


Ao término do Congresso pelos 20 anos do Código de Direito Canônico Oriental

ROMA, segunda-feira, 11 de outubro de 2010 (ZENIT.org) - As igrejas orientais católicas estão chamadas a "conservar sua própria identidade, que é ao mesmo tempo oriental e católica", e a levar adiante, "com novo vigor apostólico, a missão confiada a elas".    
Assim disse o Papa Bento XVI ao receber, no sábado pela manhã, no Vaticano, os participantes do Congresso de estudo celebrado por ocasião do 20° aniversário da promulgação do Código de Direito Canônico Oriental.
O Código, promulgado em 1990, contém a disciplina comum às 23 Igrejas sui iuris da Igreja Católica, integrada em cinco grandes tradições orientais - alexandrina, antioquena, armênia, caldeia e bizantina - e estabelece a plena igualdade de todas as Igrejas do Oriente e Ocidente.
Este vigésimo aniversário - disse Bento XVI - é uma ocasião para "ver em que medida o Código teve efetivamente força de lei para todas as igrejas orientais sui iuris e como foi traduzido na atividade da vida cotidiana", como também "em que medida a potestade legislativa de cada igreja sui iuris previu para a promulgação do próprio direito particular, tendo presentes as tradições de seu próprio rito, como também as disposições do Concílio Vaticano II".
A propósito disso - acrescentou - os sacri canones da Igreja antiga, que inspiraram a codificação oriental vigente, "estimulam todas Igrejas Orientais a conservar sua própria identidade, que é ao mesmo tempo oriental e católica".
"Ao manter a comunhão católica, as igrejas orientais católicas não pretendiam de fato negar a fidelidade a sua tradição", disse o Papa .
Como muitas vezes foi reafirmado, a já realizada união plena das igrejas orientais católicas com a Igreja de Roma não deve comportar para estas uma diminuição da consciência de sua própria autenticidade e originalidade".
"Portanto, a tarefa de todas as igrejas orientais católicas é a de conservar o patrimônio comum disciplinar e alimentar suas próprias tradições, riqueza para toda a Igreja."
Os próprios sacri canones dos primeiros séculos da igreja - destacou o Papa - "constituem em grande medida o fundamental e o mesmo patrimônio de disciplina canônica que também regem as igrejas ortodoxas. Portanto, as igrejas orientais católicas podem oferecer uma contribuição peculiar e relevante ao caminho ecumênico".
Antes do discurso papal, em sua saudação, Dom Francesco Coccopalmerio, presidente do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, confirmou o compromisso de seu dicastério de "ajudar as igrejas sui iuris a serem uma ponte, também como ajuda do Código, frente às igrejas ortodoxas, buscando a desejada comunhão plena para formar uma frente comum, em uma virtuosa sinergia, diante dos desafios da época, contra as forças do neopositivismo, que leva - como sabemos - a um funesto relativismo do pensamento e da vida".

