É NATAL...
Jesus Cristo nasceu, rendei-Lhe glória! Cristo desceu dos
céus, correi para Ele! Cristo está sobre a terra, exaltai-O!
“Cantai ao Senhor, terra inteira.
Alegria no céu; terra, exulta de alegria!” (Sl 96,1.11).
Do céu, ele vem habitar no
meio dos homens; estremecei de temor e de alegria: de temor, por
causa do pecado; de alegria, por causa da nossa esperança.
Hoje, as sombras se
dissipam
e a luz se eleva sobre o mundo;
como outrora no Egito envolto em trevas, hoje uma coluna de fogo ilumina
Israel.
O povo, que estava sentado
nas trevas da ignorância, contempla hoje essa imensa luz do verdadeiro
conhecimento
porque “o mundo antigo desapareceu,
todas as coisas são novas” (2 Co 5,17).A letra recua, o espírito triunfa (Rm
7,6);a prefiguração passa, a verdade aparece (Col 2,17).
Aquele que nos deu a
existência
quer também inundar-nos de felicidade; essa felicidade que o pecado nos
havia feito perder, a incarnação do Filho nos devolve…
Tal é esta
solenidade: saudamos hoje a vinda de Deus ao meio dos homens
para que possamos, não chegar
mas regressar para junto de Deus;
a fim de que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do Homem novo
(Col 3,9),
a fim de que, mortos em Adão,
vivamos em Cristo (1 Co 15,22)…
Celebremos pois este dia, cheios de uma alegria divina, não
mundana, mas uma verdadeira alegria celeste.
Que festa, este mistério de
Cristo!
Ele é a minha plenitude, o meu novo nascimento.
São Gregório Nazianzeno (330-390)
Antes do nascimento de Jesus Cristo
havia uma expectativa geral pelo
Salvador. Os judeus aguardavam Sua chegada, baseados nas profecias; os
pagãos estando em desgraça pela descrença e depravação geral do caráter, também
aguardavam com impaciência pelo Libertador. Todas as profecias referentes aos
tempos da encarnação do Filho de Deus foram cumpridas. O Patriarca Jacó
profetizou, que o Salvador virá quando o cetro se apartar de Judá (Gen. 49:10).
O profeta Daniel profetizou, que o Reino do Messias chegará nas setenta semanas
(490 anos) após a declaração do decreto sobre a restauração de Jerusalém, no
período do poderoso reino pagão, o qual será tão forte quanto o ferro (Dan.
9:24-27).
E de fato, ao final das
setenta semanas de Daniel, a Judéia ficou sob o domínio do potente império
Romano e o cetro passou de Judá para Herodes, pela origem. Veio o tempo de
Cristo chegar. As pessoas, tendo se afastado de Deus, começaram a divinizar os
bens terrestres, as riquezas e glórias do mundo. O Filho de Deus rejeitou esses
ídolos insignificantes assim como o fruto do pecado e impetuosidades humanas e
achou por bem vir ao mundo nas mais modestas condições.
Os acontecimentos da
Natividade são descritos por dois evangelistas – o apóstolo Mateus (dos 12) e Lucas (dos 70 discípulos). Visto
que o evangelista Mateus escreveu seu Evangelho para os hebreus, ele colocou
para si o objetivo de provar,
que o Messias descende dos antepassados de Abraão e do rei Davi, conforme foi
profetizado pelos profetas. Por isso o evangelista Mateus inicia sua narrativa
sobre a Natividade de Cristo com a genealogia (Mat. 1:1-17).
Sabendo que Jesus não era
filho de José, o evangelista não diz que José gerou, mas sim, que Jacó gerou
José, o marido de Maria de Quem nasceu Jesus, chamado de Cristo. Mas por que
então ele cita a genealogia de José, e não a de Maria? Acontece que os hebreus
não tinham o costuma de conduzir a genealogia pela linha feminina. A lei deles
ordenava que o homem tomasse infalivelmente uma esposa da mesma descendência a
que ele pertencesse. Por esta razão o evangelista não se desviando do costume,
cita a genealogia de José, mostrando que Maria – é a esposa de José, e,
conseqüentemente também nascido Dela descendem da mesma clã de Judá e
ancestrais de Davi.
Tendo sido informada pelo Arcanjo Gabriel
de que Ela foi escolhida para ser a Mãe do Messias, a Virgem Santíssima que se
casara recentemente com José, partiu ao encontro de Elizabeth. Já se passavam
quase três meses da boa nova do
Anjo. José que não havia sido iniciado neste mistério, notou Seu estado; Sua
aparência externa podia ser pretexto para o pensamento da infidelidade Dela;
ele poderia acusá-La publicamente e submetê-La a uma severa punição, instituída
pela lei de Moisés, mas por sua bondade, não quis tomar medidas tão drásticas.
Após longos vacilos, ele decidiu deixar sua esposa ir embora secretamente, não
fazendo nenhum alarde, entregando-Lhe uma carta de separação.
Porém um Anjo apareceu-lhe
em sonho e anunciou que a noiva que o esposou iria ter um filho por obra do
Espírito Santo, e que ao Filho que Ela daria a luz seria dado o nome de Jesus
(Ieshua), ou seja, Salvador, pois, Ele irá salvar Seu povo dos seus pecados.
Por isso "não temas tomar Maria por tua esposa!" – José reconheceu este sonho
como inspiração do alto, obedeceu e aceitou Maria por esposa, porém "não A
conheceu," ou seja, viveu com Ela não como marido e mulher, e sim como
irmão e irmã, ou antes, julgando a enorme diferença de idade, como pai e filha.
Narrando a esse respeito, o evangelista acrescentou por si mesmo: "por
isto, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um
Filho, e O chamará Emanuel" (Isa. 7:14). O nome
"Emanuel" significa "Deus conosco." Aqui Isaías não está
chamando Aquele que nasceu da Virgem de Emanuel: ele diz que Ele será chamado assim pelas pessoas. Este
não é propriamente o nome Do Nascido da Virgem, mas apenas a indicação
profética para o fato de que, na face Dele estará Deus.
O Santo evangelista Lucas
anota que o tempo da Natividade de Cristo coincidiu com o censo dos habitantes
do império Romano, o qual foi realizado conforme o comando de César Augusto,
isto é, o imperador romano Otaviano, que recebeu do senado o título de Augusto
– "sagrado." O edital sobre o censo foi publicado no ano 746 da
fundação de Roma, mas na Judéia o censo começou aproximadamente em 750, nos
últimos anos do reinado de Herodes, chamado o grande.
Os hebreus avaliavam sua
genealogia de acordo com a descendência e origem. Esse costume era tão forte,
que tendo tido conhecimento das ordens de Augusto, eles foram se inscrever cada
um na cidade de sua origem.
José e a Virgem Maria descendiam, como é sabido, da geração de Davi. Por isso
eles tiveram que partir para Belém, chamada cidade de Davi, pois foi ali que
ele nasceu.
Assim, pela Providência de
Deus, cumpriu-se a antiga profecia do profeta Miquéias, de que Cristo nasceria
precisamente em Belém: "Mas tu Belém – Efrata, tão pequena entre
os clãs de Judá, é de ti que sairá para Mim Aquele que é chamado a governar
Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo
passado" (Miquéias 5:1; Mat. 2:6).
Pelas leis romanas, as
mulheres em igualdade com os homens eram sujeitadas ao censo universal. Por
esta razão José não foi sozinho a Belém para se inscrever; ele foi junto com a
Virgem Maria. A jornada inesperada à sua Belém nativa, e além disso, a proximidade
do nascimento da Criança, deveriam convencer José de que o decreto de César era
uma arma nas mãos da Providência, direcionando para que o Filho de Maria
nascesse precisamente ali, onde deveria nascer o Messias Salvador.
