Diariamente tenho recebido uma série de e-mails, cartas e telefonemas, alguns até com certa insistência descabida da parte de alguns candidatos ou “aventureiros” à vida Sacerdotal em nossa Igreja Greco Melquita Católica. Tem de fato alguns agravantes que aos olhos de certos interessados parecem que lhes escancararemos as portas sem as devidas reservas pelo simples fato da nossa Eparquia(arquidiocese) Greco Melquita Católica no Brasil se estender por todo o território nacional, termos um só bispo(arcebispo) e com um clero de apenas 10 padres. Muitos acham que estamos desesperados e por isso aceitamos candidatos sem as devidas exigências necessárias para a formação e mesmo inserção no nosso pequeno clero mesmo já tendo sido ordenados. Alguns expõem enorme desconhecimento não só da própria vocação quanto a natureza da própria Igreja Católica e sobretudo da nossa Igreja Patriarcal Greco Melquita Católica e sua realidade no conjunto da catolicidade e apostolicidade. Somos “ortodoxos” no sentido da preservação do patrimônio litúrgico, patrístico e canônico, único e inalterável da única igreja de Jesus Cristo: UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA . Somos perfeitamente “católicos romanos” no que tange a nossa união indissolúvel com o Bispo de Roma; o Papa. A quem nosso Patriarca devota perfeita comunhão. Não estamos fazendo nenhum ecumenismo com Roma. Formamos uma só Igreja, um só corpo. Não somos nem mais e nem menos católicos que qualquer outro padre da Igreja Católica.
Arquimandrita João
Por fim a que se recordar que o Monaquismo muito forte na dimensão cristã oriental marcou a Teologia e a Espiritualidade das Igreja Orientais Católicas e Ortodoxas. Assim sendo não seria de estranhar que para os nossos vocacionados fosse pedido um gosto e uma atitude de vida monásticos como aqueles que transparecem na Regra do nosso pai São Bento: estabilidade na paróquia, vida de oração, contemplação, estudos, leituras...estudos de linguas como o árabe, grego, latim, francês...ou ao menos um conhecimento substancial, e apreço pela vida litúrgica bizantina, mesmos inseridos num contexto ocidental se esforçando para não perder a índole oriental. Com o corpo abaixo dos Trópicos e com o coração e a mente no Oriente. Há sim uma realidade em nossa Igreja Católica Greco Melquita que nos une ao tempo dos Apóstolos, que é o clero casado. Homens casados que são ordenados diáconos e depois padres, conjuntamente com suas esposas e filhos assumem uma Paróquia; porém por força da tradição católica latina(Rito Romano) de feliz acordo entre nosso Patriarcado e a Santa Sé de Roma não são ordenados homens casados aqui no Brasil em virtude da exigência do celibato aos candidatos ao sacerdócio conforme o costume romano. A orientação do nosso Eparca(arcebispo) é que se forme uma comunidade monástica coesa e se a necessidade da nossa Igreja exigir que sejam ordenados para ocupar tal função sacerdotal e que tais sacerdotes sejam verdadeiros monges(como adepto da Regra de São Bento isso eu sei o que é) Esse manifesto é fruto textual de um diálogo com nosso Arcebispo, todas essas linha foram compartilhadas com ele, quem quiser refutá-las que faça bom uso do dito: “Que vá reclamar com o bispo!”. Para isso os candidatos interessados deverão ligar, escrever, visitar...como convém para: Rev. Arquimandrita Theodoro misereor72@hotmail.com Este ilustre irmão saberá dar a resposta mais adequada e o acolhimento necessário. Ele está a frente da magnífica comunidade: Filhos Misericordiosos da Cruz, que pode ser visitada pelo site do mesmo nome.
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