Igrejas Orientais Católicas: igreja de tradição caldeia

Uma longa viagem a partir do nestorianismo até a comunhão com Roma

ROMA, segunda-feira, 11 de outubro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, durante esta semana, uma breve viagem histórica sobre cada uma das cinco grandes tradições orientais: caldeia, armênia, copta, antioquena e bizantina.    
A Igreja Católica de tradição caldeia ou siro-oriental, uma das cinco grandes tradições orientais, foi fundada, segundo a tradição, pelo apóstolo São Tomé, na Babilônia, e por seus discípulos Addai e Mari, que evangelizaram as comunidades judaicas que existiam no império Persa desde os tempos bíblicos do exílio.
Dentro desta tradição se encontra a igreja caldeia, majoritária no Iraque, e a Igreja siro-malabar, fruto de uma florescente expansão dos nestorianos até a Índia e a China, nos séculos VII e VIII.
A tradição caldeia ou siro-oriental procede da Igreja síria pré-calcedoniana, uma das que primeiro separou-se da comunhão com Roma (no ano 410, durante o Concílio de Éfeso), por seguir as doutrinas do monge Nestório.
O nestorianismo é uma heresia cristológica, que consiste basicamente em afirmar que em Cristo não há duas naturezas numa única pessoa, mas duas pessoas, uma divina e uma humana. Por isso, os nestorianos negam à Virgem Maria o título de Theotokos, Mãe de Deus.
Além disso, os especialistas falam também de questões políticas e sociais que teriam influído nesta separação, entre elas, a hostilidade dos persas com os bizantinos.
A Igreja siro-oriental ou caldeia viveu posteriormente vários séculos de esplendor, entre outras coisas, graças à escola teológica de Nisibe, de onde procede São Efrém.
Séculos depois desta divisão, uma parte da Igreja nestoriana voltou à comunhão com Roma, em grande parte devido também a uma mudança na forma de sucessão de katholicos, o chefe da Igreja siro-oriental, que passou a ser hereditária, o que produziu forte ruptura interna.
O aproximamento foi nos tempos do Papa Eugênio IV (1445), com a bula Benedictus sit Deus, ainda que o restabelecimento da comunhão teve de esperar mais de um século, quando Júlio III, em 1553, consagrou bispo o abade João Sulaqa, dando-lhe o título de Patriarca dos caldeus.
Os caldeus, tanto ortodoxos como católicos, sofreram diversas perseguições nas mãos dos turcos e curdos no início do século XX, motivo pelo qual a população foi reduzida drasticamente.
Atualmente, esta Igreja sofre perseguição no Iraque, pelos fundamentalistas muçulmanos, que provocaram uma segunda diáspora.
Um dos momentos mais dramáticos vividos recentemente pela igreja caldeia católica foi o sequestro a assassinato de Dom Paulo Faraj Rahho, arcebispo de Mossul, dia 12 de março de 2008.
A principal característica do rito caldeu é sua antiguidade: trata-se, segundo o especialista Juan Nadal Cañellas, da liturgia mais arcaica da cristandade, com um "forte sabor hebraico", que é observado na forma da assembleia litúrgica, parecida à de uma sinagoga, ou na quase total ausência de imagens.
