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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Setembro
Esta é uma maneira de carregar a Cruz.
Sua Beatitude nosso Patriarca Gregório III Laham visitou recentemente a sede internacional da Obra de caridade pastoral Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), em Königstein. Ele relata sobre seus encontros com pessoas que perderam tudo.
Quando o Patriarca Gregório III anda nas ruas de Damasco durante a noite, as pessoas perguntam: "Ele não tem medo?" Mas aos 81 anos de idade o chefe da Igreja Greco-Católica Melquita é incansável em suas visitas àqueles que perderam parentes próximos por causa da guerra e do terror. Ele vai para as casas das famílias, os conforta, reza com eles e tenta ajudá-los. Ao fazer isso, ele ouve inúmeras histórias de golpes trágicos do destino, mas também histórias de grande fé. Agora, o líder da Igreja compartilhou algumas dessas histórias com a Fundação Pontifícia AIS.
"Uma vez em Damasco, um pai e sua filha foram mortos no mesmo dia. Em sua memória, os fiéis fizeram uma imagem que me impressionou muito. na parte de baixo da imagem os dois são descritos como apareceram durante a sua vida terrena. Mas na parte superior da imagem, Jesus e muitos anjos são mostrados, e aqui os dois são descritos após a sua transfiguração no céu. A fé é tão forte que uma verdadeira transfiguração pode ser sentida, e as pessoas dizem: "Aqui na Terra nós estamos sofrendo e estamos às vezes em desespero, mas no Céu, seremos pessoas diferentes". Estar com o nosso povo na Síria é entrar em uma escola de fé", o Patriarca explica de forma comovente.
Ele tem sido muitas vezes uma testemunha dessa transfiguração interior. Uma vez ele teve que dar para uma mãe a notícia de que seu filho sequestrado tinha sido assassinado. Ele não sabia como levar esta notícia. Quando chegou na casa da família, todos eles rezaram a oração do Pai-Nosso juntos. Depois que falou as palavras: "Seja feita a vossa vontade", ele ficou em silêncio. A mãe compreendeu imediatamente o que tinha acontecido. Ela abraçou o Patriarca. "Eu fui capaz de levar para ela a notícia de uma forma espiritual, e para ela a minha presença significava a presença da Igreja, da fé. Sob essa luz, esse momento foi transformado. "Um homem que tinha perdido sua esposa, seus três filhos e seu pai, tudo em um dia, disse ao Patriarca: "Eu perdi tudo, eu estou só, mas Deus está comigo. Agora eu realmente estou vivendo o meu cristianismo!". Em situações como essa, os fiéis realmente experimentam a Igreja como sua família.
O Patriarca tem lembranças vívidas especialmente da grande procissão de Páscoa. Eram 250 escoteiros tocando música e mais e mais pessoas que saiam de suas casas para se juntarem à procissão; crianças vieram correndo para serem abençoadas pelo Patriarca, e até mesmo as mulheres muçulmanas com véu beijaram a cruz. Na rota de retorno, um míssil caiu em um telhado cerca de cinquenta metros dali. O pânico eclodiu. Alguns dos homens queriam tirar o Patriarca levando num carro, mas ele recusou. Ele ficou com as pessoas com seus trajes e seu cajado de pastor. Milagrosamente, o foguete causou quase nenhum dano. Gregório III explicou para seu rebanho por que é que essas coisas acontecem às vezes. Ele disse: "Quando nada acontece, muitas vezes nós confiamos em