19 DE MARÇO
SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ (RITO ROMANO) NO RITO BIZANTINO É NO DOMINGO IMEDIATO AO NATAL DO SENHOR
INÍCIO DO MINISTÉRIO PETRINO DO SANTO PADRE O PAPA FRANCISCO
Pouco antes da celebração,09:30 horário de Roma (05:30 hora de Brasília) o Santo Padre descerá à tumba de São Pedro, localizada embaixo do altar central (também chamado de Altar da Confissão), da Basílica Vaticana, acompanhado por 10 patriarcas e arcebispos das Igrejas Orientais Católicas, dentre os quais Sua Beatitude nosso Patriarca Greco Melquita Católico Gregório III . Ainda no local, os diáconos que servirão durante a celebração tomam o evangeliário, além do pálio e do anel de pescador que serão impostos no Sumo Pontífice.
Brasão do Sumo Pontífice Francisco
O Anel do Pescador e o Pálio que serão usados pelo Santo Padre
Com paramentos dourados o nosso Patriarca Gregório III
DIVINA LITURGIA PARA O INÍCIO DAS ATIVIDADES CATEQUÉTICAS
Arquimandrita João com as catequistas: Sônia,Norma e Helena
Quinto Domingo da Grande Quaresma
SANTA MARIA DO EGITO
Queimamos os pecados confessados
Neste quinto
Domingo da Grande Quaresma nosso calendário litúrgico bizantino nos apresenta
uma personagem muito peculiar como modelo de ascese e conversão: Santa Maria do
Egito. Uma prostituta de Alexandria nascida por volta do ano 345 e que passou
17 anos “fazendo morte”; pra não dizer conforme o costume: “fazendo vida”.
Porém, aquela chama divina que cada filho de Deus traz consigo não foi de toda
apagada. Sentia profundamente perturbada pela vida que levava. Ao ver partir um
navio para Jerusalém ele pensou que ao embarcar iria fazer a alegria dos
marinheiros; mal sabia ela que Jesus o grande timoneiro iria conduzi-la à
verdadeira alegria; aquela que é fruto do Espírito Santo.
Ao chegar a Terra
Santa ela quis entrar no fluxo da multidão na Basílica da Ressurreição para
beijar a preciosa relíquia do lenho da Cruz, ela se viu impedida por uma
misteriosa força que na a deixava entrar. Depois de muitas súplicas à Mãe de
Deus ela pode entrar. Tal episódio marcou sua conversão. Tão logo saiu dali foi
para deserto do Jordão se derretendo em lágrimas de arrependimento. Sua
biografia é obra do grande hieromonge Zózimo que uma vez por ano levava até ela
a Sagrada Comunhão. Em sua visita por volta do ano 421 a encontruo morta.
Igreja Bizantina, querendo sustentar
os fiéis a perseverar arena das virtudes, apresenta a figura de Maria do Egito,
para que eles possam continuar e terminar em paz Quaresma, contemplamos o amor
vivificante do Senhor e no dia da ressurreição, a ascensão através do dom do
Espírito Santo que brotou do seu lado trespassado. A figura de Maria do Egito é
a imagem da cura do coração da escuridão em que se encontra, graças ao encontro
com Jesus Bento XVI em sua mensagem para a Quaresma de 2011, escreve:
"Cristo quer abrir nossa visão interior, para que a nossa fé se torne cada
vez mais profunda e possamos reconhecer n'Ele o nosso único Salvador. "
TERCEIRO DOMINGO DA GRANDE
QUARESMA
Segundo a tradição
litúrgica bizantina o Terceiro Domingo da Grande Quaresma é dedicado a
veneração da Santa Cruz. Aqui convém lembrar que este não é o único momento de
tal dedicação; há aquela maior quando em 14 de setembro celebramos com toda a
Igreja a Festa da Exaltação da Santa e Vivificante Cruz.
Há também outras
recordações litúrgicas da Santa Cruz como em 01 de maio, quando da sua aparição
misteriosa sobre Jerusalém em 351, também em 01 de agosto quando a relíquia da
Santa Cruz foi levada pelas ruas de Constantinopla para suplicar pela saúde da
população. Por fim, em todas as quartas feiras durante todo o ano recordamos a
Santa Cruz. Porém o que torna este 3° domingo da Quaresma diferente? Estamos
exatamente no meio de tal tempo litúrgico.
No meio deste tempo que se apresenta
como deserto espiritual somos convidados a olhar para Cruz com aquela mesma
esperança e fé com que os filhos de Israel olharam para serpente de bronze
levantada por Moisés, da qual Jesus irá recordar como alusão a sua morte pela cruz.