A liturgia é quase toda cantada. A língua litúrgica é o siríaco ou aramaico e o árabe e, no caso da igreja siro-malabar, o siríaco e o Malayalam.
Igreja caldeia
A Igreja caldeia conta atualmente com cerca de 340 mil membros, segundo as estatísticas mais recentes do Anuário Pontifício. Seu chefe é o Patriarca da Babilônia dos Caldeus, Cardeal Emmanuel Delly, que reside em Bagdá.
Conta com 3 arquieparquias metropolitanas e 5 arquieparquias, que se estenderam pelo território da antiga Mesopotâmia (atual Iraque e Irã).
Devido às duras condições nas quais vivem as minorias cristãs, uma parte importante dos fiéis caldeus reside nos Estados Unidos, vinculados às eparquias de San Diego e Detroit, e na Austrália (eparquia de Sydney).
Atualmente, a igreja caldeia está desenvolvendo um importante papel de mediação ecumênica entre a Igreja siro-oriental ortodoxa que permaneceu separada, e Roma, segundo explica Pier Giorgio Gianazza, um dos especialistas do sínodo que é realizado nestes dias no Vaticano.
De fato, o diálogo com os cristãos ortodoxos de tradição caldeia avançou muito nas últimas décadas. Os católicos caldeus recuperaram nos últimos anos muitas das fontes originais aramaicas relativas às disputadas cristológicas, revisando especialmente as obras de Nestório.
Segundo alguns especialistas, a questão cristológica que levou ao cisma teve mais a ver com problemas de entendimento entre duas culturas distantes conceitualmente, a grega e a síria, que com uma ruptura real com o depósito da fé.
Sobre esta base, em 11 de novembro de 1994, o Papa João Paulo II e o katholicos caldeu ortodoxo, Mar Dinkha, assinaram uma declaração cristológica e mariológica na qual afirmam que, ainda com termos teológicos distintos, a fé de ambas as Igrejas é a mesma.
Em 1996, os dois patriarcas caldeus, o ortodoxo Mar Dinkha e o católico Raphael Bidawid, assinaram um acordo de cooperação e, em 1997, ambas as igrejas levantaram suas excomunhões mútuas.
Igreja siro-malabar
Esta igreja de tradição caldeia conta com cerca de 3,4 milhões de fieis e se estende sobretudo no norte da Índia. Seu atual chefe é o arcebispo maior Varkey Vithayathil, e tem sede em Ernakulam, no estado de Kerala (Índia).
A origem desta igreja se remonta à época de grande esplendor cultural da tradição síria, entre os séculos VII e XIII, quando os caldeus evangelizaram praticamente toda a Ásia Central, até chegar à China.
São conhecidos também como "cristãos de São Tomé", nome dado pelos surpresos portugueses no século XV, ao chegar à Índia.
Sua união com Roma aconteceu em 1599, após o sínodo de Diamper (os especialistas suspeitam que foi em parte forçado pelos portugueses), após o qual começou um processo de "latinização" de sua liturgia e ritos, assim como de sua disciplina.
Em 1934, o Papa Pio XI ordenou que fosse iniciado um processo de reforma litúrgica que eliminasse as imposições latinas da liturgia. Em 1957, o Papa Pio XII aprovou o ritual siro-malabar. Em 1998, João Paulo II deu aos bispos siro-malabares autoridade para resolver conflitos litúrgicos.
(Por Inma Álvarez)