Depois da exaustiva jornada,
o ancião José e a Virgem Maria chegaram a Belém. Não havia lugar na hospedaria
para a futura Mãe do Salvador do mundo, e Ela então, juntamente com Seu
companheiro, foi obrigada a se instalar em uma caverna para onde os pastores
conduziam o gado quando o tempo estava ruim. Aqui, durante uma noite de
inverno, na mais miserável condição, nasceu o Salvador do mundo – Cristo.
Tendo dado à luz ao Filho, a
Virgem Santíssima sozinha O enfaixou e colocou na manjedoura. Com estas curtas
palavras o evangelista informa que a mãe de Deus deu à luz sem dor. A expressão
do evangelista "deu à luz ao Seu Filho primogênito" dá
motivos para os incrédulos dizerem que além de Jesus Primogênito, a Virgem
Santíssima teve outros filhos, pois inclusive os evangelistas mencionam
"os irmãos" de Cristo (Simão, Josias, Judas e Jacó). Mas é preciso
lembrar de que pela lei de Moisés (13:2) toda criança do sexo masculino era
chamada de "aquele que descerra as entranhas," ou seja, era chamado
de primogênito mesmo sendo o último. Assim sendo, os "irmãos" de
Jesus mencionados no Evangelho não eram Seus irmãos verdadeiros e sim apenas
parentes, pois, eram os filhos de José e de sua primeira esposa Salomé, e
também as crianças de Maria esposa de Cleophas, a qual o Evangelista João denomina
de "irmã de Sua Mãe." Em todo caso, todos eles eram muito mais velhos
do que Cristo e sendo assim, jamais poderiam se filhos da Virgem Maria.
Jesus Cristo nasceu de
noite, quando todos, em Jerusalém e imediações, dormiam profundamente. Apenas
os pastores não dormiam, pois, cuidavam do rebanho que lhes era confiado. A
essas pessoas modestas, trabalhadoras e sobrecarregadas, um Anjo apareceu com a
feliz notícia do nascimento do Salvador do mundo. A luz resplandecente que
rodeava o Anjo em plena escuridão noturna, assustou os pastores. Mas o Anjo
imediatamente os tranqüilizou dizendo: "não tenham medo! Eu lhes
anuncio uma imensa alegria, a qual será para todas as pessoas: pois nasceu o
Salvador na cidade de Davi, o Qual é o Cristo Senhor." Com estas palavras o Anjo
fez entender o verdadeiro desígnio do Messias Que veio não somente para os
hebreus, mas para todas as pessoas, pois "a alegria será para todos"
aqueles que O aceitarem como Salvador.
O Anjo explicou aos pastores
que eles encontrariam o Cristo Senhor nascido enrolado em faixas, deitado em
uma manjedoura. Mas por que o Anjo não anunciou o nascimento de Cristo aos
hebreus anciãos, aos escriturários e fariseus, e não os chamou também para
venerarem a Criança Divina? Foi porque esses "líderes cegos dos cegos
"deixaram de entender o verdadeiro significado das profecias sobre o
Messias e devido ao seu orgulho, imaginavam que o Libertador prometido iria
surgir em pleno esplendor de um majestoso rei-conquistador e subjugar o mundo
inteiro. Um modesto pregador da paz e do amor aos seus inimigos lhes era
inadmissível.
Os pastores não duvidaram de
que o Anjo lhes fora enviado por Deus, e por esta razão foram dignos de ouvirem
o triunfante hino celestial: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra, e
boa vontade entre os homens!" Os Anjos glorificam a Deus, que enviou o
Salvador para o mundo, pois a partir daí, a paz da consciência foi restaurada e
foi eliminada a inimizade entre o Céu e a terra, que surgiu em consequência do
pecado.
Os Anjos se afastaram, e os
pastores apressadamente partiram para Belém, encontraram a Criança deitada numa
manjedoura, e foram os primeiros a venerá-La. Eles contaram a Maria e a José
sobre o acontecimento que os trouxe ao berço de Cristo; contaram o mesmo também
a outras pessoas, e todos que ouviam sua história ficavam admirados. "Maria conservava todas estas palavras,
meditando-as no Seu coração," isto é, Ela guardou na memória tudo
aquilo que ouviu. Quando o Evangelista Lucas descreveu a Anunciação do Arcanjo
Gabriel, o nascimento de Cristo e outros acontecimentos, (Luc., cap.2),
evidentemente escrevia baseado nas palavras Dela.
No oitavo dia a Criança foi
circuncidada, conforme era prescrito pela Lei de Moisés. Provavelmente logo
após o Nascimento, a Sagrada Família mudou-se da gruta para uma casa, pois para
a maioria dos que chegavam a Belém, após a inscrição não havia necessidade de
permanecerem ali.
Folheto Missionário número P31
Copyright
© 2001Holy Trinity Orthodox Mission
466
Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Editor:
Bishop Alexander (Mileant)
Nossos agradecimentos
Traduzido por Olga Dandolo
É NATAL...
Jesus Cristo nasceu, rendei-Lhe glória! Cristo desceu dos
céus, correi para Ele! Cristo está sobre a terra, exaltai-O!
“Cantai ao Senhor, terra inteira.
Alegria no céu; terra, exulta de alegria!” (Sl 96,1.11).
Alegria no céu; terra, exulta de alegria!” (Sl 96,1.11).
Do céu, ele vem habitar no
meio dos homens; estremecei de temor e de alegria: de temor, por
causa do pecado; de alegria, por causa da nossa esperança.
Hoje, as sombras se
dissipam
e a luz se eleva sobre o mundo;
como outrora no Egito envolto em trevas, hoje uma coluna de fogo ilumina Israel.
e a luz se eleva sobre o mundo;
como outrora no Egito envolto em trevas, hoje uma coluna de fogo ilumina Israel.
O povo, que estava sentado
nas trevas da ignorância, contempla hoje essa imensa luz do verdadeiro
conhecimento
porque “o mundo antigo desapareceu,
todas as coisas são novas” (2 Co 5,17).A letra recua, o espírito triunfa (Rm 7,6);a prefiguração passa, a verdade aparece (Col 2,17).
porque “o mundo antigo desapareceu,
todas as coisas são novas” (2 Co 5,17).A letra recua, o espírito triunfa (Rm 7,6);a prefiguração passa, a verdade aparece (Col 2,17).
Aquele que nos deu a
existência
quer também inundar-nos de felicidade; essa felicidade que o pecado nos havia feito perder, a incarnação do Filho nos devolve…
quer também inundar-nos de felicidade; essa felicidade que o pecado nos havia feito perder, a incarnação do Filho nos devolve…
Tal é esta
solenidade: saudamos hoje a vinda de Deus ao meio dos homens
para que possamos, não chegar
mas regressar para junto de Deus;
a fim de que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do Homem novo (Col 3,9),
a fim de que, mortos em Adão,
vivamos em Cristo (1 Co 15,22)…
para que possamos, não chegar
mas regressar para junto de Deus;
a fim de que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do Homem novo (Col 3,9),
a fim de que, mortos em Adão,
vivamos em Cristo (1 Co 15,22)…
Celebremos pois este dia, cheios de uma alegria divina, não
mundana, mas uma verdadeira alegria celeste.
Que festa, este mistério de
Cristo!
Ele é a minha plenitude, o meu novo nascimento.
Ele é a minha plenitude, o meu novo nascimento.
São Gregório Nazianzeno (330-390)
Vendo o Advento se aproximar... Eis o Ofício próprio para os Orientais Católicos e Ortodoxos recitarem neste tempo de Jejum e Oração.
AKATHISTÓS
TROPÁRIO
A ti,
Maria, como ao general invencível,
meus
cantos de vitória!
A ti, que
me livraste de meus males,
ofereço
meus cantos de reconhecimento!
Pois que
tens uma força invencível,
livra-me
de toda espécie de perigos,
a fim de
que te aclame:
Ave,
Virgem e Esposa.
I Estação:
«O Anúncio do Anjo Gabriel»
O mais
sublime dos anjos
foi
enviado dos céus
para dizer
«Ave» à Mãe de Deus.