Fazendo assim daquele vergonhoso instrumento de tortura e de morte meio de
vitória e vida, sinal de fé para os cristãos.
Aquela mesma madeira da cruz
aparece como chave da porta da ressurreição. Na cruz Jesus foi colocado sobre
ela, na ressurreição é ela que esta sob Ele. O tempo da Quaresma é um tempo
propício para nos crucificarmos com Cristo, permitindo morrer o antigo Adão e
antiga Eva que resiste em cada um de nós quando desprezamos os Divinos
Mandamentos. O nosso sacrifício é nossa união com Cristo na sua obra fazedora
do sagrado; onde por Ele, com Ele e nele tudo ressuscita para uma vida nova.
Neste dia proclamamos na Divina Liturgia:
Pela vossa Cruz, destruístes a morte,
abristes as portas do paraíso ao ladrão,
convertestes em alegria o pranto das Miróforas
e lhes dissestes que aos apóstolos anunciassem
que ressuscitastes dos mortos, ó Cristo Deus, revelando ao mundo vossa grande misericórdia.
Já o Kondáquion deste dia exprime a natureza da Cruz:
Doravante, a espada de fogo não guardará mais a porta do Éden, porque o madeiro da Cruz apagou-a de modo maravilhoso;
a morte foi vencida e a vitória dos infernos anulada.
E Vós, ó meu Salvador, vos dirigistes aos que nele estavam,
dizendo: "entrai de novo no paraíso!"
No final da Divina Liturgia o padre faz uma procissão
com a cruz e com os fiéis proclamam:
Vinde fiéis! Adoremos o madeiro que dá a vida, no qual, Cristo, o
Rei da glória, estendeu voluntariamente seus braços, restaurando em nós a
felicidade primitiva; que nós dominados pelo mal e pelas paixões estávamos
afastados de Deus. Vinde, povos da terra, honremos com hinos a Cruz do Senhor,
cantando: Salve ó Cruz, libertação de Adão decaído, porque em vós toda a Igreja
se alegra! Nós, fiéis, a venerar-vos com respeito e devoção, glorificamos o
Deus que em vós foi fixado, dizendo: Senhor que fostes crucificado, tende
piedade de nós, porque Vós sois bom e amigo de toda a humanidade! Glória ao
Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Em seguida o padre conclui
dizendo:
Cumprida, Senhor foi a palavra de vosso
profeta Moisés:
«Vereis vossa Vida suspensa a vossos olhos».
Hoje, a Cruz é exaltada e o mundo se liberta do erro.
Hoje, renova-se a ressurreição de Cristo;
regozijam-se os confins da terra,
e, com hinos e salmos, como outrora Davi, exclamam:
«Realizastes hoje, a salvação do mundo,
passando pela Cruz e a Ressurreição,
pelas quais nos libertastes, Senhor Nosso Deus!»
Ó Vós, que amas a humanidade, glória a Vós!
2° DOMINGO DA GRANDE QUARESMA
Veneração das Santas Relíquias
Neste Segundo Domingo da Grande Quaresma a
Liturgia Bizantina nos põe diante das santas relíquias. Tal costume remete-nos
aos primórdios da Igreja, quando os restos dos corpos dos mártires e objetos
que lhes pertenciam eram venerados com respeito e devoção pelos cristãos da
Igreja perseguida, pois, não negando a fé no Ressuscitado, derramaram seu
sangue por Ele, O testemunhavam com sua vida.
Após o Edito de Milão, quando a
Igreja deixou de ser perseguida, essas relíquias dos primeiros santos mártires
eram colocadas em altares para veneração. Tempos depois as relíquias eram
incrustadas no Altar principal, onde se celebrava a Sagrada Liturgia.
O Altar é
o símbolo do Cristo, Pedra Vida e Pedra Fundamental da Igreja. Da mesma forma
que as relíquias estavam unidas ao Altar, o mártir estava unido ao Corpo
Místico de Cristo de modo inseparável, pelo martírio e pela santidade de vida.
Na cerimônia Litúrgica de Consagração de uma nova Igreja ou de um novo Altar,
as relíquias de um santo são colocadas naquela Igreja para veneração dos fiéis,
lembrando também o primitivo costume da celebração eucarística nas catacumbas,
na época da Igreja perseguida.
No Domingo passado, o Primeiro da Quaresma,
venerarmos os santos Ícones. A Igreja do Oriente dá às santas relíquias, a
mesma dignidade, honra, devoção e respeito. Os santos ícones unidos às santas
relíquias são venerados pela Igreja, pois são vistos pelos cristãos como
testemunhas vivas da sua fé.
1° DOMINGO DA GRANDE
QUARESMA
FESTA DA ORTODOXIA
Benção dos santos ICONES
No Primeiro Domingo da Grande Quaresma o Rito Bizantino recorda a “vitória
da ortodoxia”, a vitória da verdadeira palavra, definição da doutrina a cerca
da confecção e veneração dos santos ícones (imagens). A chamada “heresia iconoclasta” perturbou a
Igreja apenas na sua porção oriental. Desde o reinado do imperador Leão, o
Isaurio (717-741) até Teófilo que reinou de 829 a 842. A confusão como sempre, põe os cristãos como
bodes expiatórios da História, para dizer que Judeus e Muçulmanos são sempre os
bons, foram eles que iniciaram a tragédia. Acusados de idolatria, tendo como
pano de fundo a citação do Livro do Êxodo 20,4-5 e Deuteronômio 4,15-19. Texto
ainda hoje explorado exaustivamente pelos nossos incautos irmãos protestante
filhos do encapetado Martinho Lutero; para dizer que nós Católicos adoramos
imagens. Até onde conheço a Sagrada Tradição e as Escrituras existe uma
diferença astronômica entre adorar e venerar. Vejamos o que diz o Catecismo da
Igreja:
§1159
AS SANTAS IMAGENS A imagem sacra, o ícone litúrgico,
representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e
incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova
"economia" das imagens:
Antigamente
Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser
representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os
homens posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (...) Com o rosto
descoberto, contemplamos a glória do Senhor.
§1160 A
iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada
Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente:
Para proferir
sucintamente nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja,
escritas ou não-escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma
delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da
história evangélica, crendo que, de verdade e não na aparência, o Verbo de Deus
se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam
mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco.
§1161 Todos os
sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens
sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado
neles. Manifestam "a nuvem de testemunhas" (Hb 12,1) que continuam a
participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na
celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem
criado "à imagem de Deus" e transfigurado "à sua semelhança",
assim como os anjos, também recapitulados em Cristo:
Na trilha da
doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja
católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela,
definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem
como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de
mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas
igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em
quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e
Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe
de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.
§1162 "A
beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus
olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a
Deus." A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra
de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da
celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se
exprima em seguida na vida nova dos fiéis.
§2132
O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe
os ídolos. De fato, "a hora prestada a uma imagem se dirige ao modelo
Original, e "quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada.
A honra prestada às santas imagens é uma "veneração respeitosa", e
não uma adoração, que só compete a Deus:
Oculto
da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em
seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o
movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para
a realidade da qual é imagem.
Essa dolorosa pendenga que durou cerca de 120 anos pode ser dividida em
dois momentos. O primeiro começa em 726 quando Leão III começou seus ataques
aos ícones, e terminou em 780 quando a Imperatriz Irene entrou em cena e acabou
com esta fase. A posição dos defensores foi mantida pelo sétimo e último
Concílio Ecumênico (787), que se reuniu (como o primeiro) em Nicéia; onde foi
definida a humanidade e a divindade de Nosso Senhor. O Concílio proclamou que
os ícones podiam permanecer nas Igrejas e honrados com a mesma relativa
veneração como outros símbolos materiais, como "a cruz preciosa e
vivificante" e o Livro dos Evangelhos. Um novo ataque aos ícones, começou,
com Leão V, o Armênio, em 815, e continuou até 843 quando os ícones foram
novamente reintegrados, desta vez permanentemente por outra Imperatriz,
Teodora. A vitória final das Santas Imagens em 843 é conhecida como
"Triunfo da Ortodoxia”, e é celebrado no "Domingo da Ortodoxia,"
o primeiro domingo da Grande Quaresma. Sendo
a Grande Quaresma um tempo de restauração vamos nos entregar ao Divino
Escultor, todo nosso ser, para ser por sua graça restaurados, sendo nós “ícones
vivos do Deus vivo”. Quantos de nós trazemos, em nós mesmos uma imagem
desbotada, rachada, trincada, esfigurada pelo pecado... É tempo de renovação.
Esse é o propósito deste tempo “favorável para a nossa conversão.
Todas as quartas feiras estaremos celebrando a LITURGIA DOS DONS PRÉ SANTIFICADOS ÁS 19:00 HORAS.
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