Igrejas orientais: a Igreja de tradição antioquena


Monofisismo, cruzadas e perseguições

(Por Inma Álvarez) 
ROMA, terça-feira, 12 de outubro de 2010 (ZENIT.org) - A segunda grande tradição oriental é conhecida como antioquena ou siro-ocidental, compartilhada também pelas Igrejas Católica e Ortodoxa. Dentro da Igreja Católica, são três as agrupações pertencentes a este rito: a Igreja siro-católica, a Igreja maronita e a Igreja siro-malancar.
Esta tradição venerável procede da Antioquia, cidade que tem um lugar muito importante na história do cristianismo, como narram os Atos dos Apóstolos. Foi fundada, segundo a tradição, pelo próprio São Pedro. Lá, os seguidores de Cristo receberam pela primeira vez o nome de "cristãos".
Antioquia, chamada "Rainha do Oriente", foi uma das sedes dos quatro patriarcados originais, junto com Jerusalém, Alexandria e Roma. Foi também um grande centro teológico, monástico, cultural e litúrgico na Igreja antiga.
A Igreja síria se separou da com o resto da Igreja, rejeitando o Concílio de Calcedônia (451) e adotando o monofisismo, heresia que afirma que em Cristo existe apenas uma natureza, a divina.
Posteriormente, no século VI, um bispo monofisita, Jacob Baradai, enviado secretamente pela imperatriz Teoodora, organizou e estruturou a Igreja síria ortodoxa, que desde então é conhecida também como Igreja jacobita ou siro-ocidental.
Os cristãos sírios que não abraçaram o monofisismo são os melquitas, de quem falaremos no capítulo sobre a Igreja bizantina, já que abandonaram o rito siríaco. Outros cristãos que conservaram o rito siríaco, mas permaneceram católicos, são os maronitas, de quem trataremos mais adiante.
Segundo explica o especialista Juan Nadal Cañellas, o monofisismo da Igreja síria foi mais uma questão política, para atender os persas frente ao império bizantino. No entanto, nunca desembocou em proclamações heterodoxas, senão que nunca houve um cisma real no conteúdo da fé.
De fato, afirma, não foi difícil chegar a uma declaração comum, em 1984, entre o patriarca ortodoxo sírio, Ignace Zakka Ivas, e João Paulo II, na qual ambos afirmam que os "mal-entendidos e os cismas que vieram depois do Concílio de Niceia (...) não tocam o conteúdo da fé".
Ao longo dos séculos, a Igreja síria sofreu muitas perseguições, nas mãos dos bizantinos, dos árabes, dos mongóis e, finalmente, do império otomano. Este - além da emigração - é o motivo pelo qual o número de fiéis sírios é muito pequeno.
A liturgia antioquena é muito antiga, ainda que tenha muita influência bizantina. Entre outras características, são proclamadas 6 leituras (3 do Antigo e 3 do Novo Testamento); o ósculo da paz é colocado antes da consagração; a liturgia eucarística está repleta de gestos simbólicos; o Batismo é por imersão.
Igreja Católica síria
Durante a época das cruzadas, os cristãos jacobitas mantiveram boas relações com os católicos romanos e, inclusive no Concílio de Florença (1442), apresentou-se uma volta à comunhão com Roma, mas sem êxito.
Em 1656, conseguiu-se criar a primeira hierarquia reconhecida por Roma, ao ser eleito como patriarca o jacobita convertido ao catolicismo, Abdul Ahijan. No entanto, a linha hierárquica unida a Roma se interrompeu em várias ocasiões.
Em 1782, o Santo Sínodo Ortodoxo Sírio elegeu o metropolitano Miguel Jarweh como patriarca, quem se declarou católico e teve de refugiar-se no Líbano, fugindo dos ortodoxos, que elegeram outro patriarca. Com Jarweh, explica o especialista do sínodo, Pier Giorgio Gianazza, restabeleceu-se até hoje a hierarquia siro-ocidental católica.
O patriarca de Antioquia dos Sírios atualmente é Ignace Youssef III Younan, e os fiéis são cerca de 120 mil. A sede está em Beirute e sua liturgia é praticamente igual, exceto pequenos detalhes, à dos sírios ortodoxos.
Igreja maronita
Em meio às disputas cristológicas da Calcedônia, no século V, houve um monge sírio com fama de santidade, Maron, que permaneceu unido a Roma. Seus seguidores, devido às perseguições dos monofisitas, tiveram de retirar-se às montanhas do Líbano.
Esta Igreja permaneceu oculta até a chegada dos cruzados no século XII, segundo explica Nadal Cañellas. A Igreja de Roma a reconheceu sem problemas e seus representantes já participaram do Concílio Lateranense IV.
Trata-se, portanto, da única Igreja oriental que permaneceu desde sempre fiel a Roma. Devido a isso, lamenta Nadal, seu rito está muito latinizado.
Conta com cerca de 3,5 milhões de fiéis, segundo os dados da última edição do Anuário Pontifício da Igreja.
Sua cabeça atual é Pedro Sfeir de Reyfoun, com o nome de patriarca de Antioquia dos maronitas, e tem sua sede de Bkerke (Líbano). Devido à emigração, têm importantes comunidades nos Estados Unidos, México, Brasil, Canadá, Austrália e Argentina.
Igreja siro-malancar católica
Como vimos anteriormente na Igreja caldeia, os siro-orientais evangelizaram, durante os séculos VII a XIII, grande parte da Ásia Central. Daquela evangelização surgiu a Igreja siro-malabar, que, séculos mais tarde, com a chegada dos portugueses, passou a depender de Roma.
No entanto, segundo explica Nadal, em 1665, aproveitando certo vazio de poder deixado pelos portugueses, e com o desejo de preservar seu próprio rito, o arquidiácono Tomás Parambil e muitos seguidores romperam com Roma e passaram a obedecer o patriarca ortodoxo siro-ocidental.
Criou-se assim a Igreja malancar ortodoxa. No entanto, em 1930, uma parte da Igreja siro-malancar ortodoxa voltou novamente a obedecer Roma.
Esta Igreja malancar católica é presidida pelo arquieparca maior de Trivandrum, chamado de maneira informal de Catolicós, Baselios Cleemis Thottunkal. A sede está em Trivandrum (ou Thiruvananthapuram), no estado indiano de Kerala. São cerca de 340 mil fiéis.