nossa própria força e não pensamos em Deus. Agora, se o foguete tivesse causado danos durante a procissão, as pessoas talvez tivessem culpado Deus por permitir que isso acontecesse, e, de qualquer modo, teriam criticado os sacerdotes, e o Patriarca por permitir que a procissão acontecesse. Mas, na verdade o perigo estava lá, e centenas de pessoas viram isso, mas Deus nos protegeu. Estamos nas mãos de Deus dia a dia. O perigo está lá, mas estamos protegidos. Há tantas histórias que eu poderia contar para vocês!"
Cheio de convicção, o Patriarca diz: "Nós experimentamos milagres dia após dia". Uma vez ele visitou uma família cuja parede da casa tinha sido muito danificado por um míssil. Mas a imagem de Nossa Senhora que estava pendurada na parede tinha permanecido intacta. "Expliquei para as pessoas: isso não é porque Maria seja egoísta e preservou sua própria imagem. Era para mostrar que a Mãe de Deus está conosco, também nestes tempos difíceis."
Apesar de todo o mal e sofrimento que foi causado ao povo na Síria, o Patriarca Gregório III não gosta de ouvir a palavra "inimigo". "Pode-se dizer que alguém é um assassino. Isso é um fato objetivo quando uma pessoa já matou outra pessoa. Ao fazer isso ele lhe causou feridas. Mas quando você fala de 'inimigos', você está expressando seus próprios sentimentos internos. É algo que está dentro de você mesmo, em vez de estar nele”. Ele vai ainda mais longe ao dizer: "O grupo Estado Islâmico e os bandidos são pessoas que precisam de nosso amor. Exorto-os a seguirem o caminho junto conosco!"
No entanto, precisamente os terríveis relatos do Iraque tem colocado as pessoas na Síria em um estado de medo e horror. Mais e mais pessoas estão fugindo para o exterior. "A guerra fez com que muitos fugissem. Cerca da metade da população está em fuga. Os acontecimentos no Iraque foram um choque que agravou esta situação. As pessoas estão com medo do terror avançar. Mas por outro lado há também muitos que permanecem aqui e reconstroem suas vidas. As igrejas estão cheias, há o trabalho com jovens, há procissões, cerimônias, as crianças estão indo para a escola." Para o próprio Patriarca, sair seria impensável: "Nós, pastores, permaneceremos com o nosso rebanho, para morrer por eles e com eles. Vamos ficar para que as pessoas possam ter a vida."
O Patriarca não desliga seu telefone, mesmo à noite. Aqueles que procuram ajuda podem encontrá-lo a qualquer hora. Quando algo acontece em algum lugar, ele recebe um telefonema pedindo-lhe para contactar as autoridades ou para dar outro tipo de assistência. Para alguns, em desespero e tristeza, basta procurar o conforto dele e lhe pedir uma oração. "Temos de continuar neste caminho. As pessoas têm confiança em nós. Devemos estar lá, e mostrar-nos dignos dessa confiança. Devemos manter o nosso serviço de amor e devoção. Mas a tragédia é maior do que nós. Graças a Deus, a AIS é uma grande ajuda para nós."
Tem esta família de refugiados...indo para a Hungria...que diz possuir uma Constituição católica...para a vergonha da Igreja
FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA E VIVIFICANTE Cruz.
Nossa Paróquia é detentora de um pequeno fragmento da verdadeira e preciosa Cruz, sua exposição, veneração e procissão  acontecerá na Divina Liturgia de sábado ás 19:00 horas e no domingo dia 13 ás 09:00 e 19:00 horas. 

 RELICÁRIO COM O PEQUENO FRAGMENTO DA VERDADEIRA E PRECIOSA CRUZ























































































 

























Neste mês tem lugar com grande destaque em nossa liturgia bizantina a Festa da Exaltação da Santa e Vivificante Cruz.  São muitos os hinos, cânticos e leituras que nos remetem ao teor da Sexta feira Santa fazendo nossos olhos e sentidos espirituais se voltarem para a Cruz de Jesus.

 “A cruz é a coroa da vitória. Trouxe luz para os cegos pela ignorância. Libertou os escravizados pelo pecado. De fato, redimiu toda a humanidade. Portanto, não tenha vergonha da cruz de Cristo, ao contrário, glorificai. Porque não foi meramente um homem que morreu por nós, mas o Filho de Deus, Deus feito homem. Na lei mosaica o sacrifício de um carneiro baniria o destruidor. Mas agora é o Cordeiro de Deus que assume o pecado do mundo. Com muito mais facilidade ele nos libertará de nossos pecados. Ele não foi forçado a dar sua vida. Ele estava desejoso de ser sacrificado. Ouçam suas próprias palavras. Eu tenho o poder de dar minha vida e toma-la outra vez (Jo 10,17-18). Sim, ele livremente desejou submeter-se à sua própria paixão. Ele alegrou-se com seu objetivo; na salvação do homem ele regozijou-se. Ele não se envergonhou na cruz, porque através dela ele estava salvando o mundo. Não, não era um homem de baixa categoria que sofria, mas Deus encarnado. Ele esticou suas mãos na cruz para que pudesse abraçar até o fim do mundo. Ele estendeu para frente mãos humanas, aquelas mãos espirituais que estabeleceram os céus, e elas foram presas com pregos. Sua masculinidade trazia os pecados dos homens e foi pregado no madeiro para que, uma vez morto, o pecado morresse com ele, e para que nós pudéssemos nos levantar outra vez corretamente. Certamente em tempos de tranquilidade a cruz deve lhe dar alegria. Mas mantenha a mesma fé em tempos de perseguição. De outra forma você se tornará um amigo de Jesus em tempos de paz e seu inimigo em tempos de guerra. Agora você recebeu o perdão de seus pecados e o generoso dom da graça de seu rei. Quando a guerra vier, mantenha-se corajosamente com ele. Jesus nunca pecou; entretanto, foi crucificado por você. Não é você quem dá presentes; você recebeu antes. Por sua vida ele foi crucificado no Gólgota. Agora você devolve o favor, você paga o débito que tem com ele”.São Cirilo de Jerusalém.



Kodaquion e Trisagion da Festa

Vós, ó Cristo Deus, que, voluntariamente, fostes erguido na Cruz,  tende compaixão do povo que traz o vosso Nome.  Alegrai, pelo vosso poder, a vossa santa Igreja  e concedei-lhe a vitória sobre o mal.  Que vossa aliança seja para nós  uma arma de paz e um troféu de vitória!

†Diante da vossa Cruz, ó Mestre, nos prostramos e glorificamos a vossa santa Ressurreição. (3 vezes)

Glória ao Pai...E glorificamos a vossa santa Ressurreição.

†Diante da vossa Cruz, ó Mestre, nos prostramos e glorificamos a vossa santa Ressurreição

 


A festa da "Exaltação Universal da preciosa e vivificadora Cruz" surgiu em Jerusalém. Nos conta em um discurso do monge Alexandre que a imperatriz Helena - mãe de Constantino, o Grande - assegurava ter tido uma visão celeste, na qual se ordenava ir a Jerusalém para descobrir os santos lugares durante tanto tempo ignorados (.. .). Ante a dúvida e as vacilações de não poucos, exorta todos a uma fervorosa oração. Logo vem a ser descoberto por aquele bispo o lugar da divina Paixão, onde se tinha colocado a estátua da deusa Vênus. Com a autoridade que lhe outorga seu cargo, a imperatriz mandou, então, destruir o templo da demônia. Feito isso, de imediato descobriu-se o sepulcro de Jesus Cristo, aparecendo, pouco depois, três cruzes. Após busca diligente, encontraram-se também os cravos.

A imperatriz quis saber imediatamente qual das três cruzes era a de Jesus Cristo. Achando-se ali gravemente enferma, quase à morte, uma nobre dama, aplicando-lhe as cruzes, pôde-se saber, no mesmo instante, qual era a Cruz desejada, uma vez que, com a aplicação da Cruz de Jesus Cristo, tocada pela graça divina, ergue-se do leito a enferma completamente curada e glorificando ao Senhor em altas vozes (...).O imperador pede ao então bispo, Macário, que apresse a edificação das respectivas basílicas, enviando-lhe um arquiteto e grande soma em dinheiro, com a ordem expressa de que os sagrados edifícios (no Gólgota, em Belém, e no Monte das Oliveiras) se decorassem com o maior esplendor, de sorte que não houvesse nada igual no mundo (22)No século V, o dia 13 de setembro é aniversário da dedicação das basílicas constantinianas. Segundo a peregrina Egéria, tinha-se determinado esse dia, alguns anos antes - talvez em 335 - por ser a data do descobrimento da Cruz .



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