Vendo-te,
Senhor, feito homem
à sua
angélica saudação,
deteve-se
extasiado diante da Virgem,
aclamando-a
assim:
Ave, por
ti resplandece a alegria!
Ave, por
ti a maldição toda cessa!
Ave,
reergues o Adão decaído!
Ave, tu
estancas as lágrimas de Eva!
Ave,
mistério que excede o intelecto humano!
Ave,
insondável abismo aos olhares dos anjos!
Ave,
porque és o trono do Rei soberano!
Ave,
porque tu governas quem tudo governa!
Ave, ó
estrela que o sol anuncias!
Ave, em
teu seio é que Deus se fez carne!
Ave, por
quem a criação se renova!
Ave, o
Criador fez-se em ti criancinha!
Ave,
Virgem e Esposa!
ANTÍFONA I
Sabendo
Maria de ser a Deus consagrada,
assim a
Gabriel dizia:
«A tua
mensagem é misteriosa aos meus ouvidos
e
incompreensível ressoa à minha alma.
De uma Virgem
um parto tu anuncias», exclamando:
Aleluia!
(3 vezes)
«Maria e o
Anúncio do Anjo»
Desejava a
Virgem entender o mistério,
e ao
divino mensageiro pergunta:
«Poderá
uma virgem dar à luz um menino?
–
Dize-me!». Com reverência,
o Anjo
respondia, cantando assim:
Ave,
mistério, vontade inefável!
Ave, ó fé
maturada em silêncio!
Ave,
prelúdio dos faustos de Cristo!
Ave,
sumário do santo Evangelho!
Ave, ó
escada sublime por quem Deus nos veio!
Ave, ó
ponte que os hímens ao céu encaminha!
Ave, dos
Anjos tu és maravilha gloriosa!
Ave, do
inferno derrota total contundente!
Ave, que a
Luz por mistério geraste!
Ave, que o
«modo» a ninguém ensinaste!
Ave,
transcendes a ciência dos sábios!
Ave,
iluminas a todos os crentes!
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
II:
A virtude
do Altíssimo
a cobriu
com sua sombra
e tornou
Mãe a Virgem sem núpcias:
o seio por
Deus fecundado
tornou-se
campo abundante
para todos
aqueles que buscam a salvação
e assim
aclamam:
Aleluia!
(3 vezes)
«Visita de
Maria a sua prima Santa Isabel»
Tendo em
seu seio o Senhor,
solícita
Maria
visitava
sua prima Isabel.
O menino
no ventre materno,
ouvindo a
saudação, exultou,
e,
saltando de alegria,
à Mãe de
Deus aclamava:
Ave, ó
ramo de planta incorrupta!
Ave, do
fruto imortal, colheita!
Ave,
cultora do Mestre dos homens!
Ave, ó Mãe
de quem deu-nos a vida!
Ave, ó
campo veraz que produz muitos frutos!
Ave, ó
mesa bem farta de perdões abundantes!
Ave, tu
fazes florir as planícies celestes!
Ave, a nós
todos preparas um porto seguro!
Ave, ó
incenso das preces aceitas!
Ave,
purificação do universo!
Ave,
bondade de Deus pelos homens!
Ave, ante
Deus, dos mortais és audácia!
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
III
Com o
coração tumultuando
e cheio de
dúvidas,
o prudente
José se debatia.
Sabe que
és Virgem intacta
e suspeita
secretos esponsais.
Conhecendo-te
Mãe
pela ação
do Espírito Santo, exclama:
Aleluia!
(3 vezes)
II
Estação: «O Anúncio Alegre aos Pastores»
Os
pastores ouviram os coros dos anjos
que
cantavam ao Senhor feito homem.
Correndo,
vão ver o Pastor.
Contemplam
o Cordeiro inocente
alimentando-se
do seio materno
e à Virgem
entoam um canto:
Ave, ó mãe
do Pastor e Cordeiro,
Ave, és
aprisco da Mística Ovelha,
Ave,
preservas do oculto inimigo,
Ave, ó
chave das portas celestes.
Ave, por
ti congratula-se o céu com a terra,
Ave, por
ti, terra e céu, em uníssono cantam,
Ave, do
apóstolo, boca jamais silenciosa,
Ave,
invencível coragem dos mártires todos.
Ave, da fé
inabalável baluarte,
Ave, da
graça, fulgente estandarte,
Ave, por
ti foi o inferno espoliado,
Ave, nos
tens revestido de glória.
Ave,
Virgem e esposa!
ANTIFONA
IV
Observando
a estrela
que a Deus
os guiava,
os magos
seguiram seu fulgor.
Era
lâmpada segura em seu caminho,
que os
conduziu ao Rei poderoso.
Chegados
ao Deus inatingível,
o aclamam
felizes:
Aleluia!
(3 vezes)
«A
Adoração dos Magos»
Contemplaram
os magos, no colo materno,
Aquele que
plasmou o homem em suas mãos.
Compreenderam
ser ele o seu Senhor,
escondido
sob o aspecto de servo.
Solícitos,
oferecem-lhe seus dons
e à Mãe
aclamam:
Ave, que a
estrela perene geraste!
Ave, és
aurora do místico dia!
Ave, que a
forja do engano extinguistes!
Ave, o
mistério de Deus iluminas!
Ave, o
tirano inimigo dos homens destronas!
Ave, que o
Cristo, mostraste Senhor nosso amigo!
Ave,
resgatas do culto selvagem aos deuses!
Ave, teus
filhos libertas do ataque do mal!
Ave, que o
culto do fogo extinguistes!
Ave, que
aplacas o fogo dos vícios!
Ave, que
educas o crente a ser casto!
Ave,
alegria de todos os povos!
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA V
Mensageiros
de Deus
tornaram-se
os magos
de volta
para suas terras.
Cumpriu-se
o antigo oráculo
quando a
todos falavam de Cristo,
sem pensar
no estulto Herodes,
incapaz de
cantar:
Aleluia!
(3 vezes)
«Fuga para
o Egito»
Egito tu
iluminas
com o
resplendor da verdade,
afugentando
as trevas do erro.
À tua
passagem os ídolos caíam
não
podendo te suportar, Senhor.
E os
homens, libertados do engano,
à Virgem
aclamam:
Ave,
reergues o gênero humano!
Ave, ruína
total dos demônios!
Ave,
esmagaste a potência enganosa!
Ave, que o
logro dos ídolos mostras!
Ave, ó mar
que afogou o faraó demoníaco!
Ave,
rochedo a saciar os sedentos de vida!
Ave,
coluna de fogo a guiar os errantes!
Ave, és
abrigo do mundo, mais amplo que as nuvens!
Ave, o
maná verdadeiro nos deste!
Ave, nos
serves delícias sagradas!
Ave, ó
terra por Deus prometida!
Ave, ó
fonte do mel e do leite!
Ave,
Virgem e esposa!
Simeão, o
velho,
já no fim
dos seus dias,
estava
para deixar a sombra deste mundo.
A ele
foste apresentado como Menino,
mas,
vendo-te qual Deus poderoso,
admirou o
arcano desígnio e exclamava:
Aleluia!
(3 vezes)
III
Estação: «A Virgindade Fecunda de Maria»
Renovou o
Excelso
as leis
deste mundo
quando
veio habitar entre nós.
Germinado
no seio de uma Virgem,
conserva-o
intacto como sempre o fora.
Nós,
admirados por este prodígio,
à Virgem
santa cantamos:
Ave, ó
flor da total virgindade!
Ave,
protótipo da castidade!
Ave, da
ressurreição, claro emblema!
Ave, que a
vida dos Anjos revelas!
Ave,
frutífera planta, alimento do crentes!
Ave, ó
árvore umbrosa que abrigas a muitos!
Ave, teu
seio carrega o mentor dos errantes!
Ave, que à
luz deste o libertador dos cativos!
Ave, que o
justo Juiz nos abrandas!
Ave,
perdão do relapso e contrito!
Ave,
coragem dos desesperados!
Ave, és
amor que preenche os desejos!
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
VII
Contemplando
o parto milagroso,
e
afastados do mundo,
dirigimos
a mente para o céu.
O
Altíssimo apareceu entre nós
no humilde
aspecto humano de um pobre
e eleva ao
mais alto da glória
aqueles
que cantam:
Aleluia!
(3 vezes)
«A
Maternidade Divina de Maria para a nossa Salvação»
A Palavra
de Deus infinito
habitava
na terra
e enchia
os céus.
Sua
descida amorosa até o homem
não fez
mudar sua suprema morada.
Era o
divino parto da Virgem
que ele
ouvia cantar:
Ave,
morada do Deus infinito!
Ave, ó
porta do augusto mistério!
Ave,
mensagem que inquieta os descrentes!
Ave,
ufania e segurança dos crentes!
Ave,
veículo santo do Altíssimo Filho!
Ave,
mansão gloriosa do Verbo encarnado!
Ave, da
virgem e mãe as grandezas reúnes!
Ave, os
contrários a um fim tão igual consorcias!
Ave, o
pecado de Adão dissolveste!
Ave, por
ti foi o céu reaberto!
Ave, ó
chave do reino de Cristo!
Ave,
esperança dos bens sempiternos!
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
VIII
Toda a
multidão dos anjos,
admirada,
contempla
o mistério
de Deus encarnado.
Ao senhor
inacessível,
feito
homem, admira-o, acessível,
caminhar
pelas sendas humanas,
ouvindo
cantar:
Aleluia!
(3 vezes)
«O
Mistério do Parto Virginal de Maria»
Os
eloqüentes oradores,
como
peixes emudecem
diante de
ti, santa Mãe do Verbo.
Não
compreendem como foi possível
permanecer
Virgem depois de ser Mãe.
Nós, teus
devotos, o prodígio admiramos
e com fé
proclamamos:
Ave,
sacrário da ciência divina
Ave,
tesouro da fiel providência
Ave, os
sapientes afirmas ignaros
Ave, os
loquazes revelas vazios.
Ave,
convences de inane a astuciosa palavra
Ave, que
tornas sem nexo os criadores dos mitos
Ave, os
astutos sofismas dos gregos desfazes
Ave,
replenas as redes dos bons pescadores.
Ave, nos
livras da imensa ignorância
Ave,
iluminas inúmeras mentes
Ave, batel
dos que querem salvar-se
Ave, ó
porto dos nautas da vida.
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
IX
Para
salvar o mundo,
o Criador
de todas as coisas
quis vir a
ele.
Sendo
Deus, tornou-se nosso Pastor
e apareceu
entre nós como Cordeiro.
Sendo
homem, atrai a si os homens
e como
Deus ouve cantar:
Aleluia!
(3 vezes)
IV
Estação: «Maria: Modelo de Pureza e Santidade»
Ó Virgem,
Mãe de Cristo,
vindo
morar em teu seio,
o divino
Criador te fez
o baluarte
das virgens
e de
quantos a ti recorrem.
Ele nos
convida a cantar
em tua
honra, ó Ilibada:
Ave, pilar
da integral virgindade!
Ave, ó
porta de quem quer salvar-se!
Ave, ó
mestra das coisas sagradas!
Ave,
doadora da Graça Divina!
Ave, dá a
vida nova aos nascidos na culpa!
Ave,
instrutora das mentes que estavam dispersas!
Ave, tu
expulsas aqueles que a mente corrompe!
Ave, ó Mãe
de Jesus, semeador de almas castas.
Ave, ó
tálamo em núpcias virgíneas
Ave, que
os crentes com Deus concilias
Ave, ideal
pedagoga das virgens
Ave, que
os santos recobres de bênçãos.
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA X
É sempre
inferior o canto
que
presuma engrandecer
as tuas
inúmeras virtudes.
Tantos
como é a areia da praia
podem ser
os nossos hinos, ó Rei Santo,
porém,
nunca alcançariam as graças
que destes
a quem canta:
Aleluia!
(3 vezes
«Maria,
Mãe de Quem Nasce a Igreja»
Como tocha
luminosa
a iluminar
os que jazem nas trevas,
resplandece
a Virgem Maria.
Foi ela
que acendeu a Luz eterna.
Seu fulgor
ilumina as mentes
e é guia à
sabedoria divina,
inspirando
este canto:
Ave, do
místico sol o lampejo!
Ave, ó
astro da flama perene!
Ave, ó
clarão que iluminas as almas!
Ave,
trovão a assustar o inimigo.
Ave, tu
fazes luzir esplendor fulgurante!
Ave,
transbordas o rio com mil afluentes!
Ave,
figura das águas do santo batismo!
Ave, tu
lavas as manchas de nossos pecados.
Ave,
lavacro que iliba a consciência!
Ave, ó
taça que infunde alegria!
Ave, o
perfume de Cristo recendes!
Ave, ó
vida do sacro banquete.
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
XI
Querendo
nos perdoar o primeiro pecado,
Aquele que
paga as dívidas de todos
busca
asilo no meio dos seus trânsfugas,
exilando-se
livremente do céu.
Rasgando o
antigo rescrito,
ouve
cantar:
Aleluia!
(3 vezes)
«Maria,
Protetora e Auxílio de Todos os Cristãos»
Glorificando
o teu parto,
todo o
universo te louva
qual
tabernáculo vivente, ó Senhora.
Colocando
sua morada no teu seio
Aquele que
segura tudo em sua mão,
o Senhor,
te fez santa e gloriosa,
e nos
convida a te louvar:
Ave, ó
casa de Deus e do Verbo!
Ave, ó
santa mais santa que os santos!
Ave, no
espírito, arca dourada!
Ave,
infinito tesouro de vida.
Ave,
precioso diadema dos reis piedosos!
Ave,
louvor glorioso dos pios sacerdotes!
Ave, ó
torre inconcussa da Igreja de Cristo!
Ave, tu és
baluarte invencível do império.
Ave,
troféus por ti conquistados!
Ave, por
ti o inimigo é vencido!
Ave,
remédio do corpo doente!
Ave, tu és
a salvação de minha alma!
Ave,
Virgem e esposa!
ANTÍFONA
XII
Digna de
todo louvor,
Santa Mãe
do Verbo,
Santíssimo
entre todos os Santos,
recebe,
nesse canto, a nossa oferta.
Salva o
mundo de todo perigo;
de todos
os males e dos castigos futuros
1ivra-nos,
a nós que cantamos:
Aleluia!
(3 vezes)
E
repete-se novamente o tropário:
TROPÁRIO
A ti
Maria, como ao general invencível,
meus
cantos de vitória.
A ti, que
me livraste de meus males,
ofereço
meus cantos de reconhecimento.
Pois que
tens uma força invencível,
livra-me
de toda espécie de perigos,
a fim de
que te aclame:
Aleluia!
(3 vezes)
peregrinação da paróquia são jorge ao santuário nacional de aparecida-sp
DIAS 25 E 26 DE NOVEMBRO
INFORMAMOS OS NOSSOS LEITORES E SEGUIDORES QUE BREVEMENTE ESTAREMOS POSTANDO AS FOTOS DA DIVINA LITURGIA OCORRIDA DOMINGO DIA 26 NA BASÍLICA MENOR DE APARECIDA.
divina liturgia DOMINGO DIA 26, ás 12:00 horas na basílica (menor) NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA
PRESIDIDA PELO NOSSO BISPO EPARQUIAL
DOM JOSEPH GEBARA
A entrada da mãe de deus no Templo.
21 de novembro
Quando a Virgem Maria
completou 3 anos, os seus beneméritos pais prepararam-na para cumprir a
promessa fixada por eles: levaram-na a um templo em Jerusalém para que Ela
pudesse dedicar a Sua vida a Deus. A Virgem Maria ficou a residir junto ao
templo. Aí, Ela e outras companheiras estudavam as leis de Deus e executavam
trabalhos manuais, rezavam e liam as Escrituras Sagradas. Junto a este templo a
Virgem Maria viveu perto de 11 anos, cresceu, desenvolvendo em si uma profunda
compaixão, em tudo entregue à vontade de Deus, imensamente modesta e dedicada
em seus esforços. Desejando viver e dedicar-se exclusivamente a Deus, ela fez
um voto de não se casar e permanecer para sempre virgem.
Hoje é o prelúdio da benevolência de Deus
e a proclamação preliminar da salvação dos homens.
A Virgem apresenta-se com esplendor no Templo de Deus
e antecipadamente anuncia Cristo a todos.
A ela nós também clamamos em alta voz:
"Salve , ó realização da economia do Criador!"
e a proclamação preliminar da salvação dos homens.
A Virgem apresenta-se com esplendor no Templo de Deus
e antecipadamente anuncia Cristo a todos.
A ela nós também clamamos em alta voz:
"Salve , ó realização da economia do Criador!"
O templo puríssimo do Salvador, a
Virgem,
a preciosíssima câmara nupcial,
o sagrado tesouro da glória de Deus
é apresentada hoje à Casa do Senhor,
introduzindo com ela a graça do Espírito Divino.
Os anjos de Deus a louvam clamando:
"Esta é o tabernáculo celeste!"
a preciosíssima câmara nupcial,
o sagrado tesouro da glória de Deus
é apresentada hoje à Casa do Senhor,
introduzindo com ela a graça do Espírito Divino.
Os anjos de Deus a louvam clamando:
"Esta é o tabernáculo celeste!"
Monastério Ortodoxo Grego São Gerássimo
A 2 km do rio Jordão, no deserto de Deir Hajlah, encontramos o Mosteiro de São Gerásimo, do nome de quem o construiu no século IV depois de Cristo, um dos mais antigos mosteiros da Palestina. A comemoração do santo se realiza todos os anos no dia 4 de março. De acordo com fontes da Igreja, São Gerásimo morreu aqui em 479 depois de Cristo. Por um dia inteiro o arquimandrita João passou num retiro espiritual. Domingo dia 29 de outubro.
“É um dos muitos mosteiros no deserto de Judá. A vida monástica no deserto começou no terceiro século depois de Cristo, e se difundiu até o Sinai, isto é no deserto, porque muitas pessoas queriam adorar o Senhor, deixar a vida material e dedicar-se à vida espiritual. Esta é uma das celas ou claustros que foram construídas naquele tempo, para que os monges pudessem se reunir para a oração ou para as refeições. A importância do lugar reside no fato de que a cabeça deste mosteiro foi São Gerásimo”.
No interior do mosteiro, há uma pequena capela, construída no tempo dos apóstolos em uma gruta, que se acredita tenha abrigado a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus durante a sua viagem da Palestina para o Egito para escapar de Herodes. A capela está agora localizada sob a igreja principal do mosteiro. É composta por três naves, e foi construída para recordar os santos que viviam como eremitas no deserto do Mar Morto.
SAMI GHRAIEB
Guia turística
Guia turística
Num certo dia em que o santo se encontrava às margens do Jordão, aproximou-se dele, mancando dolorosamente, um leão. Gerásimo examinou sua pata ferida, extraiu dela um pontiagudo espinho, lavou e fechou a pata da fera. Desde então, o leão saiu mais de perto do santo, e era tão dócil como qualquer outro animal de estimação. No monastério havia um burro que os monges se valiam dele para buscar água, e o leão era posto então para protegê-lo enquanto pastava. Num certo dia, alguns comerciantes árabes roubaram o pobre asno, e o leão teria voltado só para o monastério com os olhos muito tristes. O abade lhe disse, então: «Tu comeste o asno? Bendito seja Deus por isso! Mas, a partir de agora, farás o seu trabalho». O leão tinha de transportar água para a comunidade. Pouco tempo depois os mercadores árabes retornaram com o burro e três camelos; o leão lhes pôs em fuga e, segurando entre suas presas o cabresto do asno, o conduziu triunfalmente ao monastério junto com os camelos. São Gerásimo reconheceu seu erro e deu ao leão o nome de Jordânia. Quando o velho abade morreu, o leão estava inconsolável. O novo abade disse: «Jordânia, nosso amigo deixou-nos órfãos para ir se ao encontro do Senhor a quem ele servia, mas tu precisas continuar comendo». Mas o leão continuou rugindo tristemente. Finalmente o abade, chamado Savácio conduziu o leão até a tumba Gerásimo e, ajoelhando-se ao seu lado, disse: «Aqui está sepultado o teu mestre». O leão deitou-se no túmulo e começou a bater a cabeça contra o chão, ninguém conseguiu tirá-lo de lá e, alguns dias depois, foi encontrado morto
Em Jericó a "árvore de Zaqueu"
NO CORAÇÃO DA GALILÉIA.
Emocionante encontro do Arquimandrita João com D. Pierre (Boutros) Mouallem. Arcebispo Emérito de Haifa e Galileia, que por oito anos foi arcebispo para todo o Brasil e que em 1994 ordenou sacerdote o Arquimandrita João.
Sobre as águas do lago da Galileia
Encontro com o nosso Patriarca Emérito Gregórios III
No domingo passado dia 26 o Arquimandrita João presidiu a Santa Missa na Basílica de São Pedro no Vaticano; celebrada no Rito Romano o evento se deu na Capela da Apresentação da Virgem Maria no Templo onde repousam os corpos dos Papas: São Pio X, de sua devoção e Bento XV que exatos 100 anos no mês de outubro criou a Congregação para as Igrejas Orientais. A tarde visitou a Paróquia Greco Melquita em Roma: "Basílica de Santa Maria in Cosmedin", uma igreja do século VIII, onde repousa uma relíquia muito especial; a cabeça do mártir São Valentim, patrono dos namorados. Tais eventos fizeram parte da sexta peregrinação á Itália e quinta á Terra Santa.
Arquimandrita João e Irmã Waldete
As irmãs agraciadas pelo sorteio da vigem realizado pela Paróquia; Lucia Helena e Patrícia.
Comunicamos que o arquimandrita João retornará as atividades normais após sua peregrinação á Itália e Terra Santa de 17 a 30 de outubro com Divina Liturgia aos Domingos 09:00 e 19:00 horas, aos Sábados ás 19:00 horas com a Oração das Vésperas e Matinas meia hora antes de cada Liturgia. Atendimento Pastoral e Confissões toda terça, quinta e sextas feiras das 08:00 ás 17:00 na quarta feira até ás 12:00 com o início da Adoração ao Santíssimo Sacramento das 12:00 ás 17:00 horas. Sempre com a igreja aberta.
12 DE OUTUBRO
FESTA NACIONAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
"APARECIDA"
...Ó imaculada Mãe de Deus,
sempre vivente com o Rei da vida e Filho vosso, rezai sem cessar para que seja conservada e salva, de toda insídia do adversário a multidão dos vossos filhos, que formam esta grande Nação, pois nós estamos debaixo do manto da vossa proteção
e vos glorificamos por todos os benéficos espirituais e temporais.
ATRAVÉS DOS GUARDIÕES DA PADROEIRA RECEBEMOS UMA RÉPLICA DA IMAGEM ORIGINAL PARA SER VENERADA EM NOSSA PARÓQUIAsempre vivente com o Rei da vida e Filho vosso, rezai sem cessar para que seja conservada e salva, de toda insídia do adversário a multidão dos vossos filhos, que formam esta grande Nação, pois nós estamos debaixo do manto da vossa proteção
e vos glorificamos por todos os benéficos espirituais e temporais.
Papa no Pontifício Instituto Oriental, esta manhã
dia 12 de outubro
Cidade do Vaticano
(RV) - O Papa Francisco visitou, na manhã desta quinta-feira (12/10), o
Pontifício Instituto Oriental por ocasião do centenário dessa instituição e da
Congregação para as Igrejas Orientais.
Na mensagem
entregue ao grão-chanceler do Pontifício
Instituto Oriental, Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação
para as Igrejas Orientais, o Papa saudou toda a Comunidade Acadêmica do
Pontifício Instituto Oriental, recordando o Papa Bento XV que o fundou, em 15
de outubro de 1917, poucos meses depois da instituição da Congregação para as Igrejas Orientais com o Motu
Proprio Dei Providentis.
Bento XV
Não obstante
estivesse em andamento, naquele período, a I Guerra Mundial, “Bento XV reservou
às Igrejas Orientais uma atenção especial”.
“Para essa
fundação, o Pontífice fez referência à abertura ao Oriente iniciada no
Congresso eucarístico de Jerusalém de 1893, desejando criar um centro de
estudos que deveria ser uma sede idônea de estudos superiores sobre as questões
orientais, destinada a formar também sacerdotes latinos que quisessem exercer o
sagrado ministério junto aos Orientais.”
Desejava-se desde o
início que esse centro de estudos fosse aberto também aos Orientais unidos e
ortodoxos, de maneira tal que se procedesse contemporaneamente à exposição das
doutrinas católica e ortodoxa. “Assim, o fundador colocou a nova instituição
num horizonte que podemos dizer hoje eminentemente ecumênico”, frisou o Papa
Francisco.
Beato Alfredo Ildefonso Schuster
Para resolver os
problemas iniciais do Instituto, Pio XI, acolhendo a sugestão do primeiro
diretor, o Beato Alfredo Ildefonso Schuster, em 1922, decidiu confiar a
estrutura à Companhia de Jesus e sucessivamente atribuiu ao Instituto sua sede,
aberta em 14 de novembro de 1926, perto da Basílica de Santa Maria Maior, onde
o Papa celebrou a missa esta manhã por ocasião do centenário dessa instituição.
Em 1928, com a
Encíclica Rerum Orientalium, sobre a promoção
dos estudos orientais, Pio XI convidou os bispos a enviar estudantes ao
Pontifício Instituto Oriental. Outras novidades relevantes, lê-se na mensagem,
são em 1929, a fundação do Colégio Russicum, e em 1971, a criação da Faculdade
de Direito Canônico Oriental.
Pesquisa científica
“A história inicial
do Pontifício Instituto Oriental foi caracterizada por um certo conflito entre
estudo e pastoral. Porém, devemos reconhecer que tal contraste não existe”,
sublinha Francisco. O Papa convida “os professores a colocarem a pesquisa
científica em primeiro lugar em seus compromissos, seguindo o exemplo dos
predecessores que se destacaram na produção de contribuições prestigiosas”.
O Papa Francisco
exortou os professores a se manterem abertos a todas as Igrejas Orientais,
consideradas não somente em sua configuração antiga, mas também na difusão
atual e às vezes na atormentada dispersão geográfica.
Missão ecumênica
“O Pontifício
Instituto Oriental tem uma missão ecumênica a ser cumprida, através do zelo das
relações fraternas, do estudo aprofundado das questões que ainda hoje nos
dividem e colaboração efetiva sobre temas importantes, na expectativa de que,
quando o Senhor quiser e na medida que somente Ele conhece, todos sejam uma só
coisa . A este propósito, a presença crescente de estudantes pertencentes às
Igrejas Orientais não católicas confirma a sua confiança no Pontifício
Instituto Oriental.”
“É tarefa do instituto
divulgar os tesouros das tradições ricas das Igrejas Orientais ao mundo
ocidental, de modo que sejam compreensíveis e possam ser assimiladas. Graças à
pesquisa, ao ensino e testemunho, tem a tarefa de ajudar a reforçar e
consolidar a fé diante dos grandes desafios.”
Formação
“Com a queda de
regimes totalitários e várias ditaduras, que em alguns países criaram condições
favoráveis para o aumento do terrorismo internacional, os cristãos das Igrejas
Orientais estão experimentando o drama das perseguições e uma diáspora cada vez
mais preocupante. Sobre essas situações ninguém pode fechar os olhos”, ressalta
o Papa.
O Pontifício
Instituto Oriental é chamado a ser também “o lugar propício para favorecer a
formação de homens e mulheres, seminaristas, sacerdotes e leigos capazes de dar
razão à esperança que os anima e sustenta”.
Igreja em saída
“Como porção de
Igreja em saída, o Pontifício Instituto Oriental é chamado ouvir e rezar, para
entender o que o Senhor deseja neste momento, buscando novos caminhos a serem
percorridos. É preciso estimular os futuros pastores a infundir em seus fiéis
orientais um amor profundo por suas tradições e rito de pertença, e ao mesmo
tempo sensibilizar os bispos das dioceses latinas a cuidarem dos fiéis
orientais que se deslocaram geograficamente, garantindo-lhes uma adequada
assistência espiritual e humana.”
Enfim, Francisco
deseja que o Pontifício Instituto Oriental “prossiga a sua missão com impulso
renovado, estudando e difundindo com amor e honestidade intelectual, com rigor
científico e perspectiva pastoral as tradições das Igrejas Orientais em suas
variedades litúrgica, teológica, artística e canônica, respondendo cada vez
mais às expectativas do mundo de hoje a fim de criar um futuro de reconciliação
e paz”.
O Papa Francisco
recebeu em audiência, nesta segunda-feira (09/10), no Vaticano, os patriarcas e
arcebispos maiores que participam da Plenária da Congregação para as Igrejas
Orientais, iniciada esta segunda, por ocasião do centenário do dicastério e do
Pontifício Instituto Oriental.
“A
solicitude por todas as Igrejas também se manifesta através da comunhão
hierárquica com o Bispo de Roma, sucessor de São Pedro. O ser Bispo de Roma é o
fundamento do ministério petrino, que é serviço de presidência à caridade e na
caridade”, sublinhou Francisco.
O Papa
disse estar “convencido de que é preciso impelir e valorizar na Igreja o
vínculo que une a colegialidade ao primado petrino, a fim de exercer um
‘primado diaconal’, o de Servus servorum Dei”.
Dentre
as tarefas do Sucessor de Pedro, como foi para a eleição do apóstolo Matias,
“está a de garantir bons bispos para as Igrejas particulares espalhadas pelo
mundo. "Peço-lhes para que colaborem nesse serviço tão importante a fim de
encontrar homens adequados para esse ministério”, concluiu o Papa.
(MJ)
FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA
CRUZ
Salve, ó Cruz,
glória do universo!
Salve, ó Cruz, fortaleza da Igreja!
Salve, inexpugnável bastião dos sacerdotes!
Salve, diadema dos reis!
Salve cetro do soberano Criador de todas as coisas!
Salve, ó Cruz, na qual Cristo aceitou padecer e morrer!
Salve, grande consolo dos aflitos, arma invencível no meio da luta!
Salve, Cruz, ornato dos anjos e proteção dos fiéis!
Salve, ó Cruz, pela qual foi o inferno derrotado!
Salve, ó Cruz, pela qual fomos redimidos!
Salve, lenho bem-aventurado!
Salve, inexpugnável bastião dos sacerdotes!
Salve, diadema dos reis!
Salve cetro do soberano Criador de todas as coisas!
Salve, ó Cruz, na qual Cristo aceitou padecer e morrer!
Salve, grande consolo dos aflitos, arma invencível no meio da luta!
Salve, Cruz, ornato dos anjos e proteção dos fiéis!
Salve, ó Cruz, pela qual foi o inferno derrotado!
Salve, ó Cruz, pela qual fomos redimidos!
Salve, lenho bem-aventurado!
Cirilo de Jerusalém, na XIII Catequese, que se realizara provavelmente em 347, diz textualmente:
A Paixão é real: verdadeiramente foi crucificado. E não nos envergonhemos disso. Foi crucificado. E não o negamos; pelo contrário, comprazemo-nos em afirmá-lo. Chegaria a envergonhar-me, se me atrevesse a negar o Gólgota que temos à vista; afastaria dos olhos o madeiro da Cruz que dessa cidade distribuiu-se como relíquias pelo mundo todo.
Reconheço a Cruz, porque conheço a ressurreição. Se o Crucificado tivesse permanecido em tal situação, não reconheceria a Cruz; apressar-me-ia, pelo contrário, em escondê-la, juntamente com meu Mestre. Como após a Cruz vem a Ressurreição, não me envergonho de falar longamente da mesma
Assim como a última, (dormição-15 de agosto) a primeira festa do novo ano litúrgico bizantino é mariana (Nascimento da Mãe de Deus-08 de setembro)
Próprio da Festa da Natividade da Mãe de
Deus
Vossa natividade, ó Mãe de Deus,
anunciou a alegria ao mundo inteiro;
Pois de vós nasceu o sol da justiça, o Cristo nosso Deus,
o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção,
e destruindo a morte, deu-nos a vida eterna.
anunciou a alegria ao mundo inteiro;
Pois de vós nasceu o sol da justiça, o Cristo nosso Deus,
o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção,
e destruindo a morte, deu-nos a vida eterna.
Pela vossa
santa natividade, ó Pura,
Joaquim e Ana foram libertos do opróbrio da esterilidade
e Adão e Eva, da corrupção da morte.
Vosso povo, salvo da escravidão de pecado
vos festeja, exclamando: "a estéril dá a luz,
a mãe de Deus que alimenta nossa vida!
Joaquim e Ana foram libertos do opróbrio da esterilidade
e Adão e Eva, da corrupção da morte.
Vosso povo, salvo da escravidão de pecado
vos festeja, exclamando: "a estéril dá a luz,
a mãe de Deus que alimenta nossa vida!
A vida terrena
da Mãe de Deus
Com base nas escrituras sagradas e na herança histórica
da Igreja
O evangelista Lucas, que conheceu de perto a Sagrada
Virgem Maria, registrou a partir das palavras Dela, inúmeros fatos importantes
relativos aos primeiros anos da Sua vida. O evangelista Lucas era médico e
também pintor, tendo pintado uma imagem da Virgem, ícone a partir do qual
outros pintores fizeram outras cópias.
O nascimento da
Sagrada Virgem Maria. Quando se aproximava o momento do nascimento do Salvador
do mundo na cidade de Nazaré, na Galileia, morava aí um descendente do rei
David, chamado Joaquim com a sua mulher, Ana. Ambos eram pessoas
reconhecidamente de boa índole e eram conhecidos pela sua compaixão, humildade
e generosidade. Joaquim e Ana atingiram uma idade muito avançada, mas não
tinham filhos. Este fato entristecia-os especialmente. Mas apesar da idade,
eles continuavam a orar incessantemente e a pedir a Deus para que Ele lhes
concedesse um filho. Para isso fizeram até uma promessa de que se eles
recebessem a dádiva do nascimento de um filho, o destinariam para servir a
Deus. Naqueles tempos não ter filhos era considerado um castigo divino pelos
pecados cometidos. Joaquim em particular sofria muito com a falta de filhos,
principalmente porque, de acordo com a as profecias, na sua família deveria
nascer o Messias-Jesus. Pela paciência e fé Deus deu a Joaquim e Ana uma grande
alegria: finalmente conceberam uma filha e a Ela foi dado o nome de Maria, o
que em hebreu significa: "Senhora, Esperança."
A entrada no Templo. Quando a Virgem
Maria completou 3 anos, os seus beneméritos pais prepararam-na para cumprir a
promessa fixada por eles: levaram-na a um templo em Jerusalém para que Ela
pudesse dedicar a Sua vida a Deus. A Virgem Maria ficou a residir junto ao
templo. Aí, Ela e outras companheiras estudavam as leis de Deus e executavam
trabalhos manuais, rezavam e liam as Escrituras Sagradas. Junto a este templo a
Virgem Maria viveu perto de 11 anos, cresceu, desenvolvendo em si uma profunda
compaixão, em tudo entregue à vontade de Deus, imensamente modesta e dedicada
em seus esforços. Desejando viver e dedicar-se exclusivamente a Deus, ela fez
um voto de não se casar e permanecer para sempre virgem.
A Sagrada Virgem
Maria e José. Os já bastante idosos Joaquim e Ana não viveram muito
mais tempo e a Virgem Maria ficou órfã. Quando completou 14 anos, Ela não
poderia mais continuar, pelas leis, a residir junto ao templo e era necessário
que se casasse. O pároco principal, conhecendo o voto por Ela feito, para não o
prejudicar, celebrou apenas pró-forma o Seu casamento com um parente distante,
que enviuvara na casa dos 80 anos - um ancião de nome José. José comprometeu-se
a cuidar Dela e a proteger a Sua condição de Virgem. José vivia em Nazaré. Ele
também era descendente da família de David, mas era um homem sem posses e
trabalhava como marceneiro. Do seu primeiro casamento José tivera os filhos
Judas, Ócio, Simão e Jacób., os quais nas escrituras são denominados
"irmãos" de Jesus. A Sagrada Virgem Maria, levava na casa de José a
mesma vida modesta e disciplinada que levara antes no templo.
A Anunciação. No sexto mês
após a aparição do Arcanjo Gabriel a Zacarias, por motivo do nascimento de São
João Baptista, o mesmo Arcanjo Gabriel foi enviado por Deus para a cidade de
Nazaré ao encontro da Sagrada Virgem Maria com a feliz notícia que Deus A
escolhera para ser a Mãe do Salvador do mundo. O Arcanjo Gabriel surge perante
Ela e anuncia-Lhe: "Deus te salve, cheia de graça; o Senhor é
contigo. Abençoada és Tu entre as mulheres!" - Ela ao ouvir estas
palavras, perturbou-se e começou a pensar que saudação seria esta. O Arcanjo
disse-lhe: "Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus,
eis que conceberás no teu ventre e darás a luz um Filho, a quem porás o nome de
Jesus. Este será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus Lhe
dará o trono de seu pai David, reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o
Seu reino não terá fim."
Maria disse ao anjo: "Como se fará isso, pois
eu não conheço varão?" Respondendo o Arcanjo disse-lhe: "O
Espírito Santo descerá sobre Ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua
sombra, por isso mesmo o Santo que há de nascer de Ti, será chamado Filho de
Deus. Eis que também Isabel, tua parente, concebeu um filho na sua velhice e
este é o sexto mês da que se dizia estéril, porque a Deus nada é
impossível." Então disse Maria: "Eis aqui a serva do
Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra." E o Arcanjo
afastou-se dela.
Maria visita Isabel. A Sagrada
Virgem Maria, após ter recebido do Arcanjo a notícia que a sua parente Isabel,
mulher de Zacarias, daria proximamente à luz um filho, apressou-se a ir
visitá-la. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que apenas
Isabel ouviu a saudação da Virgem Maria, o menino saltou no seu ventre e Isabel
ficou cheia do Espírito Santo e constatou Que sim, a Virgem Maria fora
consagrada para ser a Mãe de Jesus Cristo. Exclamou em voz alta "Bendita
és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre. Donde a mim esta
dita, que a mãe do meu Senhor venha ter comigo?" Então a Virgem
Maria disse: "Minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito
exulta em Deus meu Salvador." Porque lançou os olhos para a
humilhação da sua serva, portanto eis que de hoje em diante, todas as gerações
me chamarão Bem-Aventurada. Porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas, o
Seu nome é santo. E a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre
aqueles que o temem. A Virgem Maria ficou a morar durante aproximadamente 3
meses junto a Isabel e depois voltou para sua casa em Nazaré.
Deus informou também José do nascimento de Cristo. O anjo
de Deus, apareceu-lhe em sonhos e comunicou-lhe que a Virgem Maria iria ter um
filho, por obra do Espírito Santo, como Deus já havia avisado através do
profeta Isaías (7:14) e ordenou que Lhe fosse dado o nome de "Jesus,
nome que em hebraico significa Salvador, porque Ele salvará as pessoas de seus
pecados."
Os acontecimentos seguintes relatados pelo Evangelho, recordam
a Virgem Maria ligada diretamente aos fatos da vida de seu Filho - Nosso Senhor
Jesus Cristo. Os fatos falam Dela quando do nascimento de Cristo em Belém,
depois na altura da circuncisão, das saudações dos reis magos, da apresentação
no templo no 40o dia, da fuga para o Egito, da residência em Nazaré, da viagem
a Jerusalém na Páscoa, quando Cristo completou 12 anos e assim por diante.
Estes fatos não necessitam de maiores esclarecimentos. Porém é importante
destacar que apesar do Evangelho citar a Virgem Maria sucintamente, estas
referências demonstram com clareza aos leitores a grandeza da sua condição
espiritual: a Sua modéstia e humildade, a Sua enorme fé, paciência, coragem,
aceitação da vontade de Deus e total entrega e dedicação a Seu Filho, Filho de
Deus. Nós vemos portanto porque foi Ela, pelas palavras do Arcanjo, contemplada
para adquirir a graça de Deus.
O primeiro milagre realizado por Jesus Cristo, foi num
casamento na Galileia, o qual nos dá com clareza a imagem da Virgem Maria como
Defensora perante Seu Filho de todas as pessoas que se encontram em
dificuldades. Percebendo a falta de vinho na festa de casamento, a Virgem Maria
chama para este fato a atenção de Seu Filho e, apesar de Cristo lhe ter respondido
como se estivesse a esquivar: "O que diz isto respeito a Mim e a
Você Mulher? Ainda não chegou a minha hora." Ela, sem se
perturbar com esta meia resposta, estando confiante que o Filho não deixaria um
pedido Dela sem atenção adequada, disse aos servos: "O que Ele
lhes disser, façam!" Como é clara neste alerta aos servos a
preocupada compaixão da Mãe de Cristo, para que o iniciado por Ela seja
conduzido até um final feliz! De fato, o seu pedido não ficou sem ser atendido
e Jesus Cristo realizou aqui seu primeiro milagre, tirando de uma situação
constrangedora pessoas que não tinham muitas posses, após o que "acreditaram
Nele seus discípulos" (João 2:11).
Os fatos seguintes narrados pelo Evangelho mostram-nos a
Virgem Maria, permanentemente ansiosa por Seu Filho, acompanhando as Suas
viagens e deslocações, próxima Dele em diversas circunstâncias difíceis e
preocupada com as condições do seu repouso doméstico e paz, coisas que Ele
nunca aceitava ou considerava como desnecessárias. Finalmente, vemo-La em pé e
numa indescritível dor junto ao seu Filho crucificado, ouvindo as suas últimas
palavras e pedidos (Cristo entregou-A ao seu discípulo preferido, para que cuidasse
dela). Nenhuma palavra de queixa ou desespero sai de Sua boca. Ela entrega tudo
à vontade de Deus.
Ainda de forma resumida fala-se sobre a Virgem Maria no
livro dos Atos dos Apóstolos, quando sobre Ela e sobre os apóstolos no dia de
Pentecostes pousa o Espírito Santo em forma de línguas de fogo. Após este fato,
segundo a Tradição da igreja, Ela viveu mais 10 ou 20 anos. O apóstolo João, a
pedido de Nosso Senhor Jesus Cristo, acolheu-a em sua casa com grande amor,
como se fosse Sua mãe, e cuidou Dela até o Seu final. Quando a fé cristã se
espalhou por outros países, muitos cristãos vinham de países distantes para A
ver e ouvir. Desta época em diante, a Sagrada Virgem Maria tornou-se para todos
os discípulos de Cristo uma Mãe comum e um elevado exemplo de conduta a ser
seguido.
O falecimento. Certa vez,
quando a Virgem Maria estava a rezar no monte Eleon, perto de Jerusalém,
apareceu-lhe o Arcanjo Gabriel com um ramo de figueira em suas mãos e diz-Lhe
que dali a 3 dias a Sua existência na Terra estará terminada e que Jesus Cristo
virá buscá-la para a levar com Ele. Cristo fez tudo de maneira a que nessa
época todos os apóstolos vindos de países diferentes estivessem todos em
Jerusalém. No momento do seu final, uma luz intensa iluminou o quarto onde estava
a Virgem Maria. Jesus Cristo, rodeado de Seus anjos surgiu e recebeu a Sua alma
puríssima. Os apóstolos sepultaram o sagrado corpo da Virgem Maria, de acordo
com a Sua vontade, ao pé da montanha Eleon, no Jardim Gethsemani, na mesma
caverna-túmulo onde estavam sepultados os corpos de seus pais e também de José.
Durante o funeral aconteceram muitos milagres. Apenas por tocarem o caixão da
Virgem Maria, cegos começavam a ver, maus espíritos eram expulsos dos possuídos
e todas as doenças curadas. Três dias após o funeral da Virgem Maria, chega a
Jerusalém, atrasado, o apóstolo Tomé. Tomé estava muito triste porque não
conseguira despedir-se da Mãe de Cristo e do fundo da alma desejava orar e
prestar homenagens em seu túmulo. Quando abriram a caverna, onde a Virgem Maria
havia sido sepultada, não encontraram o Seu corpo, somente os véus utilizados
no funeral. Impressionados, os apóstolos voltaram para suas casas. À noite
durante as suas orações eles ouviram anjos a cantar. Olhando para cima, os
apóstolos viram no alto, no ar, a Virgem Maria cercada de anjos, iluminada por
uma intensa luz celestial. Ela disse aos apóstolos: "Alegrem-se,
Eu estou com vocês todos os dias!" Esta sua promessa de ajudar e
defender os cristãos Ela mantém até os dias de hoje, assumindo-se como nossa
Mãe celeste. Em virtude de seu imenso amor e ajuda poderosa, os cristãos desde
épocas antigas consideram-Na e procuram-Na em busca de ajuda, chamando-A defensora incansável de todos os cristãos
existentes, alegria de todos os que sofrem, Aquela que mesmo após a sua morte,
nunca nos abandonará.
Desde os tempos mais antigos, a exemplo do profeta Isaías e
de sua parente Isabel, os cristãos passaram a chamá-la de Mãe de Cristo e Mãe
de Deus. Esta denominação vem do facto de Ela ter dado vida e corpo Àquele Que
sempre foi e sempre será o Deus verdadeiro. A Sagrada Virgem Maria é por si só
um grande exemplo para ser seguido por todos os que querem agradar a Deus. Ela
foi a primeira quem se decidiu inteiramente a dedicar a sua vida a Deus.
Ela demonstrou que a sua voluntária condição de Virgem está acima da vida em família e do
casamento. Seguindo o seu exemplo, a partir dos primeiros séculos,
muitos cristãos optaram por viver as suas vidas na castidade, virgindade, em
orações, jejum e pensamento em Deus. Assim surgiu e se consagrou a prática dos
conventos e mosteiros. Que pensar do mundo contemporâneo, que absolutamente não
valoriza e até humilha a virtude da castidade, virgindade, esquecendo as
palavras de Cristo: "Há eunucos que a si mesmo se fizeram eunucos
por amor do reino dos céus. Quem pode compreender, compreenda!" (Mat.19:1-2)
?!. Resumindo este breve relato da vida terrena da Sagrada Virgem Maria, é
necessário dizer que Ela, em Seu momento máximo de graça e alegria, quando foi
escolhida para ser a Mãe do Salvador do mundo e também no momento da sua máxima
dor aos pés da cruz (conforme profecia de Simeão "Seu coração foi
dilacerado") demonstrou total autocontrole. Assim, Ela demonstrou
toda a força e beleza de suas bençãos e graças: Fé inabalável, paciência,
coragem, esperança em Deus e amor a Êle, aceitação. Por isso nós, cristãos católicos de fé ortodoxa, temos um imenso respeito, admiração e consideração por Ela e
esforçamo-nos por imitá-La nos seus exemplos.
Bispo Aleksandr Mileant
Traduzido por Boris Poluhoff
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