Igrejas orientais: a igreja de tradição armênia

O trágico destino de uma nação

                         

ROMA, quarta-feira, 13 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – A terceira tradição oriental é a armênia, vinculada à nação de mesmo nome. Um aspecto trágico cerca os cristãos armênios em toda sua história, especialmente após o genocídio perpetrado pelos turcos durante a Primeira Guerra Mundial.
A Armênia foi evangelizada, segundo a tradição, pelos apóstolos Bartolomeu e Judas Tadeu, ainda que o nascimento de uma Igreja propriamente armênia aconteceu no século III, com Gregório, o Iluminador.
Gregório evangelizou a Armênia, com a conversão de seu rei Tirídates, que proclamou, pela primeira vez na história, o cristianismo como religião oficial do Estado. A Armênia é, portanto, a primeira nação cristã da história.
Inicialmente, a Igreja armênia dependia de Casareia da Capadócia, mas se converteu em seguida em autônoma, em todos os níveis, incluindo o litúrgico e o disciplinar. 
Ao desaparecer muito rápido o Estado armênio independente, no final do século IV, o cristianismo converteu-se para os armênios em elemento unitivo de sua própria identidade.
Dominados pelos persas e depois pelos bizantinos, os armênios viram-se arrastados também pelas disputas cristológicas de Calcedônia, rechaçando este Concílio mais por razões políticas que realmente religiosas.
No século XI, o território armênio é conquistado pelos turcos. A população teve de emigrar massivamente para a Ásia Menor, onde fundou a Pequena Armênia. Ali entraram em contato com os cruzados, especialmente com os francos, mas apesar disso não houve volta à comunhão com Roma.
Os armênios ficaram portanto dentro do Império Otomano, onde adquiriram uma certa autonomia. No entanto, as lutas balcânicas dos séculos XVIII e XIX de alguns povos contra os turcos, alentadas pela Rússia e o Ocidente, e seu próprio desejo de independência, os converteram em suspeitos aos olhos dos turcos.
No final do século XIX, mas sobretudo no início do XX, o povo armênio foi objeto de um autêntico genocídio, com quase 1,5 milhão de mortos e centenas de milhares de deportados para o Líbano, os Estados Unidos e a América do Sul.
Igreja Católica Armênia
Ainda que desde a época das Cruzadas já existiam comunidades armênias católicas que mantinha laços com Roma, não foi algo mais estruturado até 1742, quando o Papa Bento XIV constituiu o Patriarcado de Cilícia dos armênios, cujos patriarcas usam desde então o nome de Pedro (Petros) junto com seu próprio nome.
Os armênios católicos são, atualmente, ao redor de 270.000. Também eles se viram afetados pelo genocídio: segundo o especialista Pier Giorgio Gianazza, morreram 7 bispo, 130 sacerdotes e cerca de 100.000 fiéis. Atualmente, estão presentes em todo Orienta Médio, na França, nos Estados Unidos e na Argentina, principalmente. O cabeça atual da Igreja católica armênia é o Patriarca Nerses Petros XIX Tarmouni, e tem sua sede em Beirute.
O rito se celebra em armênio. As igrejas armênias costumam ter muito poucos ícones, e têm uma cortina que divide o sacerdote e o altar do restante das pessoas durante partes da liturgia, em relação com o ritual sacerdotal judaico.
Celebram com pães ázimos e há elevação do Corpo de Cristo durante a consagração, coisa que não sucede com outros ritos orientais. Estes e outros elementos similares ao rito romano extraordinário são, segundo o especialista Juan Nadal Cañellas, de clara influência latina.
Segundo Gianazza, a Igreja católica armênia tem tido um papel importante no diálogo ecumênico entre os armênios ortodoxos e Roma. Desde a época de Paulo VI, firmaram-se várias declarações conjuntas com os respectivos Patriarcas. A última foi entre João Paulo II e Aram I, em 1997.
Em 1991, João Paulo II beatificou um bispo católico armênio, Inácio Maloyan, fuzilado junto com centenas de fiéis por se negar a se converter ao Islã durante o genocídio de 1915.
(Inma Álvarez)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentar