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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Vocações para nossa Igreja
 Diariamente tenho recebido uma série de e-mails, cartas e telefonemas, alguns até com certa insistência descabida da parte de alguns candidatos ou “aventureiros” à vida Sacerdotal em nossa Igreja Greco Melquita Católica. Tem de fato alguns agravantes que aos olhos de certos interessados parecem que lhes escancararemos as portas sem as devidas reservas pelo simples fato da nossa Eparquia(arquidiocese) Greco Melquita Católica no Brasil se estender por todo o território nacional, termos um só bispo(arcebispo) e com um clero de apenas 10 padres.   Muitos acham que estamos desesperados e por isso aceitamos candidatos sem as devidas exigências necessárias para a formação e mesmo inserção no nosso pequeno clero mesmo já tendo sido ordenados. Alguns expõem enorme desconhecimento não só da própria vocação quanto a natureza da própria Igreja Católica e sobretudo da nossa Igreja Patriarcal Greco Melquita Católica e sua realidade no conjunto da catolicidade e apostolicidade. Somos “ortodoxos” no sentido da preservação do patrimônio litúrgico, patrístico e canônico, único e inalterável da única igreja de Jesus Cristo: UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA . Somos perfeitamente “católicos romanos” no que tange a nossa união indissolúvel com o Bispo de Roma; o Papa. A quem nosso Patriarca devota perfeita comunhão. Não estamos fazendo nenhum ecumenismo com Roma. Formamos uma só Igreja, um só corpo. Não somos nem mais e nem menos católicos que qualquer outro padre da Igreja Católica.

  O Rito Bizantino usado na nossa Igreja Greco Melquita Católica é um patrimônio de toda a Igreja. Sua beleza e profundidade litúrgica, patrística e poética, expõe a fé dos primeiros cristãos, das primeiras comunidades e Concílios Ecumênicos(universais). Pertencemos a uma dimensão muito exigente da Igreja Católica. Em outra ocasião numa postagem bem anterior chamei a atenção para uma maior compreensão do que seja nossa pequena mas exigente e rigorosa formação humana, espiritual e teológica exigida de quem quer que seja. Com isso usei a seguinte metáfora por estarmos inseridos no país do Carnaval extraída de um conhecido carnavalesco: é preciso que haja estreita relação entre “enredo e fantasia”. Explico: muitos vêem nossas liturgias com o brilho dos paramentos, visto que nossa Liturgia não tem tempo “comum” é sempre solenidade, envoltos em diáfanas nuvens de incenso grego ao som de belas melodias em árabe, grego e português diante de lindos ícones e daí vai...se apaixonam pela manhã e quando chega a tarde tal entusiasmo se evaporou com o calor das exigências e não se importam em dar conta do enredo; aprender, assimilar e viver nossa espiritualidade, nosso modo de viver, a realidade dos nossos fiéis melquitas, a índole da nossa Igreja que é “mais contemplativa como Maria e não ativa como Marta”. Sejam pessoas de grande espírito de oração e estudo. Muitos já foram ordenados em nossa Eparquia e não permaneceram, porque se adiantaram. Para ingressar na nossa Igreja Greco Melquita Católica é preciso ter dupla vocação: para o sacerdócio e para as coisas do Oriente. Sacerdotal e Oriental. Não basta gostar tem que viver e aprofundar a cada dia.  Nossa Igreja não é uma “fábrica” de padres. A nossa prioridade no momento é a vida monástica. Um monge não necessariamente tem que ser padre. Até nisso nossa Eparquia já revelou sua fragilidade com alguns “monges padres”(que confesso não saber o que é isso)  que foram ordenados sem o devido critério . Onde estão? Fazendo o que?  Por que não permaneceram? Todo aquele que se adianta não permanece na doutrina de Cristo...”II Jo 1,9
Arquimandrita João
Por fim a que se recordar que o Monaquismo muito forte na dimensão cristã oriental marcou a Teologia e a Espiritualidade das Igreja Orientais Católicas e Ortodoxas. Assim sendo não seria de estranhar que para os nossos vocacionados fosse pedido um gosto e uma atitude de vida monásticos como aqueles que transparecem na Regra do nosso pai São Bento: estabilidade na paróquia, vida de oração, contemplação, estudos, leituras...estudos de linguas como o árabe, grego, latim, francês...ou ao menos um conhecimento substancial, e apreço pela vida litúrgica bizantina, mesmos inseridos num contexto ocidental se esforçando para não perder a índole oriental. Com o corpo abaixo dos Trópicos e com o coração e a mente no Oriente.  Há sim uma realidade em nossa Igreja Católica Greco Melquita que nos une ao tempo dos Apóstolos, que é o clero casado. Homens casados que são ordenados diáconos e depois padres, conjuntamente com suas esposas e filhos assumem uma Paróquia; porém por força da tradição católica latina(Rito Romano) de feliz acordo entre nosso Patriarcado e a Santa Sé de Roma não são ordenados homens casados aqui no Brasil em virtude da exigência do celibato aos candidatos ao sacerdócio conforme o costume romano. A orientação do nosso Eparca(arcebispo) é que se forme uma comunidade monástica coesa e se a necessidade da nossa Igreja exigir que sejam ordenados para ocupar tal função sacerdotal e que tais sacerdotes sejam verdadeiros monges(como adepto da Regra de São Bento isso eu sei o que é) Esse manifesto é fruto textual de um diálogo com nosso Arcebispo, todas essas linha foram compartilhadas com ele, quem quiser refutá-las que faça bom uso do dito: “Que vá reclamar com o bispo!”. Para isso os candidatos interessados deverão ligar, escrever, visitar...como convém para: Rev. Arquimandrita Theodoro misereor72@hotmail.com Este ilustre irmão saberá dar a resposta mais adequada e o acolhimento necessário. Ele está a frente da magnífica comunidade: Filhos Misericordiosos da Cruz, que pode ser visitada pelo site do mesmo nome